Urbano Santos da Costa Araújo (Guimarães, 3 de fevereiro de 1859Rio de Janeiro, 7 de maio de 1922),[1] mais conhecido por Urbano Santos, foi um jurista, promotor e político brasileiro, que foi o 24.º Governador do Maranhão e o 7.º Vice-presidente da República no governo de Venceslau Brás, entre 1914 e 1918.[2][3]

Factos rápidos 7.º Vice-presidente do Brasil, 24.º Presidente do Maranhão ...
Urbano Santos
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Urbano Santos (político)
Urbano Santos como Vice-presidente do Brasil e Presidente do Senado.
7Vice-presidente do Brasil
Período 15 de novembro de 1914
a 15 de novembro de 1918
Presidente Venceslau Brás
Antecessor(a) Venceslau Brás
Sucessor(a) Delfim Moreira
24.º Presidente do Maranhão
Período 28 de julho de 1919
a 25 de fevereiro de 1922
Antecessor(a) Raul da Cunha Machado
Sucessor(a) Raul da Cunha Machado
Período 21 de outubro de 1918
a 21 de novembro de 1918
Antecessor(a) Raul da Cunha Machado
Sucessor(a) Raul da Cunha Machado
Ministro da Justiça e Negócios Interiores do Brasil
Período 21 de novembro de 1918
a 28 de julho de 1919
Antecessor(a) Amaro Cavalcanti
Sucessor(a) Alfredo Pinto
Presidente em exercício do Brasil
Período 8 de setembro de 1917
a 9 de outubro de 1917
Antecessor(a) Venceslau Brás
Sucessor(a) Venceslau Brás
Senador pelo Maranhão
Período 3 de maio de 1906
a 15 de novembro de 1914
Deputado Federal pelo Maranhão
Período 5 de maio de 1897
a 30 de dezembro de 1905
Dados pessoais
Nome completo Urbano Santos da Costa Araújo
Nascimento 3 de fevereiro de 1859
Guimarães, Maranhão, Brasil
Morte 7 de maio de 1922 (63 anos)
em viagem entre o Maranhão e o Rio de Janeiro
Nacionalidade Brasil
Progenitores Mãe: Maria das Rosas Araújo
Pai: Joaquim da Costa Araújo
Cônjuge Filomena Araújo (c. 1888; m. 1922)
Partido Republicano Mineiro
Ocupação Política
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Biografia

Filho de Antônio Brício de Araújo, formou-se pela Faculdade de Direito do Recife, em 1882 na mesma turma em que se formaram Clóvis Beviláqua e José Xavier Carvalho de Mendonça, autor do Tratado de Direito Comercial Brasileiro, em dez volumes. Foi redator da Gazeta Acadêmica de Ciências e Letras.

Casou-se aos 29 anos com Maria Filomena de Macedo Araújo no dia 6 de fevereiro de 1888, na vila do Rosário. O casal teve duas filhas: Virgínia Januária e Maria da Conceição.[4]

Foi promotor público em Baixo Mearim (atual Vitória do Mearim), Mirador e Rosário, e juiz municipal da cidades maranhenses de Coroatá, São Bento e São Vicente Ferrer. Foi ainda juiz de casamentos e do comércio na capital do estado, além de juiz de direito de Campos Novos (SC).[3]

Morreu em viagem entre o Maranhão e o Rio de Janeiro, em 7 de maio de 1922.

Carreira política

Foi deputado federal de 1897 a 1905, governador em 1913, senador entre 1906 e 1914 e vice-presidente do Brasil entre 1914 e 1918, durante a presidência de Venceslau Brás.[5] Assumiu interinamente a presidência do Brasil em 1917.

Embora tenha sido eleito por três vezes presidente do Maranhão (em 1898, 1913 e 1918), só aceitou assumir o cargo da última vez. Não tomando posse de imediato, foi substituído pelos vice-presidentes José Joaquim Marques falecido em 9 de outubro de 1918) e Raul da Cunha Machado (até 21 de outubro de 1918). Assumiu a presidência do estado e, após um mês, licenciou-se para assumir o Ministério da Justiça.

Assumiu também o ministério da Justiça e Negócios Interiores, entre 3 de dezembro de 1918 e 28 de julho de 1919, durante o governo de Delfim Moreira, quando buscou dinamizar os departamentos do ministério, principalmente o de saúde pública. Também promoveu o serviço de profilaxia urbana e rural, instalou o Instituto Oswaldo Cruz em São Luís e firmou contrato com a Fundação Rockefeller para o combate à malária.[3]

Retornou ao Maranhão e reassumiu o mandato após deixar o cargo de ministro. Durante seu governo, foi inaugurada a Ferrovia São Luís-Teresina, em 1921. Foi firmado um contrato com a Cia. Nacional de Navegação Costeira para a operação de uma linha de cabotagem entre os pequenos portos do estado. Buscou regularizar o abastecimento de água da capital maranhense, construiu a Escola Modelo Benedito Leite, reformou a penitenciária e adquiriu o prédio o Convento dos Mercedários (Convento das Mercês) para ampliação do quartel da Polícia Militar do Estado do Maranhão. Construiu o Porto do Guarapiranga e o Aprendizado Agrícola Cristino Cruz (Escola Agrícola Federal do Maranhão) e o Teatro São Luiz passa a se chamar Teatro Arthur Azevedo, em homenagem ao grande dramaturgo maranhense. Em 25 de fevereiro de 1922, transferiu novamente o governo a Raul da Cunha Machado.[6]

Reeleito para a vice-presidência na chapa de Artur Bernardes em 1922, morreu antes de ser empossado.

Seu irmão, Antônio Brício de Araújo, homônimo do pai, foi vice-presidente do Maranhão de 1914 a 1917, presidente de 1917 a 1918, e senador de 1929 a 1930.[3]

Homenagens

Benedito Leite e Urbanos Santos foram os principais líderes políticos do Maranhão durante a Primeira República, representantes da politica coronelista. Com a morte de Benedito Leite, em 1909, Urbano Santos assumiu o controle político do estado, exercendo forte influência e gozando de prestígio junto ao Governo Federal.[3]

Em sua homenagem, há um os bustos da Praça do Pantheon, em São Luís, que homenageiam importantes escritores maranhenses. Também há um município chamado de Urbano Santos, na região leste do estado. Na frente do Liceu Maranhense, há o Parque Urbano Santos.[3]

Ver também

Referências

  1. «Vice-presidente». Biblioteca. Consultado em 10 de setembro de 2023
  2. «Urbano Santos da Costa Araújo». ihgb.org.br. Consultado em 21 de novembro de 2018
  3. DocReader Web, O Paiz (RJ) - 1910 a 1919. «Bodas de Prata». memoria.bn.br. Consultado em 10 de setembro de 2023
  4. «Senador Urbano Santos - Senado Federal». www25.senado.leg.br. Consultado em 21 de novembro de 2018

Ligações externas

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