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vetor de comprimento um Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Um vetor unitário ou versor num espaço vetorial normado é um vetor (mais comumente um vetor espacial) cujo comprimento é 1. Um vetor unitário é muitas vezes denotado com um “circunflexo”, logo: î.
No espaço euclidiano, o produto escalar de dois vetores unitários é simplesmente o cosseno do ângulo entre eles. Isto é devido à fórmula do produto escalar, já que os comprimentos de ambos vetores é 1.
O vetor normalizado û de um vetor não zero u é o vetor unitário codirecional com u, i.e.
O termo vetor normalizado é algumas vezes utilizado simplesmente como sinônimo para vetor unitário.
Os elementos de uma base são geralmente vetores unitários. Na coordenada cartesiana tridimensional, esses elementos são usualmente i, j e k — vetores unitários nas direções dos eixos x, y e z, respectivamente.
Estes nem sempre são escritos com um circunflexo, mas pode ser normalmente assumido que i, j e k são vetores unitários na maioria dos contextos.
Outros sistemas de coordenadas, como coordenada polar ou coordenada esférica utiliza vetores unitários diferentes; suas notações variam.
Cada vetor tem sua propriedade fundamental de informação sobre direção e sentido como algo particular, por isso se quisermos obter um vetor que contenha apenas a informação sobre estas duas propriedades devemos calcular o versor do vetor.[1]
O versor é um vetor unitário que contém a informação relativa espacial das propriedades de direção e sentido, ele pode ser calculado da seguinte forma:
Se é o versor de então:
Isto se evidencia por:
Os versores são úteis para diversas operações , alguns versores específicos têm um papel fundamental para o sistema de coordenadas e para a representação de vetores no espaço. Os versores primários são três vetores especificamente alocados nos eixos, o que nos permite uma forma particular de referenciar vetores num sistema tridimensional, são eles:
Operando os vetores de forma a separar cada componente, podemos dizer que o vetor pode ser referenciado e operado na forma:
O que é muito conveniente para certas operações algébricas.
Em cada ponto de uma trajetória pode definir-se um versor tangencial na direção tangente à trajetória e no sentido do movimento. A figura abaixo mostra o versor tangencial em três pontos A, B e P de uma trajetória.[2]
Observe-se que no ponto P existem dois versores tangenciais. O objeto chega a ponto P deslocando-se para a direita e um pouco para cima, direção essa que é definida pelo versor tangencial em azul na figura acima, ficando em repouso no ponto P; num instante posterior o objeto começa novamente a deslocar-se, agora em direção para a esquerda e para baixo, representada pelo vetor tangencial a verde na figura.[2]
Os únicos pontos da trajetória onde a direção tangente tem uma descontinuidade (dois vetores tangenciais no mesmo ponto), são os pontos em que a velocidade é nula. Nos pontos onde a velocidade não for nula, deverá existir sempre um único versor tangencial que apontará na direção e sentido da velocidade. Isto é, a velocidade pode ser escrita:
A velocidade é igual à derivada do vetor posição
O vetor posição não tem de ter nenhuma relação com o versor tangencial, já que depende do ponto que esteja a ser usado como origem do referencial (ver figura abaixo).
No entanto, a equação acima garante que, independentemente da escolha do referencial, a derivada de será sempre o mesmo vetor (velocidade) na direção tangencial.[2]
Se for o vetor deslocamento durante um intervalo de tempo (figura abaixo), a distância percorrida durante esse intervalo, é sempre maior ou igual que o módulo de
A distância percorrida é medida sobre a trajetória, enquanto que o módulo do deslocamento é medido no segmento de reta entre os pontos inicial e final.
O módulo de só seria igual a se a trajetória fosse reta, com versor tangencial constante. [2]
No limite quando for muito pequeno, os dois pontos estarão muito próximos na trajetória e; assim sendo, a direção de será aproximadamente a mesma direção do versor tangencial e o módulo de será aproximadamente igual a A derivada do vetor posição será então,
E, substituindo na equação obtém-se:
O valor da velocidade, em qualquer movimento, é sempre igual à derivada da distância percorrida, em ordem ao tempo, já que não é apenas uma componente da velocidade mas sim o valor da velocidade.[2]
A aceleração é igual à derivada da velocidade em ordem ao tempo e, como tal, obtém-se derivando o lado direito da equação, [2]
,temos :
Observe-se que a derivada do vetor tangencial não é nula, porque esse vetor não é necessariamente igual em diferentes instantes. A figura ao lado, mostra como calcular a derivada de
Deslocando os dois versores tangenciais dos pontos A e B da primeira figura para um ponto comum, o aumento de no intervalo desde A até B é o vetor que une os dois vetores.
