O Uno é um automóvel compacto fabricado pela Fiat, lançado na Europa em 1983. Foi lançado no Brasil no ano seguinte, e sua nova geração (projetada no Brasil) só foi lançada em 2010, direcionada aos países da América Latina. A versão antiga foi produzida até dezembro de 2013 sendo vendida como Fiat Mille nome adotado inicialmente em 1990, quando adotou um motor com menos de 1 000cc no Brasil. O nome é uma referência ao número um em italiano.
Fiat Uno | |||||||
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Fotografia da primeira geração do Fiat Uno. | |||||||
Visão geral | |||||||
Nomes alternativos |
Fiat Mille | ||||||
Produção | Europa: 1983-1993 Brasil: 1ª geração 1984-2013 Brasil: 2ª geração 2010-2021 Filipinas: 1992-2000 Marrocos: 1995-2003 Sérvia (ná época Iugoslávia): 1988-1994 Uruguai (Uno Novo): 2010-2020 Polônia: 1995-2002 | ||||||
Fabricante | Fiat, grupo Stellantis | ||||||
Matriz | Turim, Piemonte, Itália | ||||||
Montagem | Betim, Minas Gerais, Brasil Bursa, Turquia Manta, Equador Casablanca, Marrocos Turim, Itália La Piñas, Filipinas Buenos Aires, Argentina Pretoria, África do Sul Kragujevac, Sérvia (na época Iugoslávia) Tychy, Polônia | ||||||
Modelo | |||||||
Classe | Segmento B "Compacto" no Brasil | ||||||
Carroceria | Hatchback | ||||||
Designer | Giorgetto Giugiaro | ||||||
Ficha técnica | |||||||
Motor | Fire 1.0 Evo 8V Flex Fire 1.4 Evo 8V Flex Firefly 1.0 6V Flex Firefly 1.3 8V Flex | ||||||
Plataforma | 1ª Geração (Brasil): derivado do Fiat 147 1ª Geração (Europa): Plataforma Tipo Uno 2ª Geração: Plataforma Economy. Ver: Fiat Panda | ||||||
Transmissão | 5 marchas, manual | ||||||
Modelos relacionados | Fiat Prêmio Fiat Elba Fiat Fiorino Fiat 147 Chevrolet Chevette Ford Escort Ford Fiesta Renault Sandero Fiat Palio Volkswagen Gol Renault Clio Chevrolet Celta Chevrolet Onix Autobianchi Y10 | ||||||
Dimensões | |||||||
Comprimento | 3 770 mm | ||||||
Entre-eixos | 2 376 mm | ||||||
Largura | 1 656 mm | ||||||
Altura | 1 548 mm | ||||||
Tanque | 48 litros | ||||||
Consumo | Uno Mille Economy 1.0: ciclo urbano E 8,9km/l G 12,7km/l; ciclo rodoviário E 10,7km/l G 15,6km/l[1] Uno Mille Way Economy 1.0: ciclo urbano E 8,4km/l G 12,1km/l; ciclo rodoviário E 9,5km/l G 13,6km/l[1] Novo Uno Economy EVO 1.4: ciclo urbano E 8,7km/l G 12,5km/l; ciclo rodoviário E 10,4km/l G 15,2km/l[1] Novo Uno Vivace EVO 1.0: ciclo urbano E 8,3km/l G 12,3km/l; ciclo rodoviário E 9,4km/l G 14,5km/l[1] Novo Uno Attractive EVO 1.4: ciclo urbano E 7,3km/l G 10,6km/l; ciclo rodoviário E 9,1km/l G 13,3km/l. /> | ||||||
Velocidade máxima | 152 km/h gasolina / 157 km/h etanol (Way 1.0) 152 km/h gasolina / 157 km/h álcool (Attractive) 177 km/h gasolina / 177 km/h etanol (Sporting 1.3) 151 km/h gasolina / 153 km/h álcool (Vivace) 175 km/h gasolina / 177 km/h álcool (Way 1.3) | ||||||
Cronologia | |||||||
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Em 2021, a Fiat anunciou o fim das vendas do Uno no Brasil após 37 anos.[2]
Primeira Geração
Projeto
Em 1978 a FIAT encomendou dois projetos para substituir o modelo 127. O projeto 143 foi entregue para o Centro Stile Fiat enquanto o projeto 144 foi encomendado junto ao escritório Italdesign, de Giorgetto Giugiaro. Desenvolvido internamente, o 143 pouco evoluiu. Já o 144 foi desenvolvido à partir do projeto do conceito Lancia Megagamma.[3][4] Posteriormente os projetos 143 e 144 foram fundidos em um novo projeto batizado 146. Coube a Giorgetto Giugiaro (Italdesign) redesenhar o projeto 146. Os primeiros protótipos ficaram prontos no início da década de 1980 e foram exaustivamente testados (inclusive no Brasil [5]), percorrendo cerca de quatro milhões de quilômetros. [4]
