Conflito intercomunitário
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Os conflitos intercomunitários são conflitos entre grupos não-estatais organizados em torno de identidades comunitárias. São frequentemente conflitos ecológicos distributivos, isto é, conflitos em torno da posse e uso de bens ecológicos, como água, pastos e florestas; entretanto, também podem assumir antagonismos religiosos, culturais e políticos. São também conflitos à distância do Estado, apesar de que este pode estar envolvido no apoio de alguma parte na disputa. Ainda assim, se definem como grupos com pouca ou nenhum organização militar formal, cujos confrontos são mais ocasionais do que sistemáticos. A amplitude da violência intercomunitária é diversa, sendo marcada, em alguns casos, com poucas dezenas de fatalidades, e em outros, com milhares de mortes e deslocados.[1]
Esse tipo de conflito é um fator securitário de alta relevância em algumas partes do mundo, alguns do países mais afetados contemporaneamente estão na África, como é o caso dos conflitos na Nigéria, no Sudão, e também na República Democrática do Congo, Somália, Etiópia, Quênia e Uganda. Frequentemente esses conflitos se dão pelo antagonismo entre habitantes originários e novos ocupantes, ou em comunidades pastorialistas e agricultoras.[1]