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A epidemia de H3N2 no Brasil em 2022 foi declarada por alguns estados brasileiros em janeiro do mesmo ano.[1][3][4]
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Epidemia de H3N2 no Brasil em 2022 | |
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Doença | Gripe |
Vírus | Influenza A subtipo H3N2 |
Local | Brasil |
Local do primeiro caso | Rio de Janeiro |
Início | 2021 |
Estatísticas globais | |
Mortes | 342 (2021/2022)[1][2] |
Em 2019 ocorreram 796 mortes por H1N1 e 782 por dengue no Brasil.[5] Em fevereiro de 2020 teve início no Brasil a pandemia de COVID-19.[6][7] De acordo com o Ministério da Saúde, a COVID-19 no Brasil até abril de 2020 matou mais do que a H1N1, dengue e sarampo em todo o ano de 2019, o que fez as autoridades de saúde a se posicionarem a favor das orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) ao adotar o isolamento social e medidas sanitárias para combater a proliferação do vírus.[8][9]
Já os casos registrados de gripe durante os anos de 2020 e 2021 foram relativamente baixos. No final de 2021, com a flexibilização das medidas de contenção do SARS-CoV-2, os casos de gripe começaram a ser registrados substancialmente, trazendo preocupação das autoridades sanitárias.[10][11] Em 2021 foi registrado na Austrália uma cepa nova do vírus Influenza A subtipo H3N2. A cepa Darwin foi denominada assim por ter sido descoberta em uma cidade australiana que tem esse nome. A cepa Darwin ganhou força no inverno do Hemisfério Norte, e o aumento do fluxo de viajantes internacionais pode estar relacionados com os surtos no Brasil que se iniciou no Rio de Janeiro.[11]
O surto de gripe causado pela cepa Darwin do H3N2 (um tipo do vírus Influenza A) teve início no final de 2021 no país. A nova cepa teve a primeira identificação no Brasil realizada pelo Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) em amostras provenientes da cidade do Rio de Janeiro em 2021.[12] Em dezembro de 2021 o Rio de Janeiro presenciou um surto de gripe com mais de 23 mil casos registrados.[13]
Até dezembro de 2021, pelo menos 18 unidades federativas confirmaram casos da doença, onde quatro consideraram "estado de epidemia": Rio de Janeiro, Espirito Santo, Rondônia e Rio Grande do Norte.[1] O estado do Rio de Janeiro registrou 47 casos de H3N2 e sete óbitos em 2021.[1] A secretaria estadual de Saúde de São Paulo informou em 2021 dados de SRAG por Influenza, sendo que até 10 de dezembro, contabilizou 1472 casos e 50 óbitos, sem mencionar o subtipo diagnosticado.[1] O Rio Grande de Sul, até então, tinha registrado 24 casos confirmados de H3N2.[14] Paraná 20 casos, Santa Catarina 47 casos,[15] Goiás 61 casos, Paraíba 13 casos, Bahia 185 casos, Minas Gerais 305 casos,[16] Pernambuco 2449 casos[17][18] Amazonas com 917 casos,[19] Sergipe 46 casos e 10 óbitos,[20] Rio Grande do Norte 72 casos,[21] no Maranhão e no Ceará.[1] 41 no Pará, 13 no Amapá, um caso no Distrito Federal, em Roraima,[22] no Maranhão e no Ceará.[1] Ao todo, no mês de dezembro foram registrados 2,9 mil casos de infecção pelo H3N2 no país.[23]
O surto de 2022, até então, é a continuidade do surto de 2021. No início de janeiro de 2022, onze estados brasileiros já registravam óbitos causados pela variante da H3N2: Pernambuco, Rio de Janeiro, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e Paraíba.[24] Quatro estados reconheceram cenário de epidemia: Rio de Janeiro, Paraná, Paraíba e Pernambuco. Outros cinco afirmaram que estão em "situação de surto": Espírito Santo, Rondônia, Rio Grande do Norte, Goiás e Pará.[24]
Após registrar 832 casos confirmados e 12 mortes provocadas pela doença, o Paraná declarou a epidemia no estado no dia 12 de janeiro de 2022.[3] A secretaria de Saúde do Paraná reconheceu a transmissão comunitária e a presença do vírus em pelo menos 144 municípios do estado.[4] O surto de H3N2 também foi registado em uma aldeia indígena.[25] Até o dia 20 de janeiro o Paraná já tinha registrado 1313 casos e 40 mortes.[26] A Paraíba até a primeira dezena de janeiro já havia confirmado 104 casos de H3N2 e sete mortes.[27] Bahia com 2184 casos, sendo 23 casos de infecção simultânea com COVID-19, e 72 mortes.[2][28] Espirito Santo com 1158 casos e 27 óbitos.[29][30] Mato Grosso com três casos e um óbito.[31][32] Mato Grosso do Sul com 296 casos e 43 mortes.[33][34] Maranhão com 45 casos.[35] Tocantins com 103 casos.[36] 63 casos no Amapá.[37] Santa Catarina com 47 casos e 2 óbitos.[38] 116 casos e 2 óbitos no Rio Grande do Sul.[39] Piauí com 105 casos e uma morte.[40][41] 655 casos e 26 óbitos em Sergipe.[42] 485 casos e 15 óbitos em Rondônia.[43] 1007 casos e sete mortes no Amazonas.[44] A situação em Pernambuco já contabilizou 64 óbitos por H3N2 e 9401 casos.[45][46][47]
De acordo com o Instituto Butantan, há imunizante disponível para combater essa cepa, entretanto, não estava programado incluir na produção de doses para 2021/2022. A vacina comum contra a gripe no Brasil é, normalmente, trivalente, sendo produzida para combater vírus diferentes, como H1N1 e influenza B, e outra variante do H3N2.[48][49][50] Em janeiro de 2022 o Butantan garantiu que 80 milhões de doses da vacina deverão estar disponíveis a partir do mês de março e que incluirá o imunizante para a nova cepa.[51][52]
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