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Conjunto das leis e jurisprudência Judaica Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Halachá (הֲלָכָה; romaniz.: ălāḵā) (/həˈlʌχə/) (/həˈlɑːˈχɑː/) ou Halakah; Halachah (Halachá); Halacha (Halaca), no hebraico Sefardita (/hɑlɑˈxɔt/); hebraico Asquenazi (/hɑlɔˈxoʊs/) ou no plural (Halakot ou Halachot; Halacot; Halachots ou Halacas) é um substantivo derivado do radical Halak (הָלַך; romaniz.: álac - ir, andar), é conhecida por Lei judaica (mas, em uma tradução mais literal tem o significado de caminho).[1][2][3][4]
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Na Torá, a vida boa é frequentemente mencionada como a maneira pela qual o Homem deve "ir", por exemplo Êxodo 18:20–'mostra-lhes o caminho para onde devem ir e a obra que devem fazer'.
Num sentido específico a palavra álacá é empregada, em contraposição à aggadá (material não legal da literatura rabbínica), sendo assim referente a orientação, hábito, costume, modo de agir; práticas (que engloba o pessoal, social, nacional, relações exteriores e todas as observâncias) do judaísmo.[5]
Originalmente esse termo era empregado em uma decisão (lei), em particular num dado exemplo como na expressão "no Sinai" (halakhah le-mshá mi-sinai*). Com o uso continuo dessa referência o termo Halacá tornou-se genérico para todo o sistema legal de leis e observâncias no judaísmo. Às vezes é empregada pelos rabinos como "tradição", como por exemplo, quando diziam: "se isso é halacá (ou seja, tradição) nós acataremos, mas se for um din (ou seja, argumento) questionaremos.[Notas 1]"
Uma apresentação ordenada, tópica da tradição rabínica aparece na Mishná Torá (Repetição da lei) por Maimônides (também conhecido como o rabino Moshe ben Maimon, ou Rambam, 1135 - 1204). E o guia essencial para os mandamentos a serem seguidos na vida diária é o Shulkhan Arukh (Mesa preparada) por Yosef Karo (1488 - 1575).
Nas obras modernas também ocorre o termo "midrash halacá", cobrindo interpretações, discussões e controvérsias relacionadas com a parte legal do Escrituras.[Notas 2]
O judaísmo ortodoxo basicamente aceita a Halacá como um corpo de leis imutável. Pequenas diferenças de interpretação são toleradas de acordo com os costumes históricos que evoluíram nas comunidades locais. Destacam-se os costumes asquenazes e sefarditas que, inadvertidamente, perpetuam a etnia judaica. O judaísmo conservativo é mais flexível na introdução de mudanças religiosas, enquanto os movimentos reformistas e reconstrucionistas rejeitam a Halacá como um sistema obrigatório que dita o comportamento contemporâneo.
Apenas uma minoria dos judeus do mundo adere estritamente à Halacá, com Israel tendo a maior porcentagem - entre 20 e 25%. Mas a institucionalização de alguns aspectos da Halacá no rabinato estatal de Israel e na esfera política (inter alia, definindo quem é judeu de acordo com os padrões halákicos) afeta toda a população israelense. Isso resultou, em Israel, em tensão entre judeus religiosamente observadores, judeus não observantes e pessoas que não são consideradas judeus por Halachá (por exemplo, descendentes patrilineares de judeus que são aceitos como tal pelo movimento norte-americano de reforma, ou pessoas convertidas a Judaísmo por rabinos não ortodoxos).
O conflito sobre a aceitação do judaísmo halákico como a única manifestação legítima do judaísmo contemporâneo e as consequentes implicações para a aceitação de rabinos e regras religiosas de outras denominações se estende ao judaísmo mundial, em parte devido ao papel central de Israel na vida judaica mundial.[6]
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