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liga profissional de futebol da Inglaterra Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Premier League (em português: Liga Premiada) é uma liga profissional de futebol do Reino Unido e está no topo do sistema de ligas do futebol inglês, sendo a principal competição de futebol da nação insular.
Premier League | |||||||||
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Campeonato Inglês | |||||||||
Dados gerais | |||||||||
Organização | Football Association | ||||||||
Edições | 32 | ||||||||
Outros nomes | English Premier League | ||||||||
Local de disputa | Inglaterra | ||||||||
Número de equipes | 22 (até 1994–95) 20 (desde 1995–96) | ||||||||
Sistema | Pontos corridos | ||||||||
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Divisões | |||||||||
Premier League • EFL Championship • EFL League One • EFL League Two • National League | |||||||||
Edição atual | |||||||||
É disputada por vinte clubes no sistema de pontos corridos, em que no final de cada temporada os quatro mais bem colocados participam da Liga dos Campeões da UEFA, e os três piores são rebaixados para a EFL Championship, dando lugar aos três melhores desta competição. Cada temporada decorre entre agosto e maio, tendo 38 rodadas com dez partidas cada, totalizando 380 partidas em toda a temporada. A maioria dos jogos são disputados durante o período da tarde nos sábados e domingos e algumas vezes durante a noite no meio da semana.
A competição foi formada como FA Premier League em 20 de fevereiro de 1992, após a decisão dos clubes da Football League First Division de romperem com a Football League, originalmente fundada em 1888, para aumentarem suas receitas provenientes de direitos de televisão, que atualmente rendem £2,4 bilhões por ano para transmissões domésticas (BSkyB e BT Group) e internacionais. A Premier League é a liga de futebol mais popular do mundo, transmitida por oitenta redes de televisão em mais de duzentos países.
Na temporada 2017–18 a média de público da competição foi de 38 297, sendo a segunda mais alta em ligas de futebol profissional, atrás apenas da Bundesliga. A Premier League está em primeiro lugar nos coeficientes de ligas da UEFA, baseados nos desempenhos em competições europeias ao longo dos últimos cinco anos.
Desde 1888, 24 clubes foram coroados campeões do sistema de futebol inglês. Desde a criação da liga, em 1992, um total de 49 clubes já estiveram na Premier League, dos quais sete venceram o título: o Manchester United, o maior campeão com treze títulos, o Manchester City vem em segundo com oito, o Chelsea com cinco, o Arsenal com três e único clube a conquistar a Premier League de forma invicta, Blackburn Rovers, Liverpool e Leicester, com uma conquista cada. Apenas seis clubes disputaram todas as suas edições: Arsenal, Chelsea, Everton, Liverpool, Manchester United e Tottenham, sendo eles três clubes da cidade de Londres, dois de Liverpool e um de Manchester.[1]
A partir da temporada 2017–18, os jogadores recebem um prêmio especial por 100 aparições e a cada centena subsequente, assim como os jogadores que marcam 50 gols e seus múltiplos. Cada jogador que atinge esses marcos recebe uma caixa de apresentação da Premier League contendo uma medalha especial e uma placa comemorando sua conquista.[2]
Apesar do significativo sucesso europeu durante a década de 1970 e início da década seguinte, o final dos anos 80 marcou uma decadência no futebol inglês. Os estádios estavam se deteriorando, com instalações precárias e grande vandalismo. Além disso, os clubes ingleses foram banidos das competições europeias durante cinco anos após a Tragédia de Heysel, em 1985.[3] A Football League First Division estava bem atrás de ligas como a Serie A e a La Liga em termos de público e receita, e vários jogadores de alto nível foram jogar em outros países.[4]
No entanto, na virada da década de 1990, a tendência de queda estava começando a se reverter, com a Inglaterra fazendo uma boa campanha no Mundial de 1990, chegando até às semifinais. A UEFA, entidade máxima do futebol europeu, retirou a proibição dos clubes ingleses de disputarem competições europeias em 1990 (com isso o Manchester United venceu a Recopa Europeia em 1991). Além disso, o Relatório Taylor, sobre as normas de segurança em estádios, que propôs atualizações dispendiosas para criar todos os lugares dos estádios em rescaldo ao Desastre de Hillsborough, foi publicado em janeiro desse ano.[5]
O dinheiro televisivo havia se tornado muito mais importante; a Football League recebeu 6,3 milhões de libras esterlinas por um contrato de dois anos em 1986, mas quando o acordo foi renovado em 1988, o preço subiu para 44 milhões de libras estabelecidas por um acordo de quatro anos.[6] As negociações de 1988 foram os primeiros sinais de uma liga separatista; dez clubes ameaçaram sair e formar uma "super liga", mas foram convencidos a ficar. No entanto, como os estádios melhoraram e a média de público subiu junto com as arrecadações, as maiores equipes do país novamente consideraram deixar a Football League, a fim de capitalizar o crescente fluxo de dinheiro que estava sendo investido no esporte.[7]
No final da temporada 1990–91, uma proposta para a criação de uma nova liga foi entregue, com a promessa de que traria mais dinheiro para os clubes. O acordo dos membros fundadores foi assinado em 17 de julho de 1991 e estabeleceu os princípios básicos para a criação da FA Premier League.[8] A divisão recém-formada teria independência comercial da Football Association e da Football League, dando a FA Premier League licença para negociar a sua própria transmissão e contratos de patrocínio. O argumento dado na época foi que a renda extra permitiria que os clubes ingleses competissem com equipes de toda a Europa.[4]
Em 1992, os clubes da Primeira Divisão renunciaram da Football League e, em 27 de maio de 1992, a FA Premier League foi formada como uma empresa limitada, passando a operar na então sede da Football Association em Lancaster Gate.[4] Isto significou um rompimento de 104 anos com a Football League, que tinha operado até então com quatro divisões; a partir de então a Premier League passou a operar com uma única divisão e a Football League com três. Não houve alteração no formato da competição, o mesmo número de equipes competiram na primeira divisão, e a promoção e rebaixamento entre a Premier League e a nova Primeira Divisão permaneceu da mesma forma que antes, com três times rebaixados e três promovidos.[7]
O campeonato teve a sua primeira temporada em 1992–93 e foi originalmente composto por 22 clubes. O primeiro gol da Premier League foi marcado por Brian Deane, do Sheffield United na vitória por 2 a 1 contra o Manchester United.[9] Os 22 membros inaugurais da nova liga foram: Arsenal, Aston Villa, Blackburn Rovers, Chelsea, Coventry City, Crystal Palace, Everton, Ipswich Town, Leeds United, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Middlesbrough, Norwich City, Nottingham Forest, Oldham Athletic, Queens Park Rangers, Sheffield United, Sheffield Wednesday, Southampton, Tottenham Hotspur e Wimbledon. Luton Town, Notts County e West Ham United foram os três times rebaixados da antiga primeira divisão no final da temporada 1991–92 e não participaram da temporada inaugural da Premier League.[10]