O novo automóvel foi batizado de forma simples como "Uno", nome de uma das quatro plataformas de modelos FIAT:
Plataformas FIAT (Década de 1980) | |||
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Plataforma | Modelo | Nº de projeto | Design |
Zero[6] | Panda | 141 | Giorgetto Giugiaro e Aldo Mantovani (Italdesign) |
Uno | Uno | 146 | Giorgetto Giugiaro (Italdesign) |
Due[7] | Tipo Coupé |
160 | Ercole Spada (I.De.A) Centro Studio FIAT (Coupé) |
Tre[8] | Tempra | 159 | |
Quattro[9] | Croma Saab 9000 Lancia Thema Alfa Romeo 164 |
154 | Giorgetto Giugiaro (Italdesign) |
Produção
Itália
Primeira Série (1983-1989)
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/thumb/7/75/Robogate_FIAT_Uno.jpg/220px-Robogate_FIAT_Uno.jpg)
Em meados de 1982 o Uno foi aprovado para produção. A apresentação oficial do novo modelo ocorreu no Cabo Canaveral em 20 de janeiro de 1983.[4] Para realizar a produção do Uno, a FIAT investiu 1 trilhão de liras italianas na modernização e automatização das fábricas de Mirafiori e Rivalta. Com 172 peças, o Uno passou a ser montado por robôs, através do sistema Robogate[10], desenvolvido pela FIAT para a automação da produção de automóveis.[11] Cada robô do sistema Robogate possuía capacidade de trabalho equivalente a 2,5 operários humanos.[12] Com isso, a FIAT passou a realizar demissões em suas fábricas. A fábrica de Mirafiori, por exemplo, viu sua mão de obra diminuir de 57 mil operários em 1980 para 36 mil em 1988[13] e cerca de 30 mil em 1991.[14]
O primeiro modelo do Uno na Itália (Uno 45) foi lançado com o motor Fiat 100, já naquela época com trinta anos de mercado. Ao mesmo tempo a FIAT desenvolvia um novo motor. Lançado em 1985, o FIRE (Fully Integrated Robotised Engine) foi o motor padrão do Uno até o final de sua produção na Itália em 1995, sendo desenvolvido para a linha de montagem automatizada "Robogate".[15] Em uma disputa acirrada, o Uno venceu o prêmio Carro do Ano de 1984 com 346 votos enquanto o Peugeot 205 obteve 325.[16]
Segunda Série (1989-1995)
A FIAT apresentou o Uno remodelado no Salão do Automóvel de Frankfurt de 1989. Com o lançamento do Tipo em 1988, a FIAT remodelou o Uno para se aproximar esteticamente do novo modelo.[17]
Em 1993 a FIAT apresentou o substituto do Uno. Batizado Punto, o novo automóvel foi programado para substituir progressivamente o Uno até o final de 1995.[18] O último FIAT Uno saiu de produção na Italia em 1995. Naquele momento haviam sudo produzidos mais de seis milhões de exemplares.[19]
- Vista traseira do Uno (Primeira Série)
- Vista traseira do Uno (Segunda Série)
- Vista traseira do Tipo
Brasil
Em outubro de 1981 surgiram os primeiros rumores sobre a produção do novo projeto mundial da FIAT no Brasil, com produção prevista para o final de 1983 e ou início de 1984.[20] No ano seguinte, dois protótipos do Uno foram flagrados pela revista Quatro Rodas no interior de Minas Gerais, indicando que a FIAT estudava a fabricação do novo modelo no Brasil.[5]Durante o lançamento do sedã Oggi no Rio de Janeiro em maio de 1983, a filial brasileira confirmou o lançamento do Uno no país até 1984.[21]
Enquanto na Itália era desenvolvido o motor FIRE para emprego no Uno, a Fiat Automóveis S/A (Fiasa) optou por manter o motor Motor Fiasa em produção para equipar o Uno brasileiro. Desenvolvido em 1976 pelo engenheiro Aurelio Lampredi, o Fiasa tinha apenas oito anos de mercado e era robusto e confiável. Além disso, a FIAT foi fortemente afetada pela Crise econômica brasileira no início da década de 1980, com uma queda de 35% das vendas entre 1980 e 1981, demissões de milhares de trabalhadores[22] e o Uno era parte do projeto de recuperação econômica e de mercado da empresa.[21] A opção pelo motor FIRE obrigaria a FIAT a investir em uma nova fábrica em um momento de poucos recursos e foi postergada na linha brasileira da empresa até o ano 2000.[23]
