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Virtudes cardinais
Prudência, justiça, fortaleza e temperança Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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A prudência, a justiça, a fortaleza e a temperança são quatro virtudes morais de conduta designadas como virtudes cardeais[1]. Inicialmente enunciadas por Platão, no Livro IV da República, 426-435, no contexto da tradição filosófica clássica, exerceram grande influência no pensamento posterior do cristianismo.
O termo cardeal provém do latim cardo (dobradiça); estas quatro virtudes são chamadas "cardeais" porque todas as outras virtudes se enquadram nelas e dependem delas.
Na tradição cristã, também são referidas nos livros deuterocanónicos no Livro da Sabedoria, Capítulo 8, Versículo 7 ("E se alguém ama a justiça, saiba que as virtudes são frutos da Sabedoria: ela ensina a temperança e a prudência, a justiça e a fortaleza, que são os bens mais úteis na vida") e no Livro dos Macabeus 1:18–19. Posteriormente, Santo Ambrósio de Milão, Santo Agostinho de Hipona e São Tomás de Aquino expuseram as suas contrapartes sobrenaturais, as três virtudes teologais da fé, esperança e caridade.
Segundo a Doutrina da Igreja Católica, elas "são perfeições habituais e estáveis da inteligência e da vontade humanas, que regulam os nossos actos, ordenam as nossas paixões e guiam a nossa conduta segundo a razão e a fé. Adquiridas e reforçadas por actos moralmente bons e repetidos, são purificadas e elevadas pela graça divina".[2] As virtudes cardeais são quatro:
- a prudência (originalmente “sapientia” que em latim significa conhecimento ou Sabedoria), dispõe a razão para discernir em todas as circunstâncias o verdadeiro bem e a escolher os justos meios para o atingir. Ela conduz a outras virtudes, indicando-lhes a regra e a medida", sendo por isso considerada a virtude-mãe humana.
- a justiça, que é uma constante e firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido;
- a fortaleza (ou Força) que assegura a firmeza nas dificuldades e a constância na procura do bem;
- e a temperança (ou Moderação) que "modera a atracção dos prazeres, assegura o domínio da vontade sobre os instintos e proporciona o equilíbrio no uso dos bens criados", sendo por isso descrita como sendo a prudência aplicada aos prazeres.[3]
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Ver também
Referências
- Essas virtudes "cardeais" não são o mesmo que a trindade de "virtudes teológicas" ou "teologais" da fé, esperança e caridade. Juntas, elas englobam o que é conhecido como as virtudes celestiais ou algumas vezes as sete virtudes cardeais.
- Compêndio do Catecismo da Igreja Católica (CCIC), n. 1804.
- Ibidem; n. 380, 381, 382 e 383.
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