Devido à insistência da FIFA de que os campeonatos nacionais deveriam reduzir a quantidade de jogos disputados, o número de clubes foi reduzido para vinte em 1995, quando quatro equipes foram rebaixadas e apenas duas foram promovidas. Em 8 de junho de 2006, a FIFA solicitou que todos os principais campeonatos europeus, incluindo a Serie A italiana e a La Liga da Espanha reduzissem para 18 o número de equipes no início da temporada 2007–08. A Premier League respondeu anunciando a sua intenção de resistir a tal redução.[11] Em última análise, a temporada 2007–08 começou novamente com vinte equipes. O campeonato mudou seu nome de FA Premier League para simplesmente Premier League em 2007.[12]
O clube galês Swansea City foi promovido à Premier League para a temporada 2011–12, sendo o primeiro de fora da Inglaterra a disputar a competição. Em 20 de agosto de 2011, a Premier League teve seu primeiro jogo fora da Inglaterra, que foi entre Swansea City e Wigan Athletic no Liberty Stadium, em Swansea, País de Gales.[13] Em 2013 outro clube galês, o Cardiff City, conseguiu a promoção para a Premier League, sendo a primeira vez que dois clubes galeses disputavam a primeira divisão inglesa em uma mesma temporada.[14]
A Premier League é operada como uma corporação e pertence aos vinte clubes participantes. Cada clube é um acionista com direito a voto em questões como mudanças de regras e contratos. Os clubes elegem um presidente, um diretor executivo e um conselho de administração para a supervisão das operações diárias da liga.[15]
O atual presidente é Anthony Fry, nomeado em 2013, que substituiu Sir Dave Richards, que estava no cargo desde 1999,[16] e o diretor executivo é Richard Scudamore, nomeado em novembro de 1999.[17] O ex-presidente e o ex-diretor executivo, John Quinton e Peter Leaver, foram forçados a renunciarem em março de 1999 após adjudicação de contratos de consultoria para executivos da Sky.[18] A Football Association não está diretamente envolvida nas operações do dia a dia da Premier League, mas tem poder de veto como acionista especial durante a eleição de presidente e diretor executivo e quando novas regras são aprovadas para o campeonato.[19]
A Premier League envia representantes para a Associação de Clubes Europeus. A quantidade de clubes e os próprios clubes são escolhidos de acordo com os coeficientes da UEFA. Para a temporada 2012–13, a Premier League teve dez representantes na Associação: Arsenal, Aston Villa, Chelsea, Everton, Fulham, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Newcastle United e Tottenham Hotspur.[20] A Associação de Clubes da Europa é responsável por eleger três membros para o Comitê de Competições de Clubes da UEFA, que está envolvido nas operações de competições da UEFA, como a Liga dos Campeões e a Liga Europa.[21]
Vinte clubes participam da Premier League. Durante o decorrer da temporada (de agosto a maio), cada clube joga duas vezes contra os outros (em um sistema de pontos corridos), uma vez em seu estádio e a outra no de seu adversário, em um total de 38 jogos. As equipes recebem três pontos por vitória e um ponto por empate. Não são atribuídos pontos para derrotas. As equipes são classificadas pelo total de pontos, depois pelo saldo de gols e, em seguida, pelos gols marcados. Ao final de cada temporada, o clube com mais pontos é coroado campeão. Se a pontuação for igual nos três critérios, as equipes ocuparão a mesma posição. Se houver um empate para o campeão, para o rebaixamento ou na qualificação para outras competições, um jogo em campo neutro decide a classificação.[22] As três últimas equipes na tabela são rebaixadas para a Football League Championship e as duas melhores equipes desse campeonato, juntamente com o vencedor dos play-offs envolvendo os clubes da terceira a sexta posição no torneio, são promovidas.[23]
A partir da temporada 2009–10, a qualificação para a UEFA Champions League mudou, e os quatro melhores times da Premier League se qualificam para a competição, com os três melhores times entrando diretamente na fase de grupos. Anteriormente, apenas as duas melhores equipes eram qualificadas automaticamente. O quarto colocado entra na Liga dos Campeões na rodada de play-off de não campeões e deve ganhar um confronto de ida e volta para entrar na fase de grupos.[24]
A equipe que ficou em quinto na Premier League se qualifica automaticamente para a UEFA Europa League e as equipes em sexto e sétimo lugar também podem se qualificar, dependendo dos vencedores e dos vice-campeões das duas copas nacionais. Dois lugares na Europa League estão reservados para o vencedor de cada uma das copas nacionais; se o vencedor da Copa da Inglaterra se qualifica para a Liga dos Campeões, esse lugar vai para o vice-campeão e se o vice-campeão também já está qualificado, esse lugar vai para o melhor colocado na Premier League. Se o vencedor da Copa da Liga já está qualificado, aquele lugar vai para a próxima equipe melhor colocada no campeonato.[25][26]
Ainda há um lugar na UEFA Europa League disponível através da iniciativa do fair play. Se a Premier League tiver uma equipe entre as três primeiras no ranking de fair play da Europa, o time que estiver melhor colocado e que não tenha se qualificado para alguma competição continental será automaticamente qualificado para a Liga Europa da UEFA na fase pré-eliminatória.[27]
Uma exceção ao sistema usual de qualificação europeu aconteceu em 2005, depois de o Liverpool ter ganho a Liga dos Campeões no ano anterior, mas não ter terminado em um lugar de qualificação da Liga dos Campeões na Premier League nessa temporada. A UEFA deu dispensa especial para o clube entrar na competição, permitindo que a Inglaterra tivesse cinco classificados.[28]
A UEFA posteriormente decidiu que o atual campeão se qualificaria para a competição no ano seguinte, independentemente de sua colocação no campeonato nacional. No entanto, para as ligas com quatro participantes na Liga dos Campeões, isso significava que, se o vencedor dela terminasse fora dos quatro primeiros em sua liga nacional, ela iria se classificar à custa da equipe que foi quarta colocada no campeonato. Nenhuma associação pode ter mais de quatro participantes na Liga dos Campeões. Isso ocorreu em 2012, quando o Chelsea, que havia vencido o torneio anterior, terminou em sexto no campeonato, classificou-se para a Liga dos Campeões no lugar do Tottenham Hotspur, quarto colocado, que foi para a Liga Europa.[29] Com a decisão da Uefa de que os campeões da Liga Europa tem automaticamente vaga na Champions League da temporada seguinte desde 2014/2015, são cinco o número de equipes de um mesmo país permitidas na Champions.[29]
