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ator (1872-1922) Da Wikipédia, a enciclopédia livre
William Desmond Taylor (Condado de Carlow, 26 de abril de 1872 – Los Angeles, 1 de fevereiro de 1922) foi um ator e diretor norte-americano nascido na Irlanda. Dirigiu 59 filmes mudos entre 1914 e 1922 e atuou em 27 entre 1913 e 1915. Sua carreira no cinema mudo tornou uma figura popular na indústria emergente de Hollywood na década de 1910 e início de 1920.[1]
William Desmond Taylor | |
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Nascimento | William Cunningham Deane-Tanner 26 de abril de 1872 Carlow |
Morte | 1 de fevereiro de 1922 (49 anos) Westlake |
Sepultamento | Hollywood Forever Cemetery |
Nacionalidade | irlandês norte-americano |
Cidadania | Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda, Estados Unidos |
Cônjuge | Ethel May Hamilton (1901-1912) |
Irmão(ã)(s) | Denis Gage Deane-Tanner |
Ocupação | Ator e diretor |
O assassinato de Taylor em 1 de fevereiro de 1922, junto a outros escândalos de Hollywood da época, como o julgamento de Roscoe Arbuckle, levaram a uma onda de notícias sensacionalistas e frequentemente falsas.[2] Seu assassinato continua um caso não resolvido oficialmente.[3]
William nasceu no Condado de Carlow, na Irlanda, em 1872. Era um dos cinco filhos do casal Jane O'Brien e do major do Exército Britânico Kearns Deane-Tanner.[4] De 1885 a 1887, William estudou no Marlborough College, na Inglaterra.[5]
Em 1890, ele deixou seu país para ir morar no Kansas. Havia na época um costume na Irlanda e na Inglaterra de enviar seus filhos aos Estados Unidos para serem criados como fazendeiros. É muito provável que tenha sido no Kansas que William teve seu primeiro contato com o mundo do cinema, através da escola e eventualmente ele se mudou para Nova Iorque.[6]
Em Nova Iorque, ele conheceu e começou a namorar a atriz Ethel May Hamilton, que estrelou no musical Florodora sob o nome de Ethel May Harrison. Seu pai era dono de uma loja de antiguidades na Quinta Avenida e empregador de William. O casal se casou em uma cerimonia religiosa em 7 de dezembro de 1901. A filha do casal, Ethel Daisy, nasceu entre 1902 e 1903.[7]
William era membro de um yacht club, bastante conhecido pelos seus inúmeros casos com outras mulheres. Circulava por vários bares e associações, era mulherengo, bebia muito e, possivelmente, era depressivo. Em 23 de outubro de 1908, ele desapareceu, deixando a esposa e a filha. Seus amigos disseram que ele já sofrera de "lapsos mentais" antes. Sua esposa conseguiu o divórcio em 1912.[8][9]
Pouco se sabe sobre sua vida nos seguintes ao desaparecimento. Sabe-se que ele viajou pelo Canadá, Alasca, sul dos Estados Unidos, tendo trabalhado em trupes artísticas. Em algum momento, ele trocou a carreira de ator pela carreira de cineasta. Chegou em San Francisco em 1912, onde mudou seu nome para William Desmond Taylor.[6] Alguns amigos da época de Nova Iorque lhe emprestaram dinheiro para que pudesse se estabelecer na cidade.[8]
Chegou a trabalhar como ator, em 1913, mas dirigiu seu primeiro filme em 1914, onde também atuou. Noss ano seguintes dirigiria mais de 50 filmes. Entre 1914 e 1919, William conheceu a atriz Neva Gerber, com quem trabalhou nos sets de The Awakening. Com o fim da Primeira Guerra Mundial se aproximando, William se alistou aos 46 anos nas Forças Expedicionárias Canadenses como recruta e depois de um treinamento de quatro meses e meio viajou para Halifax onde ajudou a transportar mais de 500 soldados canadenses.[6]
Voltando do serviço militar, William trabalhou com algumas das mais importantes estrelas do cinema mudo da época como Mary Pickford, Wallace Reid, Dustin Farnum e Mary Miles Minter, sua protegida, que estrelou em 1919 uma versão de Anne of Green Gables. Por volta dessa época, sua ex-esposa e filha sabiam que ele vinha trabalhando em Hollywood. Em 1918, enquanto assistiam ao filme Captain Alvarez, elas o viram atuando. Ethel Daisy escreveu para o pai, enviando a carta para o estúdio e em 1921 ele visitou as duas em Nova Iorque, onde tornou a filha sua herdeira legal.[6]
Por volta das 7 horas da manhã de quinta-feira, 2 de fevereiro de 1922, o corpo de William foi encontrado dentro de sua casa, em Westlake, Los Angeles, bairro nobre e influente da cidade. Uma aglomeração se reuniu do lado de fora e alguém que se identificou como médico deu um passo à frente, fazendo um exame superficial no corpo, atestando que William tinha morrido de uma hemorragia no estômago.
O médico nunca mais foi visto novamente, talvez por vergonha, já que dúvidas de seu diagnóstico começaram a surgir logo em seguida, assim que o corpo foi examinado por peritos, que atestaram que o diretor de cinema de 49 anos tinha sido baleado pelas costas com o que parecia ser uma bala de pequeno calibre, não encontrada na cena.[6]
Taylor dirigiu mais de 60 filmes. O notável entre estes incluem:
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