Euromaidan (em ucraniano: Євромайдан, Yevromaidan, literalmente 'Europraça') ou Revolução da Maidan,[30][31][32] foi uma onda de manifestações e agitação civil verificada na Ucrânia, entre 2013 e 2014. Os manifestantes exigiam maior integração europeia, além de providências quanto à corrupção no governo e a eventuais sanções por parte da Rússia.
Factos rápidos Período, Local ...
Euromaidan |
Parte de Guerra Russo-Ucraniana |
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Período |
21 de novembro de 2013[1] – 23 de fevereiro de 2014 |
Local |
Ucrânia, principalmente Kiev |
Causas |
- Suspensão do Acordo de Associação União Europeia-Ucrânia pelo governo[1]
- Política externa russa[2] e ameaça de sanções comerciais russas[3]
- Corrupção do governo[4]
- Brutalidade policial[5]
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Objetivos |
- Assinatura do Acordo de Associação e Acordo de Livre Comércio com a UE[1]
- Impeachment do Presidente Viktor Yanukovych[6]
- Eleições antecipadas[7]
- Reaprovação das alterações da Constituição da Ucrânia de 2004.
- Sanções internacionais contra Yanukovych e membros do governo Azarov [8]
- Rejeição da adesão à União Aduaneira[9]
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Características |
Manifestações, ciberativismo, desobediência civil, resistência civil, hacktivismo, [10] ocupação de prédios administrativos[nb 1] |
Resultado |
- Dispersão violenta de manifestantes em várias ocasiões[12]
- Represálias violentas contra ativistas da oposição, políticos dirigentes, e a Igreja Greco-Católica Ucraniana[13]
- Aplicação e posterior cancelamento de leis que restringem as liberdades civis
- Ocupação das administrações locais
- Proibição do Partido das Regiões pelos governos locais sob o controle de ativistas antigovernamentais
- Presidente Yanukovych oferece oposição ao primeiro-ministro da Ucrânia[14]
- Renúncia do primeiro-ministro Mykola Azarov[15]
- Anistia para os funcionários do governo envolvidos na repressão policial
- Anistia para manifestantes detidos, em troca da entrega de todos os edifícios e ruas ocupados [16][17][18][19][20][21][22]
- Expulsão forçada de manifestantes da Praça da Independência, em Kiev.[23]
- Trégua posteriormente quebrado.[24][25]
- Uso de armas de fogo nos distúrbios.[25]
- Acordo para a realização de eleições antecipadas, formação um governo de transição e mudanças na Constituição.[26]
- Os opositores assumem o controle do país.[27]
- O presidente Viktor Yanukovych foge para a Rússia.
- A ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko é libertada.[28]
- Intervenção da Rússia e início da Crise da Crimeia.[29]
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A agitação iniciou na noite de 21 de novembro de 2013, com grandes manifestações públicas de protesto na Maidan Nezalezhnosti (Praça da Independência), em Kiev, evoluindo desde então, com muitos apelos à renúncia do presidente Viktor Yanukovytch e de seu governo.[33] Muitos manifestantes se juntaram por causa da dispersão violenta de manifestantes em 30 de novembro e por "uma vontade de mudar a vida na Ucrânia".[5] Em 25 de janeiro de 2014, os protestos foram alimentados por uma percepção de corrupção generalizada do governo, abuso de poder e violação dos direitos humanos na Ucrânia.[34]
Inicialmente conduzidos por estudantes universitários, os protestos reuniram amplos setores da população descontentes com a gestão do governo do Partido das Regiões e os resultados da sua política econômica e social, a oposição política e as igrejas ucranianas (por exemplo, a Igreja Ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Kiev), com exceção da Igreja Ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Moscou e organizações sociais.[35]