Em 2007, a Premier League tornou-se o maior campeonato no ranking europeu, com base nos desempenhos dos times ingleses nas competições europeias ao longo de um período de cinco anos. Isso quebrou o domínio de oito anos do campeonato espanhol, La Liga.[30] As três principais ligas da Europa estão autorizadas a terem quatro equipes na Liga dos Campeões. Michel Platini, presidente da UEFA, propôs tomar um lugar das três principais ligas e colocá-lo para os vencedores das copas nacionais. Esta proposta foi rejeitada em uma votação numa reunião do Conselho Estratégico da UEFA.[31]
Ver também Clubes da Premier League de 2024-25
Um total de 49 clubes já disputaram a Premier League desde a sua criação em 1992 até a temporada 2018–19. Destes, seis nunca foram rebaixados da Premier League desde a sua criação. Este grupo é composto por Arsenal, Chelsea, Everton, Liverpool, Manchester United e Tottenham Hotspur.[32]
No início da Premier League, em 1992–93, apenas onze jogadores que eram titulares em suas equipes na primeira rodada tinham vindo de fora do Reino Unido ou da República da Irlanda.[34] Em 2000–01, o número de jogadores estrangeiros que participam da Premier League era de 36% do total. Na temporada 2004–05, o número tinha aumentado para 45%. Em 26 de dezembro de 1999, Chelsea tornou-se o primeiro clube da Premier League a entrar em campo somente com jogadores estrangeiros e,[35] em 14 de fevereiro de 2005, o Arsenal foi o primeiro a convocar uma equipe completa de dezesseis estrangeiros para uma partida.[36] Em 2009, a Premier League teve uma média de treze jogadores estrangeiros por clube, com menos de 40% de jogadores ingleses.[37] Em 2012-13, a percentagem de jogadores nacionais foi de aproximadamente 32%.[38] Já na temporada 2017-18, eram 366 estrangeiros de um total de 548, quase 67% do total.[39]
O grande número de jogadores estrangeiros teve efeito na seleção inglesa e tem sido objeto de debate de longa data, com José Luis Astiazarán, presidente da La Liga da Espanha, sugerindo que o elevado número de jovens jogadores estrangeiros é a razão por trás da falta de sucesso da Inglaterra em torneios internacionais.[37] Vicente del Bosque,ex-treinador da seleção espanhola, discorda afirmando que "Não acho que é prejudicial para o futebol inglês ter pessoas de fora".[40]
Em resposta às preocupações de que os clubes estavam formando cada vez menos jovens jogadores britânicos para contratar jogadores estrangeiros mais baratos, em 1999 o Ministério do Interior tornou as regras para a concessão de vistos de trabalho mais rígidas para os jogadores de países de fora da União Europeia (UE).[41]
Atualmente, um jogador de fora da UE só pode ter o visto se tiver jogado por seu país em pelo menos 75% dos jogos de sua seleção nos quais ele estava disponível durante os dois anos anteriores, e se seu país tenha estado pelo menos em uma colocação média de número setenta no ranking mundial da FIFA nos últimos dois anos. Se um jogador não atender a esses critérios, o clube que deseja contratá-lo pode apelar se acreditar que é um talento especial e "capaz de contribuir significativamente para o desenvolvimento do jogo de mais alto nível no Reino Unido."[42]
Os jogadores só podem ser transferidos durante as janelas de transferência que são definidas pela Football Association. As duas janelas de transferências atuais são iniciadas a partir do último dia da temporada até 31 de agosto, e de 31 dezembro a 31 janeiro. As inscrições não podem ser trocadas fora destes intervalos, exceto sob licença específica da FA, geralmente em regime de urgência.[43]
A partir da temporada 2010–11, a Premier League introduziu novas regras determinando que cada clube deve registrar um plantel de no máximo 25 jogadores com idades acima de 21, com o plantel só podendo ser alterado na janela de transferência ou em circunstâncias excepcionais.[44][45] Isso foi feito para permitir que a "regra caseira" seja imposta, em que cada clube da liga, desde 2010, necessita que pelo menos oito homens do plantel sejam "jogadores caseiros", definido como um jogador que: "Independentemente da sua nacionalidade ou idade, foi registrado com qualquer clube filiado a Associação de Futebol ou a Associação de Futebol do País de Gales por um período, contínuo ou não, de três temporadas inteiras ou 36 meses antes de seu aniversário de 21 anos".[44]
Não há tetos salariais na Premier League. Após a formação da liga, os salários dos jogadores aumentaram muito como resultado da maior venda dos direitos televisivos. Na primeira temporada, a média salarial de um jogador da Premier League era de 75 mil libras por ano,[46] mas depois subiu uma média de 20% ao ano durante uma década,[47] 409 mil em 2000–01, 676 mil em 2003–04,[48] subindo para 1,1 milhão de libras na temporada 2008–09.[49] Em 2017-18 a média subiu para 46.150 libras por semana.[39]
A taxa de transferência recorde na Premier League foi quebrada várias vezes durante os primeiros anos da competição. Antes do início da primeira temporada da Premier League, Alan Shearer se tornou o primeiro jogador britânico a merecer uma taxa de transferência de mais de três milhões de libras.[50] Os recordes aumentaram constantemente nos primeiros anos da liga até Alan Shearer quebrar um novo recorde, quando se transferiu por quinze milhões de libras para o Newcastle United em 1996.[50] Este valor se manteve como recorde por quatro anos, até que foi ultrapassado pelos dezoito milhões pagos pelo Leeds por Rio Ferdinand ao West Ham. Manchester United posteriormente quebrou o recorde três vezes pelas contratações de Ruud van Nistelrooy, Juan Sebastián Verón e Rio Ferdinand.[51] Chelsea quebrou o recorde em maio de 2006, quando assinou com Andriy Shevchenko, do Milan. O número exato da taxa de transferência não foi revelado, mas foi relatado como sendo de cerca de trinta milhões.[52]
Este foi superada pelo Manchester City, pela compra de Robinho, do Real Madrid, em 1º de setembro de 2008 por 32,5 milhões de libras.[53] Esta taxa foi então ultrapassada duas vezes em janeiro de 2011, primeiro pela transferência de Andy Carroll por 35 milhões do Newcastle para o Liverpool.[54] Este recorde foi então batido quando Fernando Torres saiu do Liverpool para jogar no Chelsea por cinquenta milhões.[55] O recorde de Torres foi batido em 2014 quando o Manchester United pagou 59,7 milhões de libras para contar com o argentino Ángel Di María, do Real Madrid.[56] A segunda maior transferência da história do futebol foi realizada quando o Manchester United contratou o meia francês Paul Pogba da Juventus em agosto de 2016 por £89 milhões de libras.[57]
Duas das outras maiores transferências na história tiveram clubes da Premier League como vendedores. O Manchester United vendeu por oitenta milhões de libras Cristiano Ronaldo para o Real Madrid em 2009.[58] Em 2013 o Tottenham Hotspur vendeu Gareth Bale também para o Real Madrid por 85 milhões de libras (100 milhões de euros).[59] Em 2018 o Liverpool vendeu Philippe Coutinho por 130 milhões de euros ao Barcelona.[60]
Os jogadores da Premier League competem pela Chuteira de Ouro, concedido ao artilheiro no final de cada temporada. Alan Shearer, ex-atacante do Blackburn Rovers e do Newcastle United, detém o recorde de maior número de gols na Premier League, com 260. Shearer terminou entre os dez maiores marcadores em dez de suas catorze temporadas na Premier League e conquistou o título de artilheiro três vezes. Durante a temporada de 1995–96 ele se tornou o primeiro jogador a marcar cem gols na Premier League. Desde então, 21 jogadores atingiram essa marca.[61]