Durante a sessão de testes feita no Brasil, a FIAT descobriu que os amortecedores da suspensão traseira duravam apenas 5 mil quilômetros (quando deveriam durar 30 mil quilômetros). Enquanto a matriz na Itália remodelava a suspensão para se adequar ao terreno brasileiro, a filial em Betim optou por adaptar o projeto da suspensão traseira do 147 no Uno. Após indecisão, a FIAT contratou o jornalista e ex-piloto Paul Frère para avaliar dois Uno idênticos externamente: um com a suspensão idealizada na Itália e outro com a suspensão do 147 adaptada no Brasil. Frère testou os dois automóveis no circuito de La Mandria e aprovou o projeto brasileiro.[24]
O lançamento do Uno no Brasil ocorreu em 17 de agosto de 1984 em um evento no Rio de Janeiro, tendo como anfitrião o automobilista Emerson Fittipaldi.[25]
Entre 1984 e 2013 foram construídos 3,7 milhões de unidades do Uno na fábrica de Betim.
Produção do FIAT Uno no Brasil (1984-2013) | |||
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Ano | Quantidade | Ano | Quantidade |
1984 | 19 804 | 2000 | 109 981 |
1985 | 31 044 | 2001 | 123 764 |
1986 | 34 822 | 2002 | 98 376 |
1987 | 37 243 | 2003 | 94 838 |
1988 | 74 502 | 2004 | 106 927 |
1989 | 84 729 | 2005 | 139 726 |
1990 | 104 981 | 2006 | 128 393 |
1991 | 101 574 | 2007 | 147 555 |
1992 | 92 295 | 2008 | 156 393 |
1993 | 151 172 | 2009 | 179 774 |
1994 | 234 340 | 2010 | 250 247 |
1995 | 253 233 | 2011 | 308 613 |
1996 | 204 300 | 2012 | 260 818 |
1997 | 88 328 | 2013 | N/D |
1998 | 61 353 | Total | 3 756 388 |
Fonte: FIAT Automóveis S/A [26] |
Mecânica
De início apenas com três portas, mantinha as linhas do modelo italiano, mas com uma importante diferença: o capô envolvia parte dos para-lamas, o que permitia a acomodação do estepe no compartimento do motor como no 147, de maneira a ampliar o porta-malas e evitar o incômodo de ter de descarregá-lo.
Por conta da localização do estepe, a entrada de ar para a cabine precisou ser deslocada do centro, como no original italiano, para a direita, em zona de menor pressão aerodinâmica. Assim, a geração interna acabou não sendo o forte da versão brasileira, devido à menor captação de ar. Mesmo assim o Uno representava enorme evolução sobre o retilíneo 147, a começar pela redução do Cx de 0,50 para apenas 0,36—pior que na Europa, pois o modelo brasileiro era 15 mm mais alto --, passando pelo conforto de rodagem, segurança ativa e passiva, visibilidade e posição de dirigir, em que o volante assumia posição mais "normal", menos horizontal. No entanto foi, de início, rejeitado por muitos, que lhe atribuíram o apelido de "botinha ortopédica" em função do formato da carroceria bem diferente do que existia até então. O limpador de para-brisa único, curioso já na época, permanece até hoje sem similares em carros nacionais.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a9/Fiat_Uno_z_boku.jpg/640px-Fiat_Uno_z_boku.jpg)
Outras alterações do projeto original, de ordem mecânica, previam melhor adaptação do carro às condições nacionais de rodagem, além do aproveitamento de componentes do 147. Deste vinham os motores de 1 048 cm³ a gasolina (52 cv, 7,8 m.kgf), para a versão S, e de 1 297 cm³ a gasolina (58,2 cv, 10 m.kgf) e a álcool (59,7 cv, 10 m.kgf), para as versões S e CS. Com desempenho razoável (velocidade máxima entre 130 e 140 km/h), tinham na economia de combustível seu destaque.
