"Todas as outras ciências são nocivas para quem não possui a ciência da bondade.
- Toute autre science est dommageable à celui qui n'a la science de la bonté.
- Œuvres de Michel de Montaigne: avec une notice biographique - Página xxxviii, Michel de Montaigne, Jean Alexandre C. Buchon, Jean-François Payen - A. Desrez, 1837 - 806 páginas
"A crença na bondade alheia não é um testemunho claro da própria bondade."
- La fiance de la bonté d'autrui est un non léger témoignage de la bonté propre.
- Les lois de la conscience que nous disons naître de nature, naissent de la coutume
- Œuvres de Michel de Montaigne: avec une notice biographique - página 798, Michel de Montaigne, Jean Alexandre C. Buchon, Jean-François Payen - A. Desrez, 1837
Ensaios
"Os príncipes me dão muito quando não me tiram nada e me fazem bem bastante quando não me fazem mal; é tudo o que lhes peço."
- Les princes me donnent prou, s'ils ne m'ostent rien; et me font assez de bien, quand ils ne méfait point de mal: c'est tout ce que i'en demande.
- Les Essais: édition nouvelle corrigée suivant les premières Impressions de L'Angelier. Avec la vie de l'Autheur extraicte de ses propres escrits, página 52, Michel de Montaigne - Michel Blageart, 1640 - 750 páginas
"Belas almas são as universais, abertas e prontas para tudo."
- Mais les belles ames, ce sont les ames universelles, ouvertes et prunes à tout
- pourquoi est-il non plus permis aux pères et aux pédants de fouetter les enfants et les châtier étant en colère? ce n'est plus correction, c'est vengeance.
"Se fosse para buscar os favores do mundo, teria me enfeitado de belezas emprestadas. Quero que me vejam aqui em meu modo simples, natural e corrente, sem pose nem artifício: pois é a mim que retrato."
"Ensinar os homens a morrer é ensiná-los a viver".
- (Ensaios, Livro I, Capítulo XX - "De como filosofar é aprender a morrer")
"Meditar sobre a morte é meditar sobre a liberdade; quem aprendeu a morrer, desaprendeu de servir; nenhum mal atingirá quem na existência compreendeu que a privação da vida não é um mal; saber morrer nos exime de toda sujeição e coação."
- (Ensaios, Livro I, "De como filosofar é aprender a morrer)
"Cada qual considera bárbaro o que não se pratica em sua terra."
- (Ensaios, Livro I, "Dos canibais")
"Não é uma alma que se forma, não é um corpo que se forma, é um homem. Não se deve separa-los."
"Quantas coisas pouco verossímeis existem, testemunhadas por pessoas de fé; se não podemos convencermos, ao menos devemos deixa-las em suspenso; pois condena-las como impossíveis é pretender conhecer, por uma temerária presunção até onde vai a possibilidade."
- aussi y a-il des pertes triomphantes à l'envi des victoires.
- Les Essais: Donnez Sur Les Plus Anciennes Et Les Plus Correctes Editions: ... Avec des Notes, & de nouvelles Tables Des Matieres beaucoup plus utiles que celles qui avoient paru jusqu'ici, Volume 1, Capitre XXX - página 214, Michel Eyquem de Montaigne, Pierre Coste, Editora Societe, 1725, 362 páginas
"O que deveis procurar não é mais do que o mundo fala de vós, mais como deves falar de vós mesmo."
- Montaigne, Os Ensaios, Uma Seleção (2010), Liv. 1 Cap. XXXVIII, p. 178, Org. M. A. Screech, Trad. Rosa Freire D'aguiar.
"A posição de um homem que mistura a devoção com uma vida execrável parace ser bem mais condenável que a de um homem coerente consigo mesmo e inteiramente dissoluto."
- Les Essais: ensemble la vie de l'autheur et 2 tables, Livre second, Chapitre XXVII - Página 509, Michel Eyquem de Montaigne - 1652
"Parece a cada homem que ele é a melhor forma da natureza humana: todos os outros devem ser regulados de acordo com ele."
- Montaigne, Os Ensaios, Uma Seleção (2010), Liv. II, Cap. XXXII, p. 289, Org. M. A. Screech, Trad. Rosa Freire D'aguiar.
"Todas as tendencias que nascem em nós sem razão são viciantes: é uma espécie de doença que se deve combater."
- Montaigne, Os Ensaios, Uma Seleção (2010), Liv. II, Cap. XXXVII, pp. 312-13, Org. M. A. Screech, Trad. Rosa Freire D'aguiar.
"É o temor da morte e da dor, a impaciência com o mal, uma furiosa e irreprimível sede de cura que nos cegam assim: é pura covardia o que torna nossa crença tão frouxa e manipulável."