Desde a primeira temporada da Premier League em 1992–93, catorze jogadores diferentes de dez clubes já ganharam ou compartilharam o título de artilheiro.[62] Thierry Henry ganhou seu título pelo terceiro ano consecutivo, e quarto no geral, marcando 27 gols na temporada 2005–06. Esta marca superou os três títulos de Shearer, quando ganhou consecutivamente entre 1994–95 e 1996–97. Os outros que venceram mais de uma vez foram Michael Owen, Jimmy Floyd Hasselbaink e Didier Drogba, que ganharam duas vezes cada. Andrew Cole e Alan Shearer detêm o recorde de maior número de gols em uma temporada (34) - no Newcastle e Blackburn, respectivamente. O recorde de Cole veio na temporada 1993–94 e o de Shearer em 1994–95, e ambos fizeram 42 jogos na temporada.[63] A marca de Shearer de 31 gols em uma temporada de 38 jogos em 1995–96 foi igualada em 2007–08 por Cristiano Ronaldo e em 2013-14 por Luis Suárez e ultrapassada por Mohamed Salah em 2017-18, ao fazer 32 gols (recorde atual).[64] O feito de marcar cinco gols em uma partida foi realizado apenas por cinco jogadores: Andy Cole, Alan Shearer, Jermain Defoe, Aguero e Dimitar Berbatov.[65]
O Manchester United foi o primeiro time a ter marcado 1 000 gols na liga, depois de Cristiano Ronaldo ter marcado na derrota por 4 a 1 diante do Middlesbrough na temporada 2005-06.[66] O maior número de gols em uma única partida ocorreu em 29 de setembro de 2007, quando o Portsmouth derrotou o Reading por 7 a 4.[67] As maiores goleadas foram Manchester United 9x0 Ipswich Town, na temporada 1994/95, Leicester City 9x0 Southampton em 2019/20,Manchester United 9x0 Southampton em 2020/21 e Liverpool 9x0 Bournemouth na temporada 2022/23.[68]
Ver também Treinadores da Premier League de 2018–19
Na Premier League, os treinadores estão envolvidos no dia a dia do clube, incluindo a formação e escalação da equipe e aquisição de jogadores. Sua influência varia de clube para clube e está relacionada com a presidência do clube e o relacionamento do técnico com os torcedores.[69] Os treinadores são obrigados a terem uma licença da UEFA.[70] A UEFA Pro Licence é exigida por cada pessoa que deseje gerir um clube da Premier League de forma permanente (ou seja, mais de doze semanas – a quantidade de tempo que um treinador interino não qualificado está autorizado a assumir o controle temporário). Treinadores interinos são aqueles que preenchem a lacuna entre a saída de um treinador e a entrada de outro.[71]
Sir Alex Ferguson é o treinador que mais tempo ficou em um time da primeira divisão inglesa, quando comandou o Manchester United de 1986 a 2013. Na época, ele foi substituído pelo então treinador do Everton David Moyes, que era o terceiro há mais tempo no cargo. Arsène Wenger foi o segundo treinador que ficou mais tempo no comando de um time na liga, comandando o Arsenal de 1996 a 2018. Atualmente o treinador que está há mais tempo na mesma equipe é Eddie Howe, do Bournemouth (desde 2012).
Nenhum técnico inglês ganhou a Premier League; os ganhadores do título compreendem dois escoceses, Sir Alex Ferguson (Manchester United, treze títulos) e Kenny Dalglish (Blackburn Rovers, um título), um espanhol (Pep Guardiola, do Manchester City, quatro títulos), um francês (Arsène Wenger, do Arsenal, três títulos), um português (José Mourinho, do Chelsea, três títulos), um alemão (Jurgen Klopp, Liverpool, um título) e três italianos (Carlo Ancelotti, do Chelsea, Roberto Mancini, do Manchester City, e Claudio Ranieri, do Leicester, um título cada).[72]
Ver também Estádios da Premier League de 2019–20
A Premier League foi disputada em 58 estádios desde a sua formação em 1992. O desastre de Hillsborough em 1989 e o subsequente Relatório Taylor sugeriram uma recomendação para que os antigos modelos de estádios fossem abolidos; como resultado, todos os estádios da Premier League têm assentos.[73][74]
Desde a formação da liga, os campos de futebol na Inglaterra têm sofrido melhorias constantes na capacidade e nas instalações, com alguns clubes se mudando para novos estádios.[75] Nove estádios de futebol onde ocorreram jogos da Premier League já foram demolidos. A capacidade combinada total da Premier League na temporada 2017–18 foi de 806 033, com uma capacidade média de 40.302.[76]
O público nos estádios é uma importante fonte de receita para os clubes da Premier League. Na temporada de 2012–13, a média foi de 36 631 espectadores e um público total de 13 919 810, o que representa um aumento de 15 505 face à média de público de 21 126 registrados na primeira temporada da liga (1992–93). No entanto, durante a temporada de 1992–93 as capacidades da maioria dos estádios foram reduzidas, com os clubes substituindo arquibancadas por assentos, a fim de atender ao Relatório Taylor.[5][77]
Em 2013, dezesseis dos vinte clubes da Premier League estavam entre os cem com maior média de público do mundo, segundo a Pluri Consultoria.[78] Apesar de as mudanças terem aumentado a média de público do futebol inglês e torná-lo também o mais visto no mundo, as mudanças estruturais são criticadas, devido a uma elitização do público nos estádios, fazendo com que as classes mais baixas tenham pouco acesso aos estádios porque o preço dos ingressos tornou-se caro demais para boa parte da população. Uma pesquisa feita pelo The Guardian mostrou que os ingressos da Premier League são os mais caros entre as quatro principais ligas de futebol do mundo (junto com La Liga, Bundesliga e Serie A). O estudo mostrou que o preço médio do ingresso mais barato na primeira divisão inglesa custa cerca de £28,30 e o ticket anual £467,95, mais que o dobro da Bundesliga, que apresentou os menores preços (£10,33 e £207,22, respectivamente).[79][80] Segundo o The Guardian, existe um perigo real de "gerações futuras serem perdidas" do futebol, em vista de os torcedores entre 18 e 30 anos estarem sendo deixados de fora dos estádios. Mas segundo Richard Scudamore, diretor da Premier League: "Os torcedores claramente aproveitam o ambiente onde assistem as partidas da Premier League e o futebol que oferecem, com taxas de ocupação nos estádios de 95% nesta temporada e acima dos 90% nos últimos 15 anos".[81] Essa situação se reflete no aspecto dos jogos de futebol do país, que também é criticada, devido aos torcedores não contribuírem com uma melhor atmosfera com cânticos ou incentivos, fazendo com que os estádios se parecem mais com teatros, pois os fãs "são substituídos por clientes que esperam ser entretidos pelo dinheiro que estão pagando".[82]
De 1993 a 2016, a Premier League teve direitos de patrocínio do título vendidos a duas empresas, que eram a cervejaria Carlinge o Barclays Bank PLC; O Barclays foi o mais recente patrocinador do título, tendo patrocinado a Premier League de 2001 até 2016 (até 2004, o patrocínio do título foi realizado através da marca Barclaycard antes de passar para a sua principal marca bancária em 2004).