O Uno brasileiro também herdava de seu antecessor a suspensão traseira independente com feixe de molas transversal atendendo os dois lados da suspensão. A Fiat dizia ter constatado em testes que os amortecedores do italiano não duravam mais que 5 000 km sob uso intensivo, optando por trocar toda a suspensão. E foi ela a responsável pela mudança no capô que permitiu o estepe no compartimento do motor: não havia espaço para a roda-reserva e sua caixa sob o porta-malas, como entre os braços do eixo de torção do italiano.
Se com a nova suspensão o Uno ganhava em robustez, por outro lado perdia em conforto de marcha e continuava, como no 147, a exigir alinhamento periódico das rodas traseiras, sob pena de desgaste prematuro dos pneus e prejuízo à estabilidade. Outra característica desta suspensão era a tendência de tornar a cambagem mais negativa (rodas mais afastadas no ponto de contato com o solo) à medida que o feixe de molas cedia, por acréscimo de carga ou tempo de uso. Tudo isso seria abandonado no Palio, que passaria ao eixo de torção como no Uno italiano.
A produção do Uno trazia um avanço em relação à do 147. Em vez de 470 operações de prensa para construir a carroceria monobloco, agora eram apenas 270, redução expressiva que significava também menos soldas, aumentando a resistência do conjunto.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a7/Fiat_uno.jpg/640px-Fiat_uno.jpg)
Primeira geração
Seu projeto começou a ser desenvolvido no final dos anos 1970, fruto de uma competição entre dois centros de estilo europeus, ganha finalmente pela Italdesign Giugiaro, do projetista Giorgetto Giugiaro. A versão definitiva do Uno foi lançada em 1983 na Europa, para substituir naquele continente o Fiat 127. No ano seguinte, o carro foi lançado no Brasil com o objetivo de suceder o Fiat 147, trazendo pequenas mudanças em relação ao modelo europeu, como novo capô devido à posição do estepe, o qual é localizado no porta-malas do europeu, disposição impossível no nacional devido ao conjunto de suspensão diferente na versão nacional.
Lançado inicialmente em 3 versões (S, CS e SX, a última com apelo mais esportivo), foi inicialmente rejeitado pelos consumidores tradicionais, que não aceitaram o fato do carro ser tão diferente do que era visto pelas ruas, e logo o veículo foi apelidado de “Botinha Ortopédica”. No Brasil o Uno serviu de base para uma família de veículos composta pelo sedan Prêmio, a perua Elba e Fiorino nas versões picape e furgão, sendo o último também vendido até hoje no Brasil, com carroceria baseada no Novo Uno.[27]
O início do sucesso do pequeno da Fiat, porém, só começaria em agosto de 1990, quando motores entre 800 a 1000 cm³ tiveram alíquota de IPI reduzida de 40% para 20% pelo governo, o que levou a marca a apresentar, em apenas 60 dias, a versão 1 L do carro, com uma versão do motor Fiasa produzida para exportação. Era o Fiat Mille, versão mais despojada do então modelo de entrada, a versão S, com motor um pouco mais fraco e, inicialmente, apenas com duas portas.
Essa versão foi responsável pela popularização do automóvel. O Mille virava referência de mercado para os modelos populares.
Em 1992 surgem as versões S e CS 1.5ie, dotadas de injeção eletrônica digital monoponto. No caso do Mille, a Fiat lança a versão Electronic, utilizando somente a ignição mapeada, mas mantendo o carburado de corpo duplo da versão Brio.
Em 1994, a primazia do turbo: primeiro carro nacional produzido em série com turbocompressor de fábrica, tinha motor italiano de 1 372 cm, radiador de ar e óleo, novo câmbio Termoli já lançado em outros modelos da linha Fiat, tinha 118cv e 17,5mkgf de torque. A Fiat oferecia curso de pilotagem aos proprietários.
