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O voo UTA 772 foi uma rota comercial feita por um DC-10 entre Brazzaville, na República do Congo e Paris, na França, com escala em N'Djamena, no Chade. Em 19 de setembro de 1989, uma bomba explodiu a bordo do avião, matando todos os seus ocupantes.
Voo UTA 772 | |
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A aeronave envolvida no acidente em 1985 | |
Sumário | |
Data | 19 de Setembro de 1989 |
Causa | Explosão a bordo |
Local | Deserto do Saara, próximo a Ténéré, Níger |
Origem | Aeroporto Maya-Maya, Brazzaville, República do Congo |
Escala | Aeroporto Internacional de N'Djamena, Chade |
Destino | Aeroporto Internacional Charles de Gaulle, Paris, França |
Passageiros | 156 |
Tripulantes | 14 |
Mortos | 170[1] |
Sobreviventes | 0 |
Aeronave | |
Modelo | McDonnel Douglas DC-10-30 |
Operador | Union de Transports Aériens |
Prefixo | N54629[1] |
Primeiro voo | 1973 |
O avião partiu de N'Djamena às 13h13 no horário local. Às 13h59, depois de o DC-10 alcançar o nível de voo 350 (35 mil pés de altitude) em condições totalmente normais, todo o conta(c)to com o voo 772 foi perdido. Uma bomba havia explodido no porão de carga dianteiro do avião na localização 13R, fazendo com que a aeronave se desintegrasse em pleno voo. O artefa(c)to estaria escondido na bagagem e teria embarcado no avião em Brazzaville.[1]
Uma agência de notícias em Londres recebeu um telefonema de um anônimo, segundo o qual a Jihad Islâmica seria responsável pela explosão. O anônimo exigiu a libertação do xeique Abdel-Karim Obeid, que havia sido sequestrado no sul do Líbano em julho de 1989 por forças de Israel.[2] A agência recebeu um novo telefonema de um anônimo, o qual dizia que um grupo de resistência do Chade havia sido responsável.
Entretanto, vários anos mais tarde, o governo da Líbia, se tornaria o principal suspeito, visto que em 1999, Muammar Gaddafi admitiria sua participação direta no planejamento do atentado de Lockerbie. Gaddafi aceitou pagar US$ 35 milhões como indenização às vítimas, porém, com a condição explícita de que o governo da Líbia não teve participação no ataque contra o voo 772.[2] O motivo para o pagamento dessas indenizações seria o embargo imposto à Líbia em 1993 que foi suspenso temporariamente em 1999.
O governo dos Estados Unidos chegou a exigir do país o pagamento de US$ 6 bilhões como indenização às famílias de 7 vítimas estadunidenses, mas essa exigência foi retirada. Investigadores obtiveram a confissão de um dos supostos terroristas,[3] uma figura de oposição congolesa que teria ajudado a recrutar um dissidente para embarcar a bomba clandestinamente no avião. Essa confissão fez com que seis líbios acabassem sendo acusados de participação no ataque. Eles foram identificados pelo juiz francês Jean-Louis Bruguière:[4] [5]
Gaddafi não permitiu que os acusados fossem extraditados para a França, portanto eles permaneceram na Líbia.
Em 2007 um memorial foi criado por uma associação de famílias das vítimas nas coordenadas 16° 51′ 53″ N, 11° 57′ 13″ L.[6][7] Sendo visível a partir do Google Earth.[8][9]
Havia pessoas de 18 nacionalidades a bordo do avião:[2]
Nacionalidade | Vítimas |
---|---|
França | 54 |
República do Congo | 48 |
Chade | 25 |
Itália | 9 |
Estados Unidos | 7 |
Camarões | 5 |
Reino Unido | 4 |
República Democrática do Congo (Zaire), Canadá, República Centro-Africana | 3 |
Malásia, Suíça | 2 |
Argélia, Bolívia, Bélgica, Grécia, Marrocos, Senegal | 1 |
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