Sendo o módulo de igual a 1, os dois versores na figura acima descrevem um arco de círculo com raio 1 e ângulo
Se o ângulo for medido em radianos, o comprimento desse arco será igual a
Se o intervalo de tempo for aproximadamente zero, os dois pontos considerados, A e B, estarão muito próximos na trajetória, o vetor será perpendicular à trajetória e o seu módulo será aproximadamente igual ao arco de círculo conclui-se que a derivada de é:
Em que é o {versor normal}, perpendicular à trajetória, e
representa o valor da {velocidade angular}.
Substituindo essa derivada na equação ...
, obtém-se a expressão para a aceleração:
Concluindo, a aceleração tem uma componente tangencial à trajetória e uma componente normal (perpendicular) à trajetória.
A componente tangencial da aceleração tangencial, é a aceleração segundo a trajetória.
A componente normal da {aceleração normal} é igual ao produto do valor da velocidade pelo valor da velocidade angular
Tendo em conta que os versores e são perpendiculares em todos os pontos da trajetória, a equação acima implica que o valor da aceleração, será a hipotenusa de um triângulo retângulo em que os catetos são as componentes tangencial e normal da aceleração; o teorema de Pitágoras para esse triângulo é então,
O ângulo de rotação do versor tangencial, é também igual ao ângulo de rotação do versor normal
A figura acima mostra os versores normais nos mesmos pontos A e B da trajetória na figura inicial da secção (versor).
Repare que no ponto A existem dois versores normais, com a mesma direção mas sentidos opostos, porque a trajetória curva-se para cima antes do ponto A, mas a partir do ponto A começa a curvar-se para baixo. Esse tipo de ponto, onde o sentido da curvatura muda, denomina-se ponto de inflexão.
No ponto P (figura acima) existem duas direções normais, porque, conforme referido na secção anterior, existem dois versores tangenciais. Em qualquer ponto o versor normal aponta no sentido em que a trajetória se curva, excepto no caso de uma trajetória retilínea, em que existem infinitos versores perpendiculares ao versor tangencial
A figura ao lado mostra o versor normal no início e no fim do percurso entre os pontos A (instante ) e B (instante ) correspondente ao movimento da figura anterior.
As direções dos dois versores normais cruzam-se num ponto comum C. As distâncias desde C até os pontos A e B são diferentes ( e ), mas
serão iguais no limite em que o ponto C aproxima-se do centro de curvatura da curva.
A distância desde o centro de curvatura num instante e o ponto da trajetória, nesse mesmo instante, é o raio de curvatura, da trajetória.
Em cada ponto da trajetória existe um centro e um raio de curvatura. Cada percurso infinitesimal de comprimento pode ser aproximado por um arco
de circunferência de raio e ângulo
a distância percorrida é o comprimento desse arco :
Assim sendo, conclui-se que o valor da velocidade angular é:
Ou seja, em cada ponto da trajetória o valor da velocidade angular é igual ao valor da velocidade, dividida pelo raio de curvatura nesse ponto.
Usando este resultado, a componente normal da aceleração, pode ser escrita do modo seguinte:
O versor normal e a componente normal da aceleração, apontam sempre no sentido do centro de curvatura. Como tal, a componente normal da aceleração, é chamada habitualmente{aceleração centrípeta}.
Em mecânica de fluídos, o fluxo de massa fluida escoando por uma superfície S que limita um volume arbitrário no espaço é dado por:
onde ρ é a densidade do fluido, v é a velocidade com que as partículas de fluido atravessam a superfície e dS uma medida (a menos do rigor matemático). Notavelmente, n pode ser substituído por uma relação entre inclinações determinadas por produto vetorial de vetores tangentes em relação a superfície S.
O exemplo do fluxo de massa é apenas um que leva em conta uma das muitas integrais nas quais n tem um papel fundamental. Outros exemplos onde ele figura são: Teorema da Divergência (comumente cunhado como Teorema de Gauss), Teorema do Transporte (de Leibnitz, ou Reynolds), tensor hidrostático, Teorema de Young-Laplace da tensão superficial. [3]
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