Previsto para sair de linha em 1996, sobreviveu à chegada do sucessor Fiat Palio, porém em versão única de entrada.
Em 2000, o Uno recebeu mais uma versão, a Smart, essa versão, o Uno ganhou o interior todo cinza, foi produzido por apenas 1 ano, no final de 2001, modelo 2002 chegou a versão Fire, além do motor, o Uno ganhou o interior azulado, volante, caixa de direção, chave de setas, botão do pisca alerta, painel branco, chave azul, grade dianteira e retrovisores do Pálio.
Em 2002 recebe o eficiente motor FIRE, aposentando o Fiasa.
Em 2004 recebe um polêmico face-lift na dianteira e traseira, sendo alterados a tampa e as lanternas traseiras, além da dianteira, que não combinava com as linhas retilínias originais com seus novos faróis, lanternas e grade.
Em 2008, a Fiat lança a versão Economy, com as novidades: quinta marcha mais longa, pneus de baixo atrito e óleo menos viscoso, além de válvulas e bielas mais leves, molas de válvulas menos resistentes, novo coletor de escape e marcha-lenta reduzida de 850 para 750 rpm, além de geometria alterada na suspensão e econômetro no painel, contribuindo para redução de consumo de combustível.
Em 2013, a Fiat lança a versão Xingu para o modelo Way.
Em 2013 é lançada a edição especial chamada Grazie Mille com apenas 2 000 unidades e se encerra a produção do Mille devido as regras de ABS e Airbag para todos os veículos fabricados a partir de 2014.
Em 2010, a Fiat lança a segunda geração com motores 1.0 e 1.4 Fire Evo, nas versões Vivave, Atrattive e Way.
Em 2011 é lançada a versão 1.4 Economy.
Em 2015 é feita uma reestilização e a Fiat traz o câmbio automatizado Dualogic e a versão Evolution com sistema Start-Stop.
Em 2017, a Fiat lança nova reestilização e novos motores Firefly 1.0 de 3 cilindros (72/77cv) e 1.3 de 4 cilindros (101/109cv).
Em 2018 chega o novo câmbio GSR em substituição ao Dualogic.
Em 2021 o Uno perde as versões Way 1.0 e 1.3 ficando apenas com a versão Attractive 1.0 Fire. No final do ano, a Fiat anunciou a despedida do Uno, com uma série especial chamada Ciao, de apenas 250 unidades numeradas.[2]
Grazie Mille
Com a obrigatoriedade do airbag duplo frontal e do sistema de freios antiblocantes (ABS) em 2014, a Fiat decide encerrar a carreira do Mille. Mesmo o modelo tendo recebido os acessórios nos modelos para exportação, a Fiat decide não mais investir em seu automóvel de entrada, e assim decide lançar uma versão de despedida, batizada de Grazie Mille ( "Muito Obrigado", em italiano). O modelo conta com todos os opcionais disponíveis, painel exclusivo com conta-giros no lugar do econômetro, e numeração dos modelos fabricados.[28]
Segunda Geração
Os primeiros rumores sobre a produção de um novo modelo da FIAT surgiram em 2006, especulando-se que a segunda geração do Panda (projeto 169) seria lançada no Brasil. A FIAT negou o interesse em nacionalizar o Panda, por conta do perfil exclusivamente urbano e pequeno do modelo.[29] Desde 2008 a FIAT desenvolvia em segredo o sucessor do Uno Mille para ser lançada em 2010. Apesar do projeto, a FIAT Automóveis prometia manter a primeira geração do Uno Mille em produção até 2014.[30] O projeto foi batizado internamente com o código 327 e passou a ser desenvolvido entre 2008 e 2009.[31]
Em 2010, surgiu o Novo Uno. Uma geração totalmente nova que procurava ser uma releitura da geração anterior, adotando o conceito do “Round Square”, tendência de estilo já adotada por veículos como o Kia Soul e o Scion xB, esse último inexistente no Brasil. O objetivo dessa nova geração, que veio para conviver com a antiga, foi o de rejuvenescer o nome, tornar o carro mais atraente para o público jovem, dando a ele um apelo mais esportivo e juvenil, enquanto a geração antiga é mais focada nos consumidores racionais, que precisam de um robusto meio de transporte. A nova geração ganhou face-lift em 2014,[32] além de ter dado origem a 3ª geração do Fiat Fiorino brasileiro.
