Taifa de Málaga

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Taifa de Málaga

Taifa de Málaga[1] foi um reino independente muçulmano que surgiu no Alandalus em 1026, por causa da desintegração que o Califado de Córdova vinha sofrendo desde 1008, e que desapareceria definitivamente em 1238 ao ser conquistada pelo Reino Nacérida de Granada. Entre a sua fundação em 1026 e o seu desaparecimento em 1238 podem-se distinguir quatro etapas históricas, correspondentes às quatro dinastias que reinaram.



Factos rápidos
Taifa de Málaga
Taifa de Málaga

Reino


1026  1239
Localização de Taifa de Málaga
Localização de Taifa de Málaga
Taifa de Málaga ca. 1037
Continente Europa
Região Península Ibérica
Capital Málaga
36° 43' N 4° 25' O
Língua oficial Árabe, moçárabe e hebraico
Religião Islamismo, catolicismo romano, judaísmo
Governo Monarquia
Período histórico Idade Média
  1026Queda do Califado de Córdova
  1239Conquista pelo Reino Nacérida de Granada
Moeda Dirrã e dinar
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História

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Perspectiva

Período hamúdida (1026–1057)

A primeira etapa da Taifa de Málaga abrange um período de trinta e um anos, em que os seus reis pertenceram à dinastia hamúdida, salvo um breve intervalo de