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localidade e antiga freguesia de Vila Real, Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Constantim é uma aldeia portuguesa do Município de Vila Real localizada a cerca de 4 km desta cidade. Foi sede da extinta Freguesia de Constantim, freguesia que tinha 6,46 km² de área[1] e 1 020 habitantes (2011[2]).
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Freguesia portuguesa extinta | ||||
Igreja de Constantim | ||||
Símbolos | ||||
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Localização | ||||
Localização de Constantim em Portugal Continental | ||||
Mapa de Constantim | ||||
Coordenadas | 41° 16′ 55″ N, 7° 41′ 48″ O | |||
Município primitivo | Vila Real | |||
Município (s) atual (is) | Vila Real | |||
Freguesia (s) atual (is) | Constantim e Vale de Nogueiras | |||
História | ||||
Fundação | 1096 (foral) | |||
Extinção | 28 de janeiro de 2013 | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 6,46 km² | |||
População total (2011) | 1 020 hab. | |||
Densidade | 157,9 hab./km² | |||
Outras informações | ||||
Orago | Santa Maria da Feira |
A Freguesia de Constantim foi extinta (agregada), pela reorganização administrativa de 2012/2013,[3], tendo o seu território sido integrado na então criada União das Freguesias de Constantim e Vale de Nogueiras.
Além da sede, a Freguesia de Constantim incluia no seu território os seguintes lugares: Cabana, Ranginha e Reta da Portela. Nela ficava situada a Zona Industrial de Constantim.
Constantim, cujo topónimo parece ter origem em Villa Constantini, foi um lugar importante. Ainda hoje aparece tégula romana disseminada nas vinhas, a oeste da aldeia, no lugar das Mamoas.
Constantim aparece abundantemente documentada a partir do século XI. Em 1096 o conde D. Henrique juntamente com D. Teresa concederam carta de foral aos "homens bons" que vieram povoar a Vila de Constantim de Panóias, privilégios que foram confirmados por D. Afonso Henriques em 1128. Referem-se-lhe ainda as Inquirições Afonsinas de 1220 e 1258.
Foi o centro administrativo das Terras de Panóias, desde 1096 até à fundação de Vila Real, em 1289. Perdeu este grande privilégio talvez por estar em campo aberto e não ter condições de defesa adequada aos tempos medievais.
Nesse recuado tempo, era habitada fundamentalmente por comerciantes e artífices, sendo a agricultura secundária. Também nesse tempo, realizava-se em Santa Maria de Constantim uma das maiores feiras do Norte, que deu ao lugar ao topónimo de "Feira de Constantim", como então a localidade era conhecida.
Na sequência da reorganização administrativa ditada pela Lei n.º 22/2012,[4] o território da vizinha freguesia de Vale de Nogueiras foi-lhe anexado, passando o conjunto a designar-se oficialmente União das Freguesias de Constantim e Vale de Nogueiras.[3] Assim, "Constantim" foi de facto extinta enquanto designação oficial de freguesia.
População da freguesia de Constantim (1801–2011) | ||||||||||||||||
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1801 | 1849 | 1864 | 1878 | 1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 |
391 | 426 | 497 | 556 | 563 | 608 | 594 | 625 | 668 | 743 | 839 | 876 | 776 | 839 | 1 085 | 971 | 1 020 |
Distribuição da População por Grupos Etários em 2001 e 2011 | |||||||||
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Idade | 0-14 | 15-24 | 25-64 | > 65 | 0-14 | 15-24 | 25-64 | > 65 | |
2001 | 159 | 156 | 522 | 134 | 16,4% | 16,1% | 53,8% | 13,8% | |
2011 | 147 | 133 | 594 | 146 | 14,4% | 13,0% | 58,2% | 14,3% |
A Igreja de Constantim é datada de 1726. No edifício nada sobressai a não ser a sobriedade arquitectónica e a elegância do conjunto. Apesar de tanta simplicidade, é imóvel de interesse público. O que dá valor especial a esta igreja é o sacrário rotativo, com quatro esculturas assim cronologicamente ordenadas, se o rolamos da direita para a esquerda: a prisão de Jesus, a flagelação, o calvário e a ressurreição. É uma raridade em talha de madeira dourada. Podemos datá-lo dos começos do século XVII, bem como o retábulo onde se insere, com excepção da tribuna que já é setecentista.
Em capela adossada à igreja, dentro de baú de madeira reforçada com arcos de ferro, guarda-se o crânio de São Frutuoso, não o arcebispo bracarense, mas um santo local, que viveu no século XI. A tradição de beijar "a santa cabeça", em 20 de Janeiro e no último Domingo de Julho, dias em que se realizam as festas anuais, ainda perdura.
Mas o que empresta mais valor ao conjunto é a capela exterior, encostada à frontaria da igreja, do lado esquerdo de quem entra. É do início do século XVI. Trata-se de um pequeno templo quadrangular, cuja frontaria é quase preenchida pelo portal de arco abatido e com arestas biseladas. Por cima, abre-se uma pequenina fresta. Do lado norte, tem seis cachorros lisos, que sustentam a cimalha ornada com belos motivos florais executados num caveto.
