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A Editora Vecchi foi uma editora brasileira fundada por uma família de descendentes de italianos, os Vecchi. A editora publicava uma ampla gama de revistas e livros sobre todos os temas, mas tornou-se célebre por suas edições de histórias em quadrinhos.
Editora Vecchi | |
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Editora | |
Fundação | 1913 |
Fundador(es) | Arturo Vecchi |
Encerramento | 1983[1] |
Sede | Rio de Janeiro, Rua do Resende, 114 |
Produtos | Álbuns de figurinhas, revistas, revistas em quadrinhos, livros |
A Vecchi foi fundada em 1913, pelo imigrante italiano Arturo Vecchi, que vinha de uma tradicional família do mercado editorial de seu país[2]. Desde a década de 1920, especializou-se em romances para mulheres. Em Outubro de 1929, lançou o tabloide de histórias em quadrinhos Mundo Infantil baseado em publicações norte-americanas, uma revista desse tipo já havia sido lançada "A Gazetinha" pelo jornal paulista A Gazeta, enquanto A Gazetinha foi publicada durante 10 anos, Mundo Infantil foi publicada por apenas um ano.[3]
Depois vieram, na década de 1940, os romances em quadrinhos, precursores das fotonovelas, com o lançamento de Grand Hotel, em 1947. Os maiores sucessos da Editora Vecchi foram as revistas em quadrinhos Mad, revista de humor famosa nos EUA , e no faroeste com o personagem de quadrinhos italianos Tex, que iniciou a publicação em fevereiro de 1971. Anteriormente ele ficara conhecido como Texas Kid, que saiu a partir de fevereiro de 1951, na revista Junior, da RGE (Rio Gráfica e Editora)[4]. O cowboy criado pelos italianos Giovanni Luigi Bonelli e Aurelio Gallepini, manteve-se nas bancas do número 1 até o número 164. Em 1974, lança uma versão brasileira da satírica revista Mad da EC Comics, sob o comando do cartunista Ota.[5] Em 1975, publicou quadrinhos franco-belgas como Les Schtroumpfs, na época com o nome Strunfs e atualmente conhecido como Smurfs[6] de Peyo e Spirou e Fantásio por Franquin.[7] Em 1977, lança a revista de terror Spektro, que publicou histórias das editoras Gold Key Comics, Fawcett Comics, Charlton Comics, logo em seguida, publicou histórias de autores brasileiros da década de 1960, publicadas pela Editora Outubro, começando com "O Retrato do Mal" de Jayme Cortez, logo em seguida, histórias de Flavio Colin e Júlio Shimamoto, que na época estavam trabalhando em publicidade.[3] logo publicaria histórias de Manoel Ferreira, Itamar, Cesar Lobo, Eugênio Colonnese, Ataíde Braz, Roberto Kussumoto, Elmano Silva, Watson Portela, Ofeliano de Almeida, Ivan Jaf, Júlio Emílio Braz, Carlos Patati, entre outros.[8][9]
Em 1981, a editora passou dificuldades financeiras[10], até ser finalmente encerrada em 1983[1]. Tex foi para Editora Globo e a revista Mad para a Editora Record[10] Em 1995, Artur Vecchi, filho de Lotário Vecchi, publicou o livro de RPG satírico "Monstros" em uma editora chamada Nova Vecchi, em 2016, fundou uma nova editora chamada Avec Editora.[11]
A Vecchi publicava vários títulos, como Tex (165 numeros entre fevereiro de 1971 a setembro de 1983), Zagor (55 edições entre agosto de 1978 e julho de 1983), Ken Parker (53 edições ao todo), Chet, Spektro, Mad (foi editada até a falência da editora), Chacal, Histórias do Faroeste (com personagens clássicos do faroeste como Cisco Kid, Flecha Ligeira, etc), Gasparzinho e muitos outros títulos. Também foi responsável pela edição da revista Figurino Moderno, direcionada para o segmento de moda apresentando as tendências da estação,nacionais e internacionais,trazendo moldes prontos assinados pelo estilista Gil Brandão.
Em sua revista Feminina: Grande Hotel, que, além de fotonovelas, publicava romances em fascículos como: Sublime Sacrifício (G.H. 1209), Escrava de um juramento (G.H. 1243), Sepultada viva (G.H.1270), Expulsa na noite de núpcias (G.H.1301)e O inferno de um anjo (G.H. 1343). *número que trazia o primeiro fascículo de cada folhetim.
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