Álvaro Vieira Pinto
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Álvaro Borges Vieira Pinto (Campos dos Goytacazes, 11 de novembro de 1909 — Rio de Janeiro, 11 de junho de 1987) foi um intelectual, filósofo e tradutor brasileiro.
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Álvaro Vieira Pinto | |
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Nome completo | Álvaro Borges Vieira Pinto |
Escola/Tradição | Existencialismo · Fenomenologia · Materialismo histórico |
Data de nascimento | 11 de novembro de 1909 |
Local | Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, Brasil |
Morte | 11 de junho de 1987 (77 anos) |
Local | Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil |
Principais interesses | Ontologia · Educação · Filosofia da Ciência · Filosofia da Técnica · Demografia · Cibernética |
Trabalhos notáveis | Consciência e Realidade Nacional, O Conceito de Tecnologia, Ciência e Existência, El pensamiento critico en Demografia |
Era | Filosofia do século XX |
Influências | Marx · Engels · Heidegger · Sartre · Jaspers · Ortega y Gasset · Husserl · Kant · Hegel |
Assinatura |
Se destacou por sua posição materialista e dialética a respeito da realidade nacional subdesenvolvida e sua atividade político-intelectual em defesa do desenvolvimento autônomo do Brasil durante o século XX. Possuía formação superior plural, sendo filósofo, tradutor, professor, pesquisador e tendo também atuado em educação, medicina, matemática, demografia e física. O educador Paulo Freire o chamava de “mestre brasileiro”.[1] Formou muitos militantes e intelectuais, como Leandro Konder.
Elaborou sua filosofia em torno do conceito de “trabalho”, entendido pelo autor como aspecto essencial do ser humano e também o próprio ser humano em atividade de trabalho.[2]
O cientista político César Benjamin disse sobre ele: "Catedrático da Faculdade de Filosofia da então Universidade do Brasil (hoje UFRJ), com tese defendida na França sobre a cosmologia em Platão, unia rigorosíssima formação clássica à condição de excelente matemático. Ganhou projeção a partir de 1956, quando se juntou ao grupo de fundadores do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB), cujo Departamento de Filosofia passou a chefiar. Ali, instalado no centro dos debates do ciclo desenvolvimentista, dedicou-se a compreender os vários modos de pensar o Ser Nacional a partir da periferia do sistema-mundo. Incursionou pela sociologia, a pedagogia, a história, a linguística e a demografia. Foi o mestre de uma geração que teve em Paulo Freire e em Darcy Ribeiro dois expoentes. Nação, povo, trabalho, cultura, ciência, técnica, dependência, desenvolvimento, construção de identidades foram temas que permearam a fecunda reflexão de Vieira Pinto, que sempre pensou a partir da condição de filósofo".[3]
Foi perseguido e exilado durante o golpe de 1964, como muitos outros intelectuais.