Irtacina
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Irtacina (em grego: Υρτακίνα; romaniz.: Yrtakina) foi uma antiga cidade no sudoeste da ilha de Creta, Grécia, situada poucas centenas de metros, perto da aldeia de Temenia, a sudoeste da aldeia atual Papadiana, no monte de Castri, a cerca de 850 metros de altitude. O sítio arqueológico encontra-se cerca de 5 km a oeste de Rodovani, 16 km a noroeste de Sougia, 20 km a nordeste de Palaiochora e 67 km a sudoeste de Chania (distâncias por estrada).
Irtacina Yrtakina • Hirtakina • Hytarkos Υρτακίνα | |
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Localização atual | |
Localização de Irtakina em Creta | |
Coordenadas | 35° 16′ 48″ N, 23° 45′ 00″ L |
País | Grécia |
Região | Creta |
Unidade regional | Chania |
Município | Cántanos-Sélino |
Altitude | 850 m |
Dados históricos | |
Períodos históricos | arcaico, clássico e helenístico |
Civilização | Grécia Antiga |
Notas | |
Acesso público |
Em documentos históricos, a cidade aparece com diversos nomes ou grafias: Hyrtakina, Hytarkos,[1] Yrsakína ou Hyrsakína (Υρσακίνα), Artákina (Ἀρτάκινα), Hýrtakos (Ὕρτακος) ou Hyrtakînos (Ὑρτακῖνος).[2]
A cidade foi construída num monte de difícil acesso,[3] com excelentes vistas sobre toda a região circundante e para a costa.[1] Nos lados lado sul e leste era limitada por precípicios e restantes lados estavam protegidos por muralhas duplas, das quais ainda são visíveis algumas partes ao longo de pouco mais de 800 metros. É notável observar as precauções tomadas pelos habitantes para defenderem as entradas da sua cidade — antes de entrarem na cidade, os inimigos tinham que passar por uma passagem entre muralhas.[2] Foi fundada durante o Período Arcaico (séculos IX–VI a.C.) e floresceu durante o Período Helenístico (séculos IV–II a.C.).[3]
As ruínas foram identificadas por Robert Pashley em 1837 como pertencendo à Hytarkos ou Hyrtakina conhecida por moedas, semelhantes às de Eliros, e por menções de Ptolomeu, Estêvão de Bizâncio e Cílax de Carianda.[1] Tthethox[quem?] acredita que a cidade foi uma capital aqueia e que foi destruída pelos dóricos.[carece de fontes]
A cidade era autónoma — cunhava a sua própria moeda, uma delas com imagens de uma cabra selvagem cretense (kri-kri) e uma abelha chamada Tarra, outra com um golfinho e uma estrela de oito raios. As cidades vizinhas de Eliros, Lissós, Pikilassós, Tarra e Irtacina estabeleceram a federação de Oreion, uma união monetária[3] quando se juntaram à Liga Cretense no século III a.C..[carece de fontes]
Durante as escavações levadas a cabo em 1938–1939[4] foi descoberto um templo dedicado a Pã, o deus dos pastores e dos rebanhos, com 22,7 metros por cerca de 6 m de largura e datada do período helenístico.[5] Na acrópole foi encontrada uma estátua de mármore sem cabeça desse deus, datada do século IV a.C., que atualmente está exposta no Museu Arqueológico de Chania.[4] Uma inscrição encontrada no local, datada de c. 170 a.C., menciona a existência na cidade de um templo dedicado a Hera, aparentemente o mais importante da cidade nesse tempo.[6] Nas encostas da colina, fora das muralhas, há uma necrópole com túmulos escavados na rocha.[5][7]
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