Período | Patrocinador | Marca |
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1992–1993 | Nenhum patrocinador | FA Premier League |
1993–2001 | Carling | FA Carling Premiership |
2001–2004 | Barclaycard | FA Barclaycard Premiership |
2004–2007 | Barclays | FA Barclays Premiership |
2007–2016 | Liga Premier do Barclays | |
2016– | Nenhum patrocinador | Premier League |
O acordo do Barclays com a Premier League expirou no final da temporada 2015-2016. A federação anunciou em 4 de junho de 2015 que não iria prosseguir com nenhum acordo de patrocínio de títulos para a Premier League, argumentando que eles queriam construir uma marca "limpa" para a competição mais alinhada com as das principais ligas esportivas dos EUA .
Além do patrocínio para a liga em si, a Premier League conta com vários parceiros e fornecedores oficiais. O fornecedor oficial de bolas para a liga é a Nike, que tem o contrato desde a temporada 2000-2001, quando assumiu o controle da Mitre. Sob a marca Merlin, a Topps detém a licença para produzir colecionáveis para a Premier League desde 1994, incluindo adesivos (para o seu álbum de figurinhas ) e cartões comerciais. Lançado na temporada de 2007-2008, o Topps 'Match Attax, o jogo de cartas oficial da Premier League, é o melhor jogo de colecionadores do Reino Unido, e também o maior jogo de cartas esportivas do mundo. Desde 2017, a empresa de chocolates Cadbury é a parceira oficial de lanches da Premier League, e patrocina os prêmios Premier League Golden Boot e Premier League Golden Glove.
A receita dos clubes da Premier League foi de 4,5 bilhões de libras em 2016–17, mais do que qualquer outro campeonato de futebol do mundo.[83] Em 2010, a Premier League foi premiada com a "Queen's Awards for Enterprise" na categoria de Comércio Internacional por Sua Majestade Rainha Elizabeth II.[84]
A Premier League foi reconhecida por sua contribuição para o comércio internacional e pelo valor que traz para o futebol inglês e para a indústria de radiodifusão do Reino Unido. A receita bruta da Premier League é a quarta maior em todas as ligas esportivas de todo o mundo, atrás apenas das receitas anuais das três principais ligas esportivas da América do Norte (a National Football League, Major League Baseball e a National Basketball Association).[85]
Em termos de futebol mundial, os clubes da Premier League são alguns dos mais ricos do mundo. Em 2018, a Deloitte, que anualmente divulga os números sobre as receitas dos clubes por meio de sua "Football Money League", listou dez clubes da Premier League (Manchester United, Manchester City, Arsenal, Chelsea, Liverpool, Tottenham Hotspur e Leicester City, West Ham, Southampton e Everton FC) entre os vinte primeiros na temporada 2016–17, mais que qualquer outro país.[86] Além disso, dezoito dos vinte clubes terminaram a temporada com lucro (um total de 500 milhões de libras).[83]
Apesar das grandes receitas, a dívida dos vinte clubes em 2017 era de 2,5 bilhões de libras. Desses, boa parte provinham de "empréstimos suaves" dos proprietários, com a maior parte desse valor (£1,17 bilhão) do Chelsea.[87] No fim de 2012, o Arsenal, Manchester United, Tottenham e Liverpool enviaram uma carta para o presidente da liga, Richard Scudamore, com o intuito de diminuir os gastos feitos principalmente pelo Chelsea (que tem como proprietário o bilionário russo Roman Abramovich) e Manchester City (cujo dono é sheik Mansour). A carta dizia que sete clubes da liga já estavam sob o regulamento financeiro da Uefa, mas que os outros clubes controlados por milionários precisavam entrar na mesma regulamentação e que as regras de controle deviam "incluir medidas significativas para restringir esse tipo de situação".[88]
Em fevereiro de 2013 os vinte clubes assinaram um acordo para limitar seus déficits e cortar as verbas salariais, novas normas cujo descumprimento poderá causar perda de pontos no torneio. A partir de julho do mesmo ano, os clubes não podem acumular perdas de mais de 105 milhões de libras (gastos com estádio e CTs estarão isentos) em um período de três anos. No mesmo período, os clubes cujo total de gastos em salário for de mais de 52 milhões só serão autorizados a subir esse valor em quatro milhões. Caso excedam esse limite, os clubes serão obrigados a responder perante uma comissão disciplinar e prestar contas com informação financeira detalhada, na qual os donos do time deverão custear a dívida pendente.[89] O ministro do esporte da Inglaterra, Hugh Robertson, disse: "Estou satisfeito que os clubes da Premier League concordaram com os regulamentos financeiros que ajudarão a garantir que eles funcionem em uma base mais sustentável." "O Governo tem sido claro que queremos que os clubes estejam seguros financeiramente para a saúde a longo prazo do jogo. Esta é uma medida bem-vinda e positiva." Apesar das medidas, o regulamento da Premier League é muito menos rigoroso do que o estabelecido pela Uefa para competições europeias, que só permitem uma perda de aproximadamente quarenta milhões ao longo de três anos.[89]
Temporadas | BskyB | Emissora 2 | Total | Valor (£)[90] |
---|---|---|---|---|
1992–1997 | 60 | – | 60 | 304 mi |
1997–2001 | 60 | – | 60 | 670 mi |
2001–2004 | 110 | – | 110 | 1,2 bi |
2004–2007 | 138 | – | 138 | 1,024 bi |
2007–2010 | 96 | 42 (Setanta) | 138 | 1,706 bi |
2010–2013 | 115 | 23 (ESPN) | 138 | 1,782 bi |
2013–2016 | 116 | 38 (BT) | 154 | 3,018 bi |
2016–2019 | 126 | 42 (BT) | 168 | 5,136 bi |
A televisão tem desempenhado um papel importante na história da Premier League. O dinheiro dos direitos de transmissão tem sido vital para ajudar no desenvolvimento do torneio. A decisão da liga de vender os direitos de transmissão para a BSkyB, uma rede fechada de televisão, em 1992, foi uma decisão radical, por ser a primeira vez em que se estava cobrando dos fãs para que pudessem assistir futebol pela televisão.
