Carcinoma de células escamosas da pele
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Carcinoma espinocelular ou carcinoma de células escamosas é um dos principais tipos de cancro da pele, a par do carcinoma basocelular e do melanoma.[10] Geralmente apresenta-se na forma de um nódulo duro na pele com superfície escamosa, embora possa também formar uma úlcera.[1] A doença desenvolve-se ao longo de meses.[4] O carcinoma espinocelular tem maior probabilidade de se espalhar para outras partes do corpo do que o carcinoma basocelular.[11]
Carcinoma espinocelular | |
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O carcinoma espinocelular da pele tende a surgir a partir de lesões pré-malignas. A superfície é geralmente escamosa e muitas vezes forma úlceras (imagem). | |
Sinónimos | Carcinoma de células escamosas cutâneo (cSCC), epitelioma espinocelular, carcinoma epidermoide |
Especialidade | Dermatologia, cirurgia plástica, otorrinolaringologia |
Sintomas | Nódulo duro com superfície escamosa ou ulceração.[1] |
Fatores de risco | Radiação ultravioleta, ceratose actínica, pele clara, exposição ao arsénico, radioterapia, imunodeficiência, infeção por vírus do papiloma humano[2] |
Método de diagnóstico | Biópsia[2][3] |
Condições semelhantes | Queratoacantoma, ceratose actínica, melanoma, verrugas, carcinoma basocelular[4] |
Prevenção | Diminuir a exposição à radiação UV, protetor solar[5][6] |
Tratamento | Remoção cirúrgica, radioterapia, quimioterapia[2][7] |
Prognóstico | Geralmente bom[5] |
Frequência | 2,2 milhões (2015)[8] |
Mortes | 51.900 (2015)[9] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | C44 |
CID-9 | 199 |
MedlinePlus | 000829 |
eMedicine | derm/401 |
MeSH | D002294 |
Leia o aviso médico |
O maior fator de risco é uma elevada exposição à radiação ultravioleta emitida pelo Sol.[2] Entre outros fatores de risco estão cicatrizes na pele, feridas crónicas, ceratose actínica, pele clara, doença de Bowen, exposição ao arsénico, radioterapia, imunodeficiência, antecedentes de carcinoma basocelular e infeção por vírus do papiloma humano.[2][12] O risco decorrente de radiação UV está relacionado com a exposição total, e não com a exposição inicial.[13] As camas de bronzeamento estão-se a tornar uma fonte comum de radiação UV.[13] O cancro espinocelular tem origem nas células escamosas da pele.[14] O diagnóstico baseia-se geralmente num exame da pele e pode ser confirmado com uma biópsia.[2][3]
A diminuição da exposição a radiação UV e a utilização de protetor solar aparentam ser métodos eficazes para prevenir o cancro espinocelular da pele.[5][6] O tratamento mais comum é a remoção cirúrgica.[2] Quando o cancro é pequeno, a remoção pode ser feita com uma simples excisão. Noutros casos, está recomendada a cirurgia de Mohs.[2] Entre outras opções de tratamento estão a criocirurgia e a radioterapia.[7] Nos casos em que há metástases, podem ser usadas quimioterapia ou biofármacos.[7]
Em qualquer momento de 2015, cerca de 2,2 milhões de pessoas tinham um carcinoma espinocelular.[8] Cerca de 20% de todos os casos de cancro da pele são carcinomas espinocelulares.[15] Cerca de 12% dos homens e 7% das mulheres nos Estados Unidos desenvolvem carcinoma espinocelular em determinado momento da vida.[2] Embora o prognóstico seja geralmente bom, quando ocorrem metástases a taxa de sobrevivência a cinco anos é de cerca de 34%.[4][5] Em 2015, a doença foi a causa de 51 900 mortes em todo o mundo.[9] A idade mais comum de diagnóstico são os 66 anos.[4] As pessoas cujo tratamento foi bem sucedido apresentam um risco acrescido de vir a desenvolver novos episódios.[2]