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Eleições estaduais na Paraíba em 1982
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As eleições estaduais na Paraíba em 1982 ocorreram em 15 de novembro como parte das eleições em 23 estados brasileiros e nos territórios federais do Amapá e Roraima. Foram eleitos o governador Wilson Braga, o vice-governador José Carlos da Silva Júnior e o senador Marcondes Gadelha, além de 12 deputados federais e 36 estaduais na primeira eleição direta para o Palácio da Redenção desde a vitória de João Agripino em 1965.[1] Foram observadas regras como: o voto vinculado, a sublegenda e a proibição de coligações partidárias. Ressalte-se que os paraibanos residentes no Distrito Federal escolheram seus representantes por força da Lei n.º 6.091 de 15 de agosto de 1974.[2][3][nota 1]
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15 de novembro de 1982 (Turno único) | ||||||
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Candidato | Wilson Braga | Antônio Mariz | ||||
Partido | PDS | PMDB | ||||
Natural de | Conceição, PB | João Pessoa, PB | ||||
Vice | Silva Júnior | Mário Silveira | ||||
Votos | 509.855 | 358.146 | ||||
Porcentagem | 58,47% | 41,08% | ||||
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Resultado por município:
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Titular Eleito | ||||||
Advogado formado pela Universidade Federal da Paraíba, Wilson Braga nasceu em Conceição e começou sua vida pública como presidente da Casa do Estudante de João Pessoa e foi secretário de relações internacionais da União Nacional dos Estudantes.[4] Eleito deputado estadual pela UDN em 1954, amargou uma suplência na eleição seguinte sendo reeleito via PSB em 1962. Com a advento do bipartidarismo pelo Regime Militar de 1964 filiou-se à ARENA e foi eleito deputado federal em 1966, 1970, 1974 e 1978. Após ingressar no PDS foi eleito governador da Paraíba com votação nominal recorde em 1982.[nota 2]
Para vice-governador foi eleito o empresário José Carlos da Silva Júnior. Natural de Campina Grande é formado em Contabilidade pelo Colégio Alfredo Dantas em sua cidade natal. Proprietário do Grupo São Braz, tem negócios no setor de transportes, no ramo imobiliário e possui duas concessionárias de veículos. Na seara midiática seus negócios aparecem sob a marca da Rede Paraíba de Comunicação.[nota 3] Conselheiro da Associação Comercial de Campina Grande e diretor da Bolsa de Mercadorias da Paraíba, presidiu o Sindicato do Milho, Torrefação de Café e Refinação do Sal do Estado da Paraíba e também a Associação Brasileira da Indústria do Café. Foi ainda vice-presidente Federação das Indústrias do Estado da Paraíba e membro suplente do Confederação Nacional da Indústria. Sua estreia política ocorreu sob a legenda do PDS em 1982.[5][6]
Na eleição para senador o vitorioso foi o médico Marcondes Gadelha. Nascido em Sousa e formado em 1966 pela Universidade Federal de Pernambuco, ingressou no MDB e embora tenha sido o mais votado perdeu a disputa pela prefeitura de sua cidade natal em 1968 graças à soma das sublegendas da ARENA.[nota 4] Filho e herdeiro político de José Gadelha, elegeu-se deputado federal em 1970, 1974 e 1978. Com a reforma partidária havida no governo do presidente João Figueiredo seguiu rumo ao PMDB onde permaneceu até o ingresso de seu rival político, Antônio Mariz, egresso do Partido Popular.[7] Diante de tal circunstância acertou sua filiação ao PDS e foi eleito senador em 1982.[8][9]