Garrafada
receita fitoterapica artesanal e milagrosa com elementos vegetais e minerais Da Wikipédia, a enciclopédia livre
receita fitoterapica artesanal e milagrosa com elementos vegetais e minerais Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A garrafada, meizinha, ou solução de extração, é uma receita fitoterápica da medicina popular considerada encantada (milagrosa) na região norte e nordeste do Brasil,[1] um preparado caseiro feito artesanalmente pela mistura de solvente com elementos da floresta (vegetal e mineral) com propriedades medicinais,[1][2] vinculado também com elementos religiosos das crenças afrobrasileiras e ameríndios que busca a cura de diversos males (físico, mental e, espiritual).[1][3]
Esta fitoterapia dos remédios populares (remédios caseiros) na região Norte/Nordeste do Brasil é chamada de "solução de extração",[2] e também de "meizinha",[3][4][5][6] que além da garrafada consiste também em: lambedor, unguento, emplastro, banho e, chá.[7] São misturas feitas por infusão, decocção, ou maceração das folhas secas das ervas, raízes, cascas de plantas com um solvente em uma garrafa (geralmente vinho branco licoroso,[8] em alguns casos álcool ou mel)[2] que deve descansar por um certo tempo para fermentar e poder ser ingerido por uma pessoa.[8]
A medicina popular é baseada no conhecimento empírico acumulado e no saber tradicional do consciente coletivo, com seus conhecimentos transmitidos por meio oral através de seus protagonistas,[1][2] tais como: curandeiro, benzedeira, raizeiro, pai/mãe-de-santo, catimbozeiro, juremeiro, parteira, pajés/pajoas urbanas.[1][2] No Brasil, a medicina popular é o resultado de uma série de aculturações de técnicas, que tiveram contribuição do pajé ameríndio, do feiticeiro negro e, do bruxo europeu, de tal maneira misturada que atualmente seria difícil distinguir o que é puramente indígena, negro, ou branco.[7]
Alguns autores destacam algumas garrafadas como fórmulas específicas que possuem fins terapêuticos específicos, como: borda, fígado, coração, bronquite, fraqueza sexual, purificar o sangue.[2]
O saber tradicional é um produto histórico resultado do modo de vida de uma comunidade tradicional e o relacionamento com a biodiversidade que está inserida (intelecto coletivo ou intelecto cultural).[9] Este saber se reconstrói na transmissão entre as gerações e, que geralmente é feita por via oral, possui uma vísivel e imediata aplicação prática na sociedade.[9]
Mesmo sendo amplamente utilizadas como remédios caseiros, as garrafadas não são submetidas à controles de seguranças ou controles de qualidade, sendo assim elas não se enquadram oficialmente nos conceitos de medicamentos ou fitoterápicos.[2] No caso do comércio popular das plantas medicinais uma série de fatores externos e internos afetam a eficácia terapêutica das plantas medicinais, vários cuidados deveriam ser tomados para o bom tratamento da saúde do usuário, como: a identificação botânica das plantas, a possibilidade de falsificação, condições apropriadas do plantio, secagem, armazenamento e conservação. Na maioria dos casos os elementos vegetais estão disponíveis para venda sem uso de embalagem, exposto a poeira calor, humidade, insetos, e bactérias.[2]
No Brasil, em 1995, o Ministério da Saúde regulamentou o registro de produtos fitoterápicos como medicamentos quem podem ser comercializados (Portaria MS/SNVS nº 6 e RDC 26/2014).[2]
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