No entanto, a estratégia televisiva e o interesse do público por futebol fizeram o valor dos direitos da Premier League aumentarem.[6]
A Premier League vende os seus direitos de televisão em uma base coletiva. Isso está em contraste com alguns outros campeonatos europeus, incluindo a La Liga, em que cada clube vende seus direitos individualmente, colocando uma parcela muito maior da renda em apenas alguns clubes.[91] O dinheiro é dividido em três partes: metade é dividida igualmente entre os clubes; um quarto é distribuído de acordo com a posição final do clube na liga, em que o primeiro colocado recebe vinte vezes o valor do último; e o resto é distribuído de acordo com a audiência e número de jogos transmitidos, com um mínimo de dez jogos por clube.[92] A renda de direitos no exterior é dividida igualmente entre os vinte clubes.[93]
A primeira venda de direitos de transmissão para a Sky foi por 304 milhões de libras e valia por cinco temporadas.[94] O contrato seguinte, que seria válido a partir da temporada 1997–98, teve seu preço aumentado para 670 milhões e durou por quatro temporadas.[94] O terceiro contrato foi um negócio de 1,024 bilhão de libras com a BSkyB para três temporadas, de 2001–02 a 2003–04. O campeonato conseguiu 320 milhões com a venda de seus direitos internacionais por um período de três anos, de 2004–05 a 2006–07. Os direitos foram vendidos de território a território.[95]
O monopólio da Sky foi quebrado a partir de agosto de 2006, quando a Setanta Sports recebeu os direitos de exibir dois dos seis pacotes de jogos disponíveis. Isso ocorreu após uma insistência por parte da Comissão Europeia de que os direitos exclusivos não devem ser vendidos para uma única empresa de televisão. Sky e Setanta pagaram um total de 1,7 bilhão de libras, um aumento de dois terços. A Setanta também tem direito a um jogo ao vivo às quinze horas exclusivamente para os telespectadores irlandeses.
A BBC manteve os direitos para mostrar os melhores momentos das mesmas três temporadas por 171,6 milhões, um aumento de 63% sobre os 105 milhões de libras que pagava no período de três anos anterior.[96] Raidió Teilifís Éireann transmite o pacote de melhores momentos na Irlanda. Os direitos de televisão para o exterior foram vendidos por 625 milhões, quase o dobro do contrato anterior.[97] O total arrecadado a partir desses acordos foi de mais de 2,7 bilhões de libras, dando aos clubes da Premier League uma renda média de cerca de quarenta milhões por ano entre 2007 e 2010.[98]
Os contratos de direitos televisivos entre a Premier League e a Sky têm enfrentado acusações de ser um cartel e vários processos judiciais surgiram como resultado disso.[99] Uma investigação da Office of Fair Trading, em 2002, estabeleceu a BSkyB como dominante no mercado de esportes da TV paga, mas concluiu que não havia motivos suficientes para a alegação de que a empresa tinha abusado da sua posição dominante.
Em julho de 1999, o método da Premier League de venda de direitos coletivamente para todos os clubes membros foi investigado pelo Tribunal de Práticas Restritivas do Reino Unido, mas foi concluído que o acordo não era contrário ao interesse público.[100] O pacote da BBC de melhores momentos em noites de sábado e domingo será exibido até 2016.[101]
Direitos de televisão só para o período de 2010 a 2013 foram comprados por 1,782 bilhão de libras. Em 22 de junho de 2009, devido a problemas encontrados pelo Setanta Sports, depois de não conseguir cumprir o prazo final de pagamento de 30 milhões de libras para a Premier League, a ESPN foi premiada com dois pacotes de direitos do Reino Unido, contendo um total de 46 partidas que estavam disponíveis para a temporada de 2009–10, bem como um pacote de 23 jogos por temporada, de 2010–11 a 2012–13.[102]
Em 13 de junho de 2012, a Premier League anunciou que a BT tinha adquirido 38 jogos por temporada de 2013–14 a 2015–16 por 246 milhões por ano. Os 116 jogos restantes foram retidos pela BSkyB, desembolsando um total de 760 milhões de libras por ano. Os direitos para transmissões domésticas do período entre 2013 e 2016 subiram para 3,018 bilhões de libras, ou um bilhão de libras por ano, um aumento de 70,2% em relação aos direitos do triênio anterior.[103][104]
Em fevereiro de 2015 foi anunciado um novo acordo de transmissão, para o triênio 2016-19. A Sky pagará £ 4,18 bilhões para transmitir 126 jogos por temporada, enquanto que a BT Sports transmitirá 42 jogos por temporada, pagando £ 960 milhões pelo acordo.[105][106]
Promovido como "O Maior Espetáculo da Terra",[107][108] a Premier League é transmitida para mais de seiscentos milhões de lares em 212 países em todo o mundo.[109][110][111] A NBC Sports substituiu a ESPN e a Fox Soccer como a emissora exclusiva do campeonato nos EUA (em inglês e espanhol), com início na temporada 2013–14, em um acordo de 250 milhões de dólares americanos com a liga.[103]
A Premier League é bastante popular na Ásia, onde é o programa de esportes mais amplamente distribuído. Na Índia, os jogos são transmitidos ao vivo na ESPN e na Star Sports.[112] Devido à sua popularidade na Ásia, o campeonato realizou quatro torneios de pré-temporada lá, o único torneio da Premier realizado fora da Inglaterra. O Troféu Premier League Ásia foi disputado na Malásia, Tailândia, Hong Kong e China e envolve três clubes da Premier League jogando contra uma equipe local do país anfitrião.[113][114]
No Canadá, a Sportsnet detinha os direitos da Premier League até a temporada 2012–13. Jogos selecionados (particularmente aqueles exibidos pela ESPN) são sub-licenciados pela TSN.[115]
Na Austrália, a Fox Sports exibe os jogos.[116] Na América do Sul, a ESPN e a Fox Sports Latinoamérica tem os direitos, desembolsando cinquenta milhões de dólares.