- Montaigne, Os Ensaios, Uma Seleção (2010), Liv. II, Cap. XXXVII, p. 334, Org. M. A. Screech, Trad. Rosa Freire D'aguiar.
"Não detesto as opiniões contrárias as minhas. Estou muito distante de me assustar ao ver discordâncias entre meus julgamentos e os dos outros e não me torna incompátivel com a sociedade por terem outra opinião e partido que não o meu."
- Montaigne, Os Ensaios, Uma Seleção (2010), Liv. II, Cap. XXXVII, p. 341, Org. M. A. Screech, Trad. Rosa Freire D'aguiar.
"Nunca houve no mundo duas opiniões iguais, nem dois fios de cabelo ou grãos. A qualidade mais universal é a diversidade."
- Et ne feut iamais au monde deux opinions pareilles, non plus que deux poils, ou deux grains: leur plus universelle qualité , c'est la diversité.
- Essais: avec des sommaires analytiques, et les notes de tous les commentateurs; precedes de la preface de Mademoiselle de Gournay et d'un pr℗ecis de la vie de Montaigne, Livre II, Chapitre XXXVII - Página 330, Michel Eyquem de Montaigne, Marie de Jars de Gournay - Tardieu-Denesle, 1828 - 391 páginas
"Tenho minhas leis e meu tribunal para julgar a mim mesmo, e a eles me dirijo mais que a outro lugar. Restrinjo minhas ações em função dos outros, mas só as entendo em função de mim. Só vós é que sabeis se sois covarde e cruel, ou leal e devotado: os outros não nos veem, advinham-vos por conjecturas incertas; vem não tanto vossa natureza como vossa arte. Por isso, não confiais em sua sentença, confiais na vossa."
"Hão de se contentar em valorizar as riquezas próprias e naturais. Escondem e encobrem suas belezas sobre belezas estrangeiras: é uma grande asneira abafar a própria claridade, para brilhar com uma luz emprestada,"
- Montaigne, Os Ensaios, Uma Seleção (2010), Liv. III, Cap. III, p. 370, Org. M. A. Screech, Trad. Rosa Freire D'aguiar.
"Quando jovem estudava por ostentação; depois, um pouco para tornar-me sábio; agora para me divertir, nunca pelo proveito."
- Montaigne, Os Ensaios, Uma Seleção (2010), Liv. III, Cap. III, p. 380, Org. M. A. Screech, Trad. Rosa Freire D'aguiar.
"A pior de minhas ações ou qualidades não me parece tão feita como acho feio e covarde não poder confessa-la."
"[Sobre os prazeres] não devemos persegui-los nem fugir deles, devemos aceita-los."
- Montaigne, Os Ensaios, Uma Seleção (2010), Liv. III, Cap. XIII, p. 569, Org. M. A. Screech, Trad. Rosa Freire D'aguiar.
"Não há nada tão belo e legítimo quanto agir como um homem deve agir, nem ciência tão ardua como saber viver esta vida. E de nossas doenças, a mais selvagem é desprezar nosso ser."
- Montaigne, Os Ensaios, Uma Seleção (2010), Liv. III, Cap. XIII, p. 574, Org. M. A. Screech, Trad. Rosa Freire D'aguiar.
"A palavra é a metade de quem a pronuncia, metade de quem escuta".
- (Ensaios, Livro III, Capítulo XIII - "Da experiência")
"Os homens tendem a acreditar, sobretudo, naquilo que menos compreendem".
- Les hommes croient surtout ce qu'ils ne comprennent pas
- MONTAIGNE: Les Essais - III Traduction en français moderne, página 306, Guy de Pernon, 2008, ISBN 2918067008, 9782918067009
"Dai-lhes bons vinhos e eles vos darão boas leis".
- versez-leur du bon vin, ils feront de bonnes lois.
- Montaigne citado em L'Événement du jeudi - Edições 309-312 - Página 14, S.A. L'Evénement du jeudi, 1990
"O que o teme sofre, sofre já de seu medo"
- Qui craint de souffrir, souffre déjà ce qu'il craint.
- Citado em "Dictionnaire universel de la langue française, avec le latin et les étymologies [...]: suivi d'un complément Manuel encyclopédique et de grammaire, d'orthographe, de vieux langage, de néologie" - Página 240, Pierre Claude Victor Boiste - Verdières, 1823 - 924 páginas
"Eu sei bem do que eu estou fugindo, mas não o que eu estou buscando".
- je sais bien ce que je fuis, mais non pas ce que je cherche
- Como citado in: Arte é o que eu e você chamamos arte 801 definições sobre arte e o sistema da arte, página 13, Frederico Morais - Editora Record, 2000, ISBN 8501050024, 9788501050021 - 319 páginas