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Bombardeiro nuclear supersônico de fabricação russa Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O Tupolev Tu-22M (Russo: Туполев Ту-22М; designação da OTAN: Backfire) é uma aeronave supersônica de geometria variável, bombardeiro estratégico e marítimo de longo alcance desenvolvido pela Tupolev Design Bureau. De acordo com algumas fontes, acreditava-se que o bombardeiro fosse designado Tu-26 ao mesmo tempo.[1] O seu único operador atual é a Força Aérea Russa que, até 2021, mantinha 66 destas aeronaves no serviço ativo.[2][3]
Tupolev Tu-22M (OTAN: Backfire) | |
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Um Tu-22M3M da Força Aérea Russa | |
Descrição | |
Tipo / Missão | Bombardeiro estratégico |
País de origem | União Soviética/ Rússia |
Fabricante | Tupolev |
Período de produção | 1967–1993 |
Quantidade produzida | 497 |
Desenvolvido de | Tupolev Tu-22 |
Primeiro voo em | 30 de setembro de 1969 (55 anos) |
Tripulação | 4 |
Especificações | |
Dimensões | |
Comprimento | 42,4 m (139 ft) |
Altura | 11,05 m (36,3 ft) |
Peso(s) | |
Peso vazio | 58 000 kg (128 000 lb) |
Peso carregado | 112 000 kg (247 000 lb) |
Peso máx. de decolagem | 124 000 kg (273 000 lb) |
Propulsão | |
Motor(es) | 2 x turbofans Kuznetsov NK-25 |
Força de empuxo (por motor) | 247,9 kgf (2 430 N) |
Performance | |
Velocidade máx. em Mach | 1.88 Ma |
Alcance bélico | 2 410 km (1 500 mi) |
Alcance (MTOW) | 6 800 km (4 230 mi) |
Teto máximo | 13 300 m (43 600 ft) |
Armamentos | |
Metralhadoras / Canhões | 2x Canhão GSh-23 de 23mm montados na torreta da cauda |
Mísseis | Capacidade de carregar 3x mísseis Kh-22 ou 6x Kh-15 |
Bombas | Capacidade de carregar até 24000 kg |
Durante a Guerra Fria, o Tu-22M foi operado pela Força Aérea Soviética (VVS) em um papel de bombardeio estratégico e pela Aviação Naval Soviética (Aviacija Vojenno-Morskogo Flota, AVMF) desempenhando um papel anti-transporte marítimo de longo alcance.[4]
A primeira vez que o Tu-22M foi utilizado em combate foi no Afeganistão, vendo bastante ação entre 1987 e 1988, bombardeando posições mujahidin durante o Cerco de Khost. A partir de outubro de 1988, pelo menos dezesseis Tu-22M3 foram utilizados para dar cobertura para as tropas soviéticas que se retiravam do território afegão. Sua última ação neste conflito foi uma operação sobre o Passo de Salang, em outubro de 1989. Na última década da União Soviética, o Tu-22M sofreu com problemas operacionais, a maioria ocasionados pela manutenção deficiente e falta de provisões, com muitas aeronaves ficando até meses sem conseguir voar.[5][6][7] A produção dele continuou até 1993.
A Rússia e os demais membros da Comunidade dos Estados Independentes herdaram 370 Tu-22M soviéticos. A Ucrânia, que possui cerca de 60 destas aeronaves, abriu mão da maioria delas, com os Estados Unidos ajudando-os a desmantela-los. A Aviação Naval Russa também abriu mão de sua frota, deixando apenas a força aérea russa como a única utilizadora do Tu-22M. Em 1995, os russos utilizaram este avião em combate para bombardear Grozny na Guerra da Chechênia.[8] Em 9 de agosto de 2008, um Tu-22MR foi abatido por um míssil de um sistema anti-aéreo Buk-M1 durante a Guerra Russo-Georgiana.[9] Em 2017, dezenas de Tu-22M foram transferidos para a Síria, onde participaram da intervenção russa na guerra civil local.[10][11]
Durante a invasão russa da Ucrânia de 2022, vários Tu-22M3 foram utilizados para bombardeio convencional sobre cidades ucranianas (como Mariupol) e também para lançamento de mísseis balísticos (como o hipersônico Kh-47M2 Kinzhal). Em dezembro de 2022, um Tu-22M3 (identificado como RF-34110) das Forças Aeroespaciais da Rússia foi danificado seriamente por um drone suicida ucraniano na base aérea de Dyagilevo.[12] Em 20 de agosto de 2023, na Base aérea de Soltsy-2 (na banda ocidental do Oblast de Novgorod), dois Tu-22M3 foram atingidos por drones suicidas ucranianos, com uma das aeronaves sendo completamente destruída.[13][14]
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