Originalmente o cruzeiro foi erguido no largo central da aldeia (o Largo do Cruzeiro), provavelmente no século XVI, de acordo com os dados bibliográficos existentes no Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA)[21]. No entanto, como consequência da evolução, a chegada do automóvel inviabilizou a sua permanência nesse local, razão que levou à sua transferência em 1955 por iniciativa da Junta de Freguesia, para o ponto onde termina a atual Rua de São Gonçalo e começa a Rua do Cruzeiro, junto à antiga escola primária.
Mais tarde, já nos finais do século XX e por se encontrar no ponto de construção de um dos acessos à via rodoviária A24, foi de novo transferido para o largo do cemitério, onde não impõe qualquer condicionamento.
Não se sabe ao certo a data de construção da capela, mas deverá ter sido erigida provavelmente ou em finais do século XVII ou na primeira metade do século XVIII.[22] A capela tem registo no SIPA, e está sob estudo e classificação. É uma construção simples que assenta sobre afloramentos graníticos existentes no monte de Santa Bárbara e que foram devidamente aplanados e preparados para sobre eles se erguer a capela. Os paramentos são rebocados e pintados de branco em todas as fachadas sendo encimadas por cobertura de duas águas com acabamento em telha. Os danos que havia sofrido por atos de vandalismo começavam a comprometer a capela e recentemente (em 1997) a capela foi alvo de restauro, ficando assim mais jovem e mais vistosa, vigiando e protegendo a aldeia de Constantim com renovado vigor.
Não é possível saber agora o que moveu a população de Constantim a erigir uma capela em honra de São Gonçalo. Relacionando o que se conta sobre São Gonçalo e os factos históricos, verificamos que na época em que ele viveu e também no período das inquirições de 1728[23], a falta de produção de bens alimentares semeou a fome em toda a região Norte. Esse facto poderá estar também na origem dos poucos nascimentos que se verificavam em Constantim, pois várias aldeias mais pequenas ultrapassaram Constantim no número de habitantes. É pois possível que a partir de 1728 se tenha erguido esta capela, ou talvez outro templo mais simples e que posteriormente deu lugar à capela, para pedir a multiplicação dos bens alimentares que, como já foi dito, escasseavam. Era a ele que recorriam também as pessoas cuja idade de casar já estava ultrapassada e pelo que se verifica nos registos de óbitos, eram muitas as pessoas solteiras.
A fonte de São Frutuoso é um complexo construído e utilizado desde o ano de 1921 para se poder lavar a roupa.[24] É constituído por um tanque principal com cerca de dois metros de profundidade, com paredes em pedra alisada e terminadas com blocos de granito facejado, em cujo centro um tanque mais pequeno, também em granito, permite desempenhar essa função, sendo o acesso feito através de escadas. O tanque recebia as águas excedentes da mina de São Frutuoso e também água da rede pública, que depois desaguavam no ribeiro que contornava o recinto ou então eram aproveitadas para regar os terrenos que lhe ficavam abaixo. Atualmente não há água na mina de São Frutuoso.
A A 4 apresenta um nó de ligação a cerca de 1 km dos limites da freguesia de Constantim, junto da Zona Industrial, permitindo a ligação ao Porto (oeste) e Bragança e Espanha (este).
A A 24 apresenta um nó de ligação direto junto do Regia Douro Park e permite a ligação de Constantim a Chaves e Espanha (norte) e Viseu (sul), continuando posteriormente pelo IP 3 até Coimbra.
A N 313 tem início em Ribeira de Pena e término em Sarzedo (Moimenta da Beira), junto à N 226, permitindo a ligação de Constantim a Vila Real, Peso da Régua e Armamar.
A N 322 tem início em Vila Real, junto à N 15 e término em Alijó, junto à N 212, passando ainda por Sabrosa, permitindo a ligação de Constantim a estes concelhos. Originalmente a N 322 passava pelo centro de Constantim, dando nome à rua que origina. No entanto, após a construção da via de acesso à A 24 e da variante para Sabrosa, o percurso original foi regionalizado, dando origem à EM 322.
O Aeródromo Municipal de Vila Real localiza-se nos limites da freguesia de Constantim, no lado oposto à N 313, possuindo uma pista de asfalto com dimensões 950x30m.
A rede de transportes rodoviários urbanos e suburanos de Vila Real é gerida e explorada pela empresa Urbanos de Vila Real (anteriormente designada por Corgobus), estando presente na freguesia de Constantim através da Linha 3 (Cruzamento Zona Industrial, Carvalho & Mota, Scholler, Betão do Marão, Motometer, IEFP, Garagem S. Cristóvão, Fapomovel, Basreal, TUVR) e Linha 5 (Largo, Constantim, Rua do Ribeiro, Ranginha).[26]
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