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principal artéria da pelve Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A artéria ilíaca interna (antigamente chamada de artéria hipogástrica)[1] é a principal artéria da pelve.[2][3][4]
Artéria ilíaca interna | |
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Frente do abdome, mostrando as marcas da superfície pelas artérias e pelo canal inguinal. | |
Nome em Latim | arteria iliaca interna |
Gray's | subject # 614 |
Origem | artéria ilíaca comum |
Ramos | artéria iliolombar, artéria sacral lateral, artéria glútea superior, artéria glútea inferior, artéria retal média, artéria uterina, artéria obturatória, artéria vesical inferior, artéria umbilical, artéria pudenda interna |
Veia | veia ilíaca interna |
MeSH | A07.231.114.444 |
Dorlands/Elsevier | a_61/12154560 |
Diversas vísceras pélvicas são nutridas por seus ramos. Músculos e ossos da pelve também recebem irrigação que vem, indiretamente, da artéria ilíaca interna. No entanto, a área de atuação desse vaso não se restringe à região: também se destina à região glútea, ao períneo e à região medial da coxa.[3]
É uma artéria calibrosa, porém curta, com cerca de 4 cm de comprimento.[2][3][5]
É um vaso curto e pequeno, menor que a artéria ilíaca externa. Ambas se formam quando a artéria ilíaca comum penetra na pelve maior e lá se bifurca.[6]
A artéria ilíaca interna penetra na pelve menor e logo emite vários ramos.[7] Por outro lado, a artéria ilíaca externa tem uma extensão maior, pois não penetra na pelve menor: segue pela pelve maior até o ligamento inguinal, depois do qual muda de nome, tornando-se artéria femoral.[8][9]
Conforme explicitado anteriormente, ela surge com a bifurcação da artéria ilíaca comum. Essa bifurcação ocorre a nível do disco intervertebral entre as vértebras L5 e S1.[3]
Para compreendermos essa informação, podemos pensar, comparativamente, em nossos olhos - eles estão no mesmo nível, lado a lado, o que não necessariamente significa que estão um à frente do outro ou um adjacente ao outro. Da mesma forma, a bifurcação da artéria ilíaca comum não está à frente do disco, mas no mesmo nível que ele.
Além disso, a bifurcação da artéria ilíaca comum se encontra ântero-medialmente à articulação sacroilíaca.[3] Entretanto, não se encontra em contato direto com ela: a veia ilíaca interna e o tronco lombossacral estão entre um e outro.[2]
Em relação ao peritônio, é extraperitoneal, de modo que o peritônio é medial à artéria ilíaca interna.[2]
Quando se forma, é medial à veia ilíaca externa.[7] Para irrigar as vísceras pélvicas, a artéria ilíaca interna, depois de formada, tem um trajeto descendente na pelve menor.[3]
Ao longo de seu percurso, é inicialmente medial ao ureter. Todavia, mais inferiormente, o ureter a cruza anteriormente.[4][5]
O nervo obturatório passa lateralmente a ela, para atingir o canal obturatório.[7]
Finalmente, divide-se, à frente da margem superior do forame isquiático maior, em dois grandes troncos, o anterior e o posterior.[5]
O tronco posterior tem a função de nutrir: parede póstero-inferior do abdome, parede posterior da pelve e parte da região glútea.[3]
Já o tronco anterior segue o mesmo trajeto que a artéria que o forma.[5] É o ramo responsável pela irrigação da maior quantia de estruturas (vísceras pélvicas, região medial da coxa, períneo e a maior parte da região glútea).[3]
A disposição exata dos ramos da artéria ilíaca interna é bastante variável.[2][4] Geralmente, a artéria se divide em uma divisão anterior e uma posterior, com a posterior dando origem às artérias glútea superior, iliolombar e sacral lateral. As restantes geralmente são originadas da divisão anterior.[2][5]
A seguir, lista-se a ramificação mais comum da artéria ilíaca interna.
Divisão posterior
Divisão anterior:
Outro vaso relevante é a artéria vaginal (observada só no sexo feminino), responsável por irrigar a vagina e que pode ser um ramo da artéria uterina[2] ou emergir diretamente da artéria ilíaca interna.[5] Neste último caso, substitui a artéria vesical inferior, emergindo proxima à artéria uterina.[5]
Por fim, a artéria ilíaca interna também contribui para a irrigação da cauda equina, por intermédio das artérias sacral lateral e iliolombar, ambas provenientes da divisão posterior.[2]
Nos fetos, a artéria ilíaca interna é continuação direta da ilíaca comum.[5]
Uma de suas porções sobe ao longo do lado da bexiga e ascende na parede anterior do abdome rumo ao umbigo, convergindo em direção ao lado oposto. Trata-se da artéria umbilical.[5]
Sua função é conduzir o sangue do feto até a placenta, para que oxigênio e nutrientes sejam repostos, além de descartarem-se excretas.[5]
A partir do nascimento, essa função é desnecessária: os rins assumem o papel de eliminação de excretas, os pulmões se encarregam da troca gasosa e os intestinos passam a fornecer nutrientes, via alimentação própria. Logo, boa parte da artéria umbilical é obliterada (obstruída), tornando-se um ligamento. É o ligamento umbilical medial.[5]
Apenas a porção proximal permanece inalterada (patente). A razão pela qual persiste é a seguinte: ela forma a artéria vesical superior, responsável por nutrir, entre outras estruturas, a bexiga urinária[5]
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