A terceira geração do Uno estava sendo desenvolvida quando surgiu a crise provocada pela Pandemia de COVID-19. Dessa forma, a FIAT decidiu encerrar a produção do Novo Uno e focar seus esforços na promoção do Mobi.[33]
Versões
O Uno está disponível em várias versões, em 3 e 5 portas:
Uno/Mille:
- Uno S
- Uno CS
- Uno CS Top
- Uno CSL
- Uno ELX
- Uno SX
- Uno 1.5 R
- Uno 1.6 R
- Uno Mille
- Mille Brio
- Uno Turbo i.e.
- Mille Eletronic
- EP
- EX
- Smart
- Mille i.e.
- Mille Fire
- Mille Economy
- Mille Way
- Grazie Mille
Novo Uno:
- Novo Uno Economy 1.0
- Novo Uno Vivace 1.0 EVO
- Novo Uno Attractive 1.4 EVO (fabricado até 2012)
- Novo Uno Economy 1.4 EVO
- Novo Uno Way 1.0
- Novo Uno Way 1.0 EVO (em 2013 só 5p)
- Novo Uno Way 1.4 EVO (em 2013 só 5p)
- Novo Uno Sporting 1.4 EVO (em 2013 só 5p)
- Novo Uno Evolution 1.4 Start-Stop
- Novo Uno 1.0 Attractive 1.0 Fire
- Novo Uno 1.0 Attractive 1.0 Firefly
- Novo Uno 1.0 Way Firefly
- Novo Uno 1.3 Sporting Firefly
- Novo Uno 1.3 Sporting GSR Firefly
- Novo Uno 1.3 Way Firefly
- Novo Uno 1.3 Way GSR Firefly
Galeria
- Fiat Uno
- Fiat Uno CS Brasileiro
- Uno 60 SX Diesel (modelo não-disponível no Brasil)
- Fiat Fiorino, a picape do Uno.
- Fiat Fiorino, o furgão do Uno.
- Fiat Uno brasileiro
- Fiat Uno 45 (somente disponível na europa)
- Fiat Prêmio/Duna, o sedan do Uno
- Fiat Elba/Duna Weekend, a perua do Uno
- Novo Uno
- Fiat Uno College
Ver também
Referências
- INMETRO (1 de março de 2012). «Pesquisa sobre o consumo de veículos leves 2012» (PDF). Folha de S. Paulo. Consultado em 1 de março de 2012
- Pedroso, Fernando (20 de dezembro de 2021). «Fiat se despede do Uno após 37 anos com a série especial Ciao». Folha de S. Paulo. Consultado em 21 de dezembro de 2021
- «Megagamma» (em italiano). Italdesign. 1978. Consultado em 29 de junho de 2024
- SAMAHÁ, Fabrício; SHARP, Bob (2001). «A botinha que emplacou». Best Car/republicado no Internet Archive. Consultado em 29 de junho de 2024
- VASSÃO, Nehemias (1982). Segredo: A Fiat testa em Minas seu mundial para 84 Quatro Rodas Ano XXIII, edição 266, Setembro de 1982 ed. [S.l.]: Abril. pp. 73–75
- SAMAHÁ, Fabrício (2001). «Um carro tipo bem sucedido». Best Car/republicado no Internet Archive. Consultado em 29 de junho de 2024
- SAMAHÁ, Fabrício; SHARP, Bob (2001). «O topo de linha da FIAT». Best Car/republicado no Internet Archive. Consultado em 29 de junho de 2024
- SAMAHÁ, Fabrício (2001). «Brilho duradouro, mas extinto». Best Car/republicado no Internet Archive. Consultado em 29 de junho de 2024
- Vincenzo Borgomeo (27 de agosto de 1988). «Ma Oggi Comanda Il Signor Robogate» (em italiano). la Repubblica. Consultado em 8 de julho de 2024
- FIAT (6 de maio de 2013). «30 Jahre Fiat Uno - ein Bestseller feiert Geburtstag» (em alemão). Stellantis. Consultado em 2 de julho de 2024
- Luiz Gonzaga Larquê (4 de outubro de 1982). «Fiat pretende obter 16% do mercado brasileiro». Jornal do Brasil, ano XCII, edição 179, Caderno Economia e Negócios, página 14. Consultado em 8 de julho de 2024
- «La nuova maggioranza Craxi-Andreotti-Forlani. Mirafiori si ridimensiona. Fiat acquisisce Alfa Romeo» (em italiano). Mirafiori accordi e lott. Consultado em 8 de julho de 2024
