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futebolista italiano Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Franchino Baresi OMRI (Travagliato, 8 de maio de 1960) é um ex-futebolista italiano que atuava como líbero ou zagueiro.
Baresi em 2012 | |||||||||||||||||
Informações pessoais | |||||||||||||||||
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Nome completo | Franchino Baresi | ||||||||||||||||
Data de nascimento | 8 de maio de 1960 (64 anos) | ||||||||||||||||
Local de nascimento | Travagliato, Itália | ||||||||||||||||
Nacionalidade | italiano | ||||||||||||||||
Altura | 1,76 m | ||||||||||||||||
Pé | destro | ||||||||||||||||
Informações profissionais | |||||||||||||||||
Clube atual | aposentado | ||||||||||||||||
Posição | líbero ou zagueiro | ||||||||||||||||
Clubes profissionais | |||||||||||||||||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s | |||||||||||||||
1977–1997 | Milan | 720 (32) | |||||||||||||||
Seleção nacional | |||||||||||||||||
1982–1994 | Itália | 82 (2) | |||||||||||||||
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Um dos maiores ídolos da história do Milan, é considerado um dos melhores de todos os tempos na sua posição. Além disso, também é um dos sete jogadores a terem conquistado as medalhas de ouro, prata e bronze em Copas do Mundo FIFA, sendo o único não alemão desta lista.
Ele é o irmão mais novo de Giuseppe Baresi, que brilhou com a camisa da Internazionale.
Chegou às categorias de base do Milan em 1974, com apenas catorze anos de idade, e jogaria toda a carreira no clube. Apesar de torcedor do Milan, tentou primeiro jogar na arquirrival Internazionale, por seu irmão Giuseppe (que o levou para os testes na Inter)[1] já estar lá.[2] Franco acabaria reprovado nos Nerazzurri, decidindo finalmente tentar no clube de coração.[1]
O craque italiano estreou na equipe quatro anos depois, num jogo contra o Hellas Verona, posto para jogar pelo técnico Nils Liedholm a duas semanas de completar 18 anos.[1] No início seu desejo era de jogar no ataque, com o sonho de marcar vários gols; entretanto, ao ser constantemente escalado na defesa, aceitou a nova posição. Sua liderança natural o fez se tornar capitão da equipe aos 22 anos de idade.[1]
Dono de raro senso de colocação,[1] nos anos 80 disputou a segunda divisão italiana com o Milan, e conquistou uma impressionante galeria de títulos: seis Scudetti (1978–79, 1987–88, 1991–92, 1992–93, 1993–94 e 1995–96), três Copas dos Campeões da Europa (1988–89, 1989–90 e 1993–94), dois Campeonatos Intercontinentais (1989 e 1990), três Supercopas Europeias (1989, 1990 e 1994) e quatro Supercopas da Itália (1987–88, 1991–92, 1992–93 e 1993–94). Em todo o período, sua grande técnica no desarme sem precisar recorrer a demasiadas faltas rendeu elogios dos grandes craques que marcou, como Roberto Baggio, Diego Maradona, Michel Platini e Gianfranco Zola, dentre outros.[2]
Pelo Milan jogou 720 partidas oficiais em 20 anos pelo clube, marcando 32 gols. Aposentou-se em 1997, numa festa com 70 mil torcedores.[1] Por sua história e dedicação dentro do clube, o Milan aposentou a camisa número 6.
Baresi atuou em 82 partidas pela Seleção Italiana e balançou a rede duas vezes. Estrearia pela Itália em 1982, aos 22 anos, mas já figurava nas convocações antes: fora chamado juntamente com o irmão Giuseppe para a Euro de 1980, mas não jogou.
Esteve presente em três Copas do Mundo FIFA. Foi reserva em 1982, quando a Itália conquistou o título. O técnico Enzo Bearzot preferia o trio de zagueiros da Juventus: Antonio Cabrini, Claudio Gentile e Gaetano Scirea, sendo este último o líbero. Baresi continuaria a frequentar a reserva com Bearzot por questões técnicas: o treinador queria escalá-lo no meio, contra a vontade de Franco, já bastante acostumado à defesa.[2] Com isso, o zagueiro acabaria não convocado à Copa do Mundo FIFA de 1986, onde esteve seu irmão, Giuseppe Baresi.[3]
Franco voltou à Seleção em 1988 (com a Itália sendo treinada agora por Azeglio Vicini), ajudando a Azzurra a chegar ao terceiro lugar na Eurocopa daquele ano, posição que repetiria na Copa do Mundo FIFA de 1990. No Mundial de 1994 foi vice-campeão, vivendo o drama de desperdiçar uma cobrança na decisão por pênaltis contra o Brasil, na final do torneio. Responsabilizaria depois a sua decisão de mudar no último instante a escolha do canto: primeiramente, teria pensado em chutar no canto esquerdo.[2] Sua cobrança acabou passando por cima do travessão.
Sua atuação na decisão até então vinha sendo heroica: lesionou o joelho no jogo inaugural da Itália na Copa e passou por uma artroscopia, o que lhe dava poucas chances até de voltar a jogar.[1] Conseguiu retornar a tempo de disputar a final, fazendo sobre Romário o que o próprio reconheceu como "a marcação mais implacável que já sofri em toda a minha carreira".[4] O Baixinho, jogador mais decisivo do Brasil, acabou passando em branco naquela decisão. Após ver seus colegas Daniele Massaro e Roberto Baggio também errarem seus pênaltis e o tetracampeonato ficar com os brasileiros, caiu no choro convulsivo; o líbero considera aquela a sua derrota mais dolorida.[1]
Baresi é considerado um dos maiores defensores de todos os tempos. Ele jogou toda a sua carreira de 20 anos no Milan, tornando-se uma lenda do clube. No clube Rossoneri, formou uma das defesas mais formidáveis de todos os tempos, ao lado de Paolo Maldini, Alessandro Costacurta, Mauro Tassotti, Filippo Galli e depois Christian Panucci. Ele era um defensor completo e consistente que combinava poder com elegância e era dotado de atributos físicos e mentais excepcionais, como ritmo, força, tenacidade, concentração e resistência, o que o fazia efetivo no ar, apesar de sua falta de altura notável para um zagueiro.[5]
Embora Baresi tenha sido capaz de jogar em qualquer posição na defesa, ele se destacou principalmente como zagueiro e como líbero, onde combinou seus atributos defensivos e sua capacidade de ler o jogo, com sua excelente visão, técnica, distribuição e habilidade com a bola. O seu alcance, a habilidade técnica e o controle de bola permitiram-lhe avançar para o meio-campo para começar a atacar jogadas nas costas, permitindo-lhe funcionar como desempenhado secundário para a sua equipe e também jogar como volante ou meia quando necessário. Apesar de ser um defensor, ele também era um batedor de pênaltis preciso. Baresi era conhecido por ser um jogador forte e preciso, que era muito bom para recuperar a posse e antecipar e interceptar peças, devido à sua aguda inteligência tática, velocidade do pensamento, habilidade de marcação e senso de posicionamento. Ele também era conhecido por seu profissionalismo, longevidade, liderança excepcional, comandando presença em campo e suas habilidades organizacionais ao longo de sua carreira, capitaneando o Milan e a Seleção Italiana.[6]
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