Câncer de pele
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Os cancros da pele (português europeu) ou cânceres de pele (português brasileiro) são cancros que se formam na pele. São causados pelo desenvolvimento de células anormais que têm a capacidade de invadir ou de se espalhar para outras partes do corpo.[10] Existem três tipos principais: carcinoma basocelular (CBC), carcinoma de células escamosas (CCE) e melanoma.[1] O conjunto dos dois primeiros, e de uma série de cancros de pele menos comuns, é conhecido como "cancros de pele não melanoma" (CPNM).[5][11] O carcinoma basocelular é de crescimento lento e pode invadir os tecidos adjacentes, mas é pouco provável que se espalhe para regiões distantes ou que provoque a morte.[5] Muitas vezes aparece como uma área de pele elevada e indolor, que se pode apresentar brilhante e com pequenos vasos sanguíneos ou na forma de uma área de pele elevada com uma úlcera.[1] O carcinoma de células escamosas apresenta maior probabilidade de se espalhar.[5] Geralmente manifesta-se na forma de um pequeno inchaço com topo escamoso, embora possa também formar uma úlcera.[12] Os melanomas são os mais agressivos. Os sinais incluem a presença de um nevo melanocítico cujo tamanho, forma e cor se alterarm, que apresenta margens irregulares, que tem mais de uma cor, que provoca prurido ou que sangra.[3]
Cancro da pele | |
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Carcinoma basocelular em que se observa a aparência brilhante e a profusão de vasos sanguíneos . | |
Especialidade | Oncologia e dermatologia |
Sintomas | De células basais: Área de pele ligeiramente elevada e indolor, que se pode apresentar brilhante e com pequenos vasos capilares ou com ulceração[1] De células escamosas: tumefação cujo topo é escamoso[2] Melanoma: nevo melanocítico com margens irregulares ou cuja forma, tamanho ou cor sofreu alterações[3] |
Tipos | Carcinoma de células basais (CCB), carcinoma de células escamosas (CCE), melanoma[1] |
Causas | radiação ultravioleta do Sol ou de bronzeamento artificial[4] |
Fatores de risco | Pele clara, imunodeficiência[1][5] |
Método de diagnóstico | Biópsia[3] |
Prevenção | Diminuir a exposição à adiação ultravioleta, usar protetor solar[6][7] |
Tratamento | Cirurgia, radioterapia, fluorouracil[1] |
Frequência | 5,6 milhões (2015)[8] |
Mortes | 111 700 (2015)[9] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | C43-C44 |
CID-9 | 172, 173 |
CID-ICD-O | 8010-8720 |
CID-11 | 1706880799 |
MedlinePlus | 001442 |
eMedicine | article/276624, article/870538, article/1100753, article/1965430 |
MeSH | D012878 |
Leia o aviso médico |
Mais de 90% dos casos são causados por exposição à radiação ultravioleta (UV) do Sol.[4] Esta exposição aumenta o risco de todos os três principais tipos de cancro de pele[4] e tem vindo a aumentar devido à destruição da camada de ozono da atmosfera.[5][13] As mesas de bronzeamento estão-se a tornar outra fonte comum de radiação UV.[4] No caso dos melanomas e dos carcinomas basocelulares a exposição durante a infância é particularmente prejudicial.[6] No caso dos carcinomas de células escamosas é prejudicial em qualquer idade.[4] Entre 20 a 30% dos melanomas desenvolvem-se a partir de sinais na pele.[6] As pessoas de pele clara apresentam maior risco,[1] assim como as pessoas com o sistema imunitário comprometido devido a, por exemplo, medicamentos para o VIH.[5][14] O diagnóstico é realizado por biópsia.[3]
A diminuição da exposição à radiação UV e o uso de protetor solar aparentam ser métodos eficazes de prevenir o melanoma e o carcinoma de células escamosas.[6][7] No entanto, não é ainda claro se o uso de protetores solares tem influência no risco de carcinoma basocelular.[7] O cancro de pele não melanoma tem geralmente cura.[5] O tratamento consiste geralmente na remoção cirúrgica, embora de forma menos frequente possa ser recomendada radioterapia ou aplicação de medicamentos tópicos como a fluorouracila.[1] O tratamento de melanomas pode consistir numa combinação de cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou terapia dirigida.[3] Nas pessoas em que o cancro já se espalhou para outras partes do corpo, podem ser administrados cuidados paliativos de modo a melhorar a qualidade de vida.[3] O melanoma tem uma das mais altas taxas de sobrevivência entre os cancros, com cerca de 86–90% das pessoas a sobreviver mais de cinco anos.[15][16]
O cancro da pele é a forma mais comum de cancro, sendo responsável por mais de 40% de todos os casos da doença.[5][17] É particularmente comum entre pessoas de pele clara.[18] O tipo mais comum é o cancro de pele não melanoma, que se estima que afete anualmente mais de 2 a 3 milhões de pessoas.[6][19][1] Dos cancros de pele não melanoma, cerca de 80% são carcinomas basocelulares e 20% carcinomas de células escamosas.[11] Estes dois tipos raramente provocam a morte.[6] Em 2012, o melanoma afetou 232 000 pessoas em todo o mundo e provocou a morte a 55 000 pessoas.[6] A Austrália e a Nova Zelândia têm a maior prevalência de casos no mundo.[6] Os três principais tipos de cancro da pele têm-se tornado mais comuns nos últimos 20 a 40 anos, particularmente em regiões habitadas principalmente por pessoas brancas.[5][6]