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filósofo e historiador francês Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Étienne Gilson (Paris, 13 de Junho de 1884 — Auxerre, 19 de Setembro de 1978) foi um filósofo, historiador da filosofia e um dos mais destacados autores da filosofia Neoescolástica, especialista no estudo da obra de Santo Tomás de Aquino. Pesquisador de filosofia medieval, ele primeiro se especializou no pensamento de Descartes, também elaborava alguns pensamentos na linha da tradição de Santo Tomás de Aquino, no entanto, ele não se considerava um filosofo neo-escolástico ou neo-tomista. Em 1946, foi considerado um imortal da Académie Française. Foi nomeado para o prêmio Nobel de Literatura.
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Dezembro de 2022) |
Étienne Gilson | |
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Nascimento | Étienne Henry Gilson 13 de junho de 1884 7.º arrondissement de Paris |
Morte | 19 de setembro de 1978 (94 anos) Auxerre |
Sepultamento | Melun North Cemetery |
Cidadania | França |
Alma mater |
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Ocupação | filósofo, historiador, político, professor, historiador da filosofia |
Distinções |
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Empregador(a) | Universidade Harvard, Collège de France, Universidade de Paris, Lycée Lalande, Universidade de Toronto, escola Prática de Altos Estudos |
Religião | Igreja Católica |
Nascido em Paris, em uma família Católica Romana, originalmente de Burgundy, Gilson frequentou o seminário menor em Notre-Dame-des-Champs, logo após, terminou o secundário na Lycée Henri V. Durante o tempo em que serviu o exército, Gilson começou a ler Descartes, pois estudava para sua licenciatura, focando na influência do escolasticismo no pensamento cartesiano. Depois de estudou na Sorborne, sob a orientação de Victor Delbos (1862-1916) e Lucien Lévy-Bruhl e no Collège de France, sob a orientação de Thérèse Ravisé de Melun.
Os seus estudos sobre o pensamento medieval e em particular da obra de Tomás de Aquino são uma de melhores aproximações ao tema. Entre 1921 e 1932 ensinou filosofia medieval na Sorbonne de Paris. Pertenceu ao Collège de France e ajudou a fundar o Instituto Pontifício de Estudos Medievais de Toronto, no Canadá. Foi o líder do neotomismo católico em sua época. Foi eleito membro da Academia Francesa em 1946.
São famosas suas conferências na Universidade de Harvard, compiladas sob o título A unidade da experiência filosófica, em que defende a metafísica e define o ser humano como um animal metafísico por natureza, em oposição da tese nietzscheana defendida pelo Círculo de Viena. Pensava que a história da filosofia se poderia explicar como um cúmulo de diferentes experiências filosóficas, as quais não são mais que um verdadeiro ciclo que consiste na passagem de um marcado dogmatismo a um cepticismo profundo. De São Tomás de Aquino a Guilherme de Ockham há uma experiência filosófica, do mesmo modo que a há entre Descartes e o cepticismo de David Hume.
Também são importantes a série de palestras inseridas nas William James' Lectures por ele proferidas em Toronto, Canadá. Aquelas palestras, reunidas em livro e publicadas sob o título Being and some philosophers, são um tratado de Filosofia e não um mero repasso de História da Filosofia. A obra vai desde Platão a Sartre, analisando como em cada época a forma de filosofar o ser tem sido entendido, desde a análise da essência (essencialismo) ou a existência (existencialismo), propondo a proposta de Tomás de Aquino como a mais equilibrada e a que mais justiça faz à realidade.
Em 1913, enquanto estava empenhado em dar aulas na Universidade de Lille, defendeu sua tese de doutorado na Universidade de Paris sobre, “Liberdade e Teologia em Descartes”. Sua carreira foi interrompida pela I Guerra Mundial, onde ele foi convocado para o exército como sargento. Foi capturado em 1916, durante a guerra. Passou dois anos em cativeiro, tempo que usou para descobrir novas áreas de estudo, como a língua russa e São Boaventura. Ele foi premiado com o Croix de Guerre, por bravura em guerra.
Em 1919, tornou-se professor de história da filosofia na Universidade de Estrasburgo De 1921 a 1932, lecionou história da Filosofia Medieval na Universidade de Paris. Como um renomado pensador internacional, Gilson foi o primeiro, seguido por Jacques Maritain, a receber o título de doutor honorário em filosofia pela Pontífice Universidade do Santo Tomás de Aquino (Angelicum) em 1930. Lecionou também por três ano na Universidade de Harvard. A convite da Congregação de São Basílio, ele se fixou no Pontífice Instituto de Estudos Medievais em Toronto, juntamente com a Faculdade de St. Michael, na Universidade de Toronto. Foi eleito em 1946 para a Academia Francesa.
Com a morte de sua esposa, Thérèse Ravisé, em 12 de novembro de 1949, Gilson sofreu um considerável choque emocional.
Em 1951, ele abdicou de sua cadeira para Martial Gueroult, no Collège de France para dedicar-se completamente ao Medieval Institute, até 1968. Ele conhecia a teologia jesuíta e o cardeal Henri de Lubac, o que resultou na publicação de suas correspondências. Embora Gilson fosse primariamente um historiador da filosofia, ele também foi um precursor do avivamento tomista do século XX, juntamente com Jacques Maritain. Seu trabalho tem recebido grandes elogios de Richard McKeon.
Gilson esteve no Brasil em duas ocasiões. A primeira foi em meados da década de 1930, quando passou dois meses no Rio de Janeiro em uma missão diplomática pelo Ministério das Relações Exteriores da França, durante a qual proferiu palestras sobre cultura francesa, com ênfase na literatura e algumas discussões sobre filosofia medieval. A segunda visita ocorreu em São Paulo, em 1956, onde deu seis palestras sobre Tomás de Aquino. Essas palestras deram origem ao livro "A existência na filosofia de Santo Tomás", que reflete a fase madura do pensamento do autor.[1]
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