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Pajé

chefe ou líder espiritual e curandeiro de uma tribo indígena Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Pajé
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 Nota: Para outros significados, veja Pajé (desambiguação).

O pajé ou pagé[1] é uma pessoa de destaque em certos povos indígenas da América do Sul. São curandeiros, tidos como portadores de poderes ocultos, ou orientadores espirituais.

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Pajés guaranis em dança festiva, em 2007.

Terminologia

Em seu dicionário de vocabulário indígena de 1887, Paulino Nogueira escreve:

Sacerdote, profeta, médico e também feiticeiro. [...] Daí a distinção em pajé catú ou bom, e pajé ayba ou mau. O 1º corresponde ao médico, e o 2º ao feiticeiro, mandigueiro, que fala com o diabo.[2]

Segundo o dicionário Aurélio, é uma palavra de origem tupi, adotada como termo das disciplinas de antropologia e etnologia brasileira. Designa o especialista ritual que, nas comunidades indígenas brasileiras, tem a atribuição ou o suposto poder de comunicar-se com as diversas potências e seres não humanos (espíritos de animais, de pessoas mortas etc.). Tem, como sinonímia, os termos: xamã, manda-chuva, benzedor e curandeiro. Outras terminologias se aplicam: caraíbas, paié, pagi, pay, payni, pai.[3] [4]

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Funções

Assim como os xamãs, podem assumir o papel de médicos, sacerdotes e fazer uso de plantas para fins medicinais ou invocação de entidades. Normalmente, o conhecimento da utilização da planta correta para cada caso ou situação é passado de geração em geração, trazendo, assim, uma responsabilidade para o pajé do povo. Os povos indígenas acreditam que os pajés têm ligações diretas com os deuses, sendo representantes escolhidos pelos deuses para passar a profecia ao povo.[3]

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Pajelança

A Pajelança ou Cura diz respeito a um sistema médico-religioso praticado na região amazônica, no qual se recebem entidades chamadas de encantados. O curador ou pajé entra em transe, identificando o mal que acomete a pessoa que buscou ajuda, e prepara medicamentos naturais para o tratamento das enfermidades. Com a chegada dos negros na região, ritos africanos e indígenas foram mesclados, em especial no Maranhão e no Pará, influenciando religiões sincréticas como o tambor de mina, o terecô e o babaçuê.[5][6][7]

Ver também

Referências

  1. Nogueira, P. (1887). «Vocabulário Indígena em uso na Província do Ceará, com explicações, Etymologicas, Orthographicas, Topographicas, Históricas, Therapeuticas, etc.» (PDF). Instituto do Ceará. Revista do Instituto do Ceará (I). Consultado em 25 de setembro de 2024
  2. BOTELHO, João Bosco; COSTA, Hideraldo Lima da. Pajé: reconstrução e sobrevivência. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 13, n. 4, Dec. 2006 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702006000400009&lng=en&nrm=iso>. access on 25 Oct. 2012. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-59702006000400009.
  3. Cunha, Antonio Geraldo da 1982 Dicionário histórico das palavras portuguesas de origem tupi. 2. ed. São Paulo: Melhoramentos.
  4. Kbello (5 de julho de 2018). «Pajelança». Xamanismo. Consultado em 17 de dezembro de 2018
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Leitura adicional

Ligações externas

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