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O Cinema da Rússia é um dos mais antigos e importantes do mundo e tem como seu marco inaugural o registro da coroação do Czar Nicolau II, em 1896.[1] Diretores russos, como Serguei Eisenstein e Dziga Vertov, foram pioneiros da linguagem, da teoria e da estética cinematográfica, sugerindo e definindo padrões que influenciaram realizadores no mundo todo. Ainda durante a era tzarista, diretores adaptaram obras de autores clássicos, como Tolstói, Dostoiévski e Puchkin, para as telas. Considera-se Vladimir Romashkov como autor do primeiro filme narrativo feito na Rússia - Stenka Razin (1908), sobre o líder cossaco homônimo que liderou uma rebelião camponesa, no sul do país, em 1670-1671.[2] [3]
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Em 1913, já havia cerca de 1 300 salas de cinema na Rússia.[4]
Logo após a Revolução de 1917, o novo governo bolchevique deu grande incentivo às produções cinematográficas por considerá-las peças estratégicas para propaganda ideológica. Assim, obras que exaltassem a força e o heroísmo do povo russo foram estimuladas, financiadas e amplamente distribuídas pelo Estado.[1]
São dessa época as obras-primas de Sergei Eisenstein: Encouraçado Potemkin (em russo, Bronenosets Potyomkin), Outubro,[5] e A Greve.[6] Mais tarde, Eisenstein ainda realizaria Alexandre Nevski, além de iniciar a trilogia Ivan, o Terrível e Que Viva México! - ambos inacabados.[3]
Vertov teve importância também nos anos 1920 e 1930 por lançar um manifesto pelo "purismo" no cinema; criou o método denominado Kinoglaz ("cine-olho" [7]) e realizou experimentações em filmes como Tchelovek s kinoapparatom (conhecido, em português, como Um homem com a câmera de filmar, O homem da câmera ou Um homem com uma câmera ou Um homem e uma câmera), de 1929.[8][9] [4]
Nas décadas de 1960 e 1970, durante o período do chamado "degelo", o cineasta Andrei Tarkóvski introduziu importantes inovações estéticas e de linguagem, em filmes como Nostalgia,[10] Andrei Rubliov, Stalker e Solaris.
O filme A Pequena Vera [11] fez sucesso nos anos 1980 mostrando o cotidiano dos jovens do interior da URSS, envolvidos com problemas de violência e drogas (principalmente alcoolismo) tanto quanto os ocidentais.
Com a Perestroika e a derrocada do regime soviético, cineastas mais simpáticos ao Ocidente e formalmente mais conservadores, como Nikita Mikhalkov, ganharam espaço, com produções críticas ao regime, tais como Olhos Negros, Anna dos 6 aos 18 e O Sol Enganador.[1]
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