No Brasil, os jogos são transmitidos ao vivo pelos canais, ESPN International, ESPN+, ESPN Extra, ESPN Brasil e pelo aplicativo Watch ESPN. O aplicativo de streaming DAZN, em comunicado oficial, anunciou o sub licenciamento, junto a ESPN, de, até, dois jogos exclusivos por rodada da competição[103][117] Em Portugal, até à temporada 2012-13, a Sport TV transmitia os jogos da Premier League em exclusivo. Entretanto, no dia do 109º aniversário do Benfica, a Benfica TV anunciou a compra dos direitos televisivos da competição até 2016.[118]
A maior crítica em relação à Premier League foi o surgimento dos chamados "quatro grandes" (Arsenal, Chelsea, Liverpool e Manchester United).[119][120]
A partir da temporada 1996–1997, os Big Four dominaram por alguns anos os quatro primeiros lugares e, assim, lugares na UEFA Champions League (a qualificação foi de um clube nas quatro primeiras temporadas, aumentou para dois clubes em 1997, três em 1999 e quatro em 2002). Com os benefícios da qualificação, a receita aumentou para esses clubes, elevando também a diferença entre os "quatro grandes" e o restante da Premier League.[120]
Em maio de 2008, o então treinador do Newcastle United, Kevin Keegan, disse que o domínio dos Big Four tem ameaçado a divisão, dizendo: "Esta liga está em perigo de se tornar uma das mais chatas grandes ligas no mundo."[121] Na sequência dos comentários de Keegan, o diretor executivo da Premier League, Richard Scudamore, defendeu a liga, dizendo: "Há um monte de brigas diferentes que acontecem na Premier League, tanto se você estiver no topo, no meio ou na parte inferior, o que a torna interessante."[122]
O domínio de Chelsea e Manchester United levou alguns a acreditarem que o Big Four diminuiu para um Big Two; nenhum outro clube além desses dois havia vencido a Premier League de 2005 a 2011, além de 21 dos últimos 28 principais troféus nacionais terem ido para Stamford Bridge ou Old Trafford.[123]
Depois de 2009, ocorreram mudanças na estrutura do Big Four, com dois novos clubes, Tottenham e Manchester City, disputando os quatro primeiros lugares para garantir vaga na Champions League, alterando a classificação anterior para Big Six.[124][125] Na temporada 2009–10, o Tottenham passou o Manchester City e terminou em quarto, tornando-se a primeira equipe a entrar entre os quatro primeiros desde o Everton em 2005, ainda com o Manchester City e Aston Villa terminando acima do Liverpool, um dos "quatro grandes". Desde então, o Tottenham terminou cinco vezes entre os quatro primeiros, tornando-se vice campeão na temporada 2016-17.
Em 2010–11, o Manchester City terminou em terceiro lugar – a primeira vez que uma outra equipe ficou entre os três primeiros desde o Newcastle na temporada 2002–03. Este continuou na temporada 2011–12, com o Manchester City vencendo o título pela primeira vez desde 1968, o primeiro time fora do Big Four a ganhá-lo desde 1994–95. Além disso, o Chelsea terminou fora dos quatro primeiros, pela primeira vez desde 2001–02, assim como o Liverpool fora pela terceira temporada consecutiva.[126]
No entanto, a crítica da distância entre um grupo de elite de "super-clubes" e a maioria da Premier League continua, devido à sua crescente capacidade de gastar mais do que os outros clubes.[127] Em suas vinte e oito primeiras edições, apenas sete clubes ganharam a competição: Manchester United (treze títulos), Chelsea (cinco títulos), Manchester City (quatro títulos), Arsenal (três títulos), Blackburn Rovers, Leicester City e Liverpool (um título cada).
Uma das principais críticas feitas à Premier League é o abismo crescente entre a Premier League e a Football League. Desde a sua separação da Football League, muitos clubes estabelecidos na Premier League conseguiram distanciar-se dos clubes de ligas inferiores. Em grande parte devido à disparidade na receita dos direitos de televisão entre as ligas,[128] muitas equipes recém-promovidas têm encontrado dificuldades de evitar o rebaixamento em sua primeira temporada na Premier League.
Em cada temporada, exceto 2001–02 (Blackburn Rovers, Bolton Wanderers e Fulham FC), 2011–12 (Queens Park Rangers, Swansea City e Norwich City) e 2017-18 (Newcastle United, Brighton & Hove Albion e Huddersfield Town) pelo menos um recém-chegado à Premier League tem sido relegado de volta para a divisão inferior. Em 1997–98 os três clubes promovidos foram rebaixados ao final da temporada.[129]
A Premier League distribui uma pequena parte de sua receita de televisão para os clubes que são rebaixados da liga. Começando na temporada 2006–07, esses pagamentos são no valor de 6,5 milhões de libras para um clube em suas duas primeiras temporadas em ligas inferiores, embora isso tenha subido para 11,2 milhões por ano em 2007–2008[128] e, a partir de 2013, para 23 milhões no primeiro ano, 18 no segundo e 9 no terceiro.[130]
Criado para ajudar as equipes a se ajustarem na perda de receitas de televisão (a média por equipe na Premier League é de 45 milhões, enquanto a média na Football League Championship é de um milhão), críticos afirmam que os pagamentos aumentam o abismo entre as equipes que atingiram a Premier League e as que não, levando em conta a ocorrência comum de equipes que voltam logo após o rebaixamento. Alguns clubes, incluindo Burnley, Leeds United, Charlton Athletic, Coventry City, Derby County, Nottingham Forest, Oldham Athletic, Sheffield Wednesday, Bradford City, Leicester City, Queens Park Rangers, Southampton, Wimbledon e Portsmouth, que não conseguiram ganhar a promoção imediata de volta à Premier League, sofreram com problemas financeiros, incluindo, em alguns casos, o fechamento do clube.[131][132]
O atual troféu da Premier League foi criado pela joalheria real Asprey, de Londres. Sua parte principal é de prata esterlina sólida e prata dourada, enquanto o pedestal é feito de malaquita, uma pedra semipreciosa. O plinto tem uma parte de prata em torno de sua circunferência, em que os nomes dos clubes vencedores do título são listados. A cor verde da malaquita também representa o campo de jogo.
