Chanacomchana
publicação independente em formato de boletim, ou zine, dos coletivos paulistas LGBT / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Chanacomchana (São Paulo, 1981-1987) foi uma publicação independente em formato de boletim, ou zine, dos coletivos paulistas Lésbico-Feminista (LF) e Grupo Ação Lésbica-Feminista (GALF), que desempenhou um papel importante na organização política e resistência da comunidade lésbica durante os anos 1980 no Brasil. O conteúdo do boletim[1] reunia colagens progressistas e revolucionárias e tematizava questões femininas, especialmente lésbicas, a partir da divulgação de atividades e reflexões pertinentes para a comunidade.[2][3][4]
A edição zero foi a única produzida em formato de jornal e precedeu um hiato de publicação de mais de um ano, até voltar a ser produzido em formato reduzido ao final de 1982, quando passou a ser chamado de Boletim Chanacomchana. "Por meio de matérias que investigaram e questionaram os lugares ocupados pelas lésbicas na sociedade, de entrevistas que buscaram trazer à tona vozes silenciadas, de publicações de cartas que formaram extensos fóruns de discussão, encontro e paquera, de poesia e de literatura lésbica e de outros formatos que por fim colocaram a vivência lésbica em foco, o Chanacomchana representou para as homossexuais um espaço inaugural na escrita de sua própria história e da demarcação de sua identidade como potente e política".[5]
A publicação existiu até 1987 e suas últimas edições exploraram temas importantes para a época como a pandemia da AIDS, a Lei da Anistia, e o debate sobre a Constituinte.[6][7]