Tito Gobbi (Bassano del Grappa, 24 de outubro de 1913Roma, 5 de março de 1984) foi um barítono italiano, um dos mais famosos do século XX.[1]

Factos rápidos
Tito Gobbi
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Tito Gobbi
Nascimento 24 de outubro de 1913
Bassano del Grappa
Morte 5 de março de 1984 (70 anos)
Roma
Sepultamento Campo di Verano
Cidadania Reino de Itália, Itália
Ocupação ator, cantor lírico, ator de cinema
Instrumento voz
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Biografia

Gobbi chegou a estudar direito na universidade de Pádua antes de mudar-se para Roma para perseguir a carreira lírica. Fez sua estreia em Gubbio, como Rodolfo em La sonnambula, de Vincenzo Bellini. Foi contratado pelo Scala de Milão em 1935, e passou a desempenhar papéis secundários cada vez mais importantes até 1942, quando foi pela primeira protagonista em uma ópera neste teatro - L'Elisir d'Amore, de Gaetano Donizetti.[2][3][4]

Após a Segunda Guerra Mundial, começou a atuar internacionalmente, em cidades tais como Estocolmo (1947), Londres (1948), San Francisco (1948), Salzburgo (1952) e Chicago (1953). Estreou no Metropolitan em 1956, no papel que talvez tenha sido um de seus maiores sucessos de público: o Scarpia da Tosca. Seis anos mais tarde, Gobbi participaria neste mesmo papel de uma apresentação especial do segundo ato da ópera de Puccini no Covent Garden, ao lado de Maria Callas. Embora nenhum dos dois intérpretes estivesse no auge de sua forma vocal, esta gravação tornou-se histórica por tratar-se de um dos poucos registros em vídeo disponíveis da cantora, e terminou contribuindo de forma significa para a popularidade do barítono.[2][3][4]

Gobbi também participou de aproximadamente vinte filmes, a maior parte versões cinematográficas de óperas de compositores tais como Verdi, Puccini e Rossini. A partir dos anos 1960, dedicou-se igualmente à direção, especialmente para a Chicago Opera House. Retirou-se oficialmente dos palcos em 1979, e escreveu duas autobiografias, publicadas em 1979 e 1984 (veja referências, abaixo).[2][3][4]

Características

Usualmente associado aos dramas de Verdi e ao verismo italiano, Gobbi possuía todavia um repertório bastante abrangente. O barítono chegou a cantar mais de 100 papéis, muitos em óperas que são raramente encenadas no circuito internacional, tais como a Écuba de Malipiero ou La locandiera, de Persico, além de obras de Ermanno Wolf-Ferrari, Ildebrando Pizzetti e Alban Berg, entre outros. De todo modo, suas atuações mais célebres permanecem as que realizou com o Scala de Milão nos anos 1950, usualmente tendo por parceiros de palco dois dos maiores cantores do século, Maria Callas e Giuseppe di Stefano.[2][3][4]

Gobbi dedicou-se intensamente à sua formação musical e dominava com segurança as técnicas vocais requeridas para uma carreira lírica de nível internacional. Embora não possuísse uma voz de timbre particularmente agradável, ou mesmo de alcance especialmente incomum, compensava estas limitações com um trabalho de cena espetacular. Ele tornou-se reconhecido como um dos grandes barítonos do século XX especialmente por suas habilidades dramáticas, que podem ser constatadas, por exemplo, no referido vídeo do segundo ato da Tosca.[2][3][4]

Discografia resumida

Filmografia selecionada

  • Forbidden Music (1942)
  • Before Him All Rome Trembled (1946)
  • O sole mio (1946)
  • The Barber of Seville (1947)
  • Mad About Opera (1948)
  • The Lady of the Camellias (1947)
  • The Glass Mountain (1949)
  • The Force of Destiny (1950)
  • Soho Conspiracy (1950)
  • The Firebird (1952)

Obras

Referências

  1. Holland, Bernard, "Tito Gobbi, 68, Italian operatic baritone and director, dies", The New York Times, 6 de março de 1984. Consultado em 5 de março de 2022
  2. Gobbi, Tito (1984). Tito Gobbi and His World of Italian Opera. London: Hamish Hamilton. ISBN 0-241-11257-5
  3. Tolansky, John (October 2013). "A Masterclass in Life". Opera. Vol. 64, no. 10. London. pp. 1274–1278
  4. «Tito Gobbi Interview with Bruce Duffie . . . . . .». www.bruceduffie.com. Consultado em 5 de outubro de 2024

Ligações externas

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