O design do troféu é baseado na heráldica dos "três leões" que estão associados ao futebol inglês. Dois dos leões são encontrados acima das alças de cada lado do troféu — o terceiro é simbolizado pelo capitão do título da equipe vencedora quando ele levanta o troféu, e sua coroa de ouro, acima de sua cabeça no final da temporada.[133] Em 2004, uma versão especial de ouro do troféu foi encomendada para comemorar o título invicto do Arsenal.[134]
Clube | Títulos | Vices | Temporadas vencidas |
---|---|---|---|
Manchester United | 13 | 7 | 1992–93, 1993–94, 1995–96, 1996–97, 1998–99, 1999–00, 2000–01, 2002–03, 2006–07, 2007–08, 2008–09, 2010–11, 2012–13 |
Manchester City | 8 | 3 | 2011–12, 2013–14, 2017–18, 2018–19, 2020–21, 2021–22, 2022–23, 2023–24 |
Chelsea | 5 | 4 | 2004–05, 2005–06, 2009–10, 2014–15, 2016–17 |
Arsenal | 3 | 8 | 1997–98, 2001–02, 2003–04 |
Liverpool | 1 | 5 | 2019–20 |
Blackburn Rovers | 1 | 1 | 1994–95 |
Leicester City | 1 | 0 | 2015–16 |
Cidade | Títulos | Clubes |
---|---|---|
Manchester | 21 | Manchester United (13), Manchester City (8) |
Londres | 8 | Chelsea (5), Arsenal (3) |
Blackburn | 1 | Blackburn Rovers (1) |
Leicester | 1 | Leicester City (1) |
Liverpool | 1 | Liverpool (1) |
Condado | Títulos | Clubes |
---|---|---|
Grande Manchester | 21 | Manchester United (13), Manchester City (8) |
Londres | 8 | Chelsea (5), Arsenal (3) |
Lancashire | 1 | Blackburn Rovers (1) |
Leicestershire | 1 | Leicester City (1) |
Merseyside | 1 | Liverpool (1) |
Região | Títulos | Clubes |
---|---|---|
North West | 23 | Manchester United (13), Manchester City (8), Blackburn Rovers (1), Liverpool (1) |
Londres | 8 | Chelsea (5), Arsenal (3) |
East Midlands | 1 | Leicester City (1) |
Além de troféu e medalha de vencedor, a Premier League também premia Treinador e Jogador do Mês, Jogador da Temporada, Treinador da Temporada, Chuteira de Ouro e Luva de Ouro.[135]
Em 2003, a Premier League comemorou sua primeira década de existência, premiando os melhores das dez temporadas da liga:[136]
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Em 2012, a Premier League comemorou sua segunda década, fazendo um prêmio com os melhores das vinte temporadas da liga:[137]
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Atualizado em 27 de abril de 2024.
# | País | Nome | Período | Jogos |
---|---|---|---|---|
1 | Gareth Barry[138] | 1998–2018 | 653 | |
2 | James Milner | 2002– | 634 | |
3 | Ryan Giggs | 1992–2014 | 632 | |
4 | Frank Lampard | 1995–2015 | 609 | |
5 | David James | 1992–2010 | 572 | |
6 | Gary Speed | 1992–2008 | 535 | |
7 | Emile Heskey | 1994–2012 | 516 | |
8 | Mark Schwarzer | 1996–2016 | 514 | |
9 | Jamie Carragher | 1996–2013 | 508 | |
10 | Phil Neville | 1994–2013 | 505 | |
Atualizado em 27 de abril de 2024.
Pos. | Nome | Período | Gols | Jogos | Média |
---|---|---|---|---|---|
1 | Alan Shearer | 1992–2006 | 260 | 441 | 0,59 |
2 | Harry Kane | 2013–2023 | 213 | 320 | 0,67 |
3 | Wayne Rooney | 2002–2018 | 208 | 491 | 0,42 |
4 | Andy Cole | 1992–2008 | 187 | 414 | 0,45 |
5 | Sergio Agüero | 2011–2021 | 184 | 275 | 0,67 |
6 | Frank Lampard | 1995–2015 | 177 | 609 | 0,29 |
7 | Thierry Henry | 1999–2007, 2012 |
175 | 258 | 0,68 |
8 | Robbie Fowler | 1993–2009 | 163 | 379 | 0,43 |
9 | Jermain Defoe | 2001–2003, 2004–2014, 2015–2019 |
162 | 276 | 0,59 |
10 | Mohamed Salah | 2014–2016, 2017– |
155 | 255 | 0,61 |
Ano | Jogador | Clube |
---|---|---|
2008 | Cristiano Ronaldo | Manchester United |
Ano | Jogador | Clube |
---|---|---|
1956 | Stanley Matthews | Blackpool |
1964 | Denis Law | Manchester United |
1966 | Bobby Charlton | |
1968 | George Best | |
2001 | Michael Owen | Liverpool |
2008 | Cristiano Ronaldo | Manchester United |
2024 | Rodri | Manchester City |
Ano | Jogador | Clube |
---|---|---|
2018–19 | Virgil Van Dijk | Liverpool |
2020–21 | Jorginho | Chelsea |
2022–23 | Erling Haaland | Manchester City |
Temporada | Jogador | Clube |
---|---|---|
1997–98 | Peter Schmeichel | Manchester United |
2004–05 | Petr Čech | Chelsea |
2005–06 | Jens Lehmann | Arsenal |
2006–07 | Petr Čech | Chelsea |
2007–08 | ||
2008–09 | Edwin van der Sar | Manchester United |
2018–19 | Alisson Becker | Liverpool |
Temporada | Jogador | Clube |
---|---|---|
1998–99 | Jaap Stam | Manchester United |
1999–00 | ||
2004–05 | John Terry | Chelsea |
2007–08 | ||
2008–09 | ||
2018–19 | Virgil van Dijk | Liverpool |
Temporada | Jogador | Clube |
---|---|---|
1998–99 | David Beckham | Manchester United |
2007–08 | Frank Lampard | Chelsea |
Temporada | Jogador | Clube |
---|---|---|
2002–03 | Ruud van Nistelrooy | Manchester United |
2007–08 | Cristiano Ronaldo |
Temporada | Jogador | Clube | Gols | Pontos |
---|---|---|---|---|
1983–84 | Ian Rush | Liverpool | 32 | — |
1999–00 | Kevin Phillips | Sunderland | 30 | 60 |
2003–04 | Thierry Henry | Arsenal | 30 | 60 |
2004–05 | 25 | 50 | ||
2007–08 | Cristiano Ronaldo | Manchester United | 31 | 62 |
2013–14 | Luis Suárez | Liverpool | 31 | 62 |
2022–23 | Erling Haaland | Manchester City | 36 | 72 |
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