- «Fator humano e cibernético base para a qualidade FIAT». Folha de Hoje (RS), ano II, edição 652, Caderno Folha Motor, página 3. 20 de novembro de 1991. Consultado em 18 de julho de 2024
- Paulo Amaral (17 de maio de 2024). «Por que a Fiat está encerrando a produção do motor Fire?». Terra. Consultado em 8 de julho de 2024
- «Fiat Uno» (em inglês). Car of the Year. Consultado em 9 de julho de 2024
- Frankfurt: os carros que abrem a década Quatro Rodas, ano 30, edição 9, Setembro de 1989 ed. [S.l.]: Abril. 1989. p. 124-129. 182 páginas
- «Punto, que substituirá Uno, ganha prêmio internacional». A Tribuna (Santos), ano 100, edição 286, Jornal Motor, página 3. 5 de janeiro de 1994
- «Fiat Uno:The robotics revolution» (em inglês). FCA Heritage. Consultado em 9 de julho de 2024
- Informe Econômico (10 de outubro de 1981). «Novo Fiat». Jornal do Brasil, ano, edição 184, página 20. Consultado em 29 de junho de 2024
- Cacho Borges (8 de maio de 1983). «Fiat lança o "Oggi" e em 1984, o Uno». Diário de Pernambuco, ano 158, edição 125, página A26/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 19 de fevereiro de 2024
- «Fiat demite 1398 em um dia, em MG». Jornal do Commércio (RJ), ano 154, edição 237, página 1. 18 de julho de 1981. Consultado em 8 de julho de 2024
- Leonardo Felix (20 de fevereiro de 2024). «Motor Fiat Fire, o mais antigo do Brasil, sairá de linha após 40 anos». Autoesporte. Consultado em 8 de julho de 2024
- CAMANZI, Emílio (1984). Enfrentando terra, pedra e pó Quatro Rodas, ano XXV, edição 289, Agosto de 1984 ed. [S.l.]: Abril. p. 45-47. 174 páginas
- «Uno começará a ser vendido em outubro». Jornal do Brasil, ano XCIV, edição 132, página 18. 18 de agosto de 1984
- «Uno 1984 - 2012». FIAT Press. Consultado em 3 de novembro de 2024
- Fiat. «Carros atualmente vendidos pela Fiat Brasil». Consultado em 11 de dezembro de 2012. Arquivado do original em 28 de maio de 2013
- «Fiat prepara edição comemorativa Grazie, do Uno Mille». Salão do Carro. 2 de dezembro de 2013. Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- MOURA, Marcelo (2009). Segredos: Inside information-Flagrado no posto de gasolina, novo Uno se abre para os leitores Quatro Rodas, ano 49, edição 599, Dezembro de 2009 ed. [S.l.]: Abril. p. 42-43. 132 páginas
- Priscila Dal Poggetto (9 de abril de 2008). «Fiat estuda desenvolver carro para ser o sucessor do Mille». G1. Consultado em 6 de julho de 2024
- Marlos Reis Vidal (15 de maio de 2009). «Eis o novo Fiat Uno». Auto Segredos. Consultado em 6 de julho de 2024
- G1, Peter FussyDo; Aires, em Buenos (4 de setembro de 2014). «Fiat Uno 2015 reestilizado parte de R$ 30.990; veja todos os preços». Auto Esporte. Consultado em 28 de fevereiro de 2023
- Sérgio Quintanilha (8 de outubro de 2023). «Por que o Uno (que era melhor) saiu de linha e o Mobi ficou». Terra. Consultado em 6 de julho de 2024
Fontes
- Revista Quatro Rodas - Abril de 1988 - Edição 333. Escort XR-3 X Uno 1.5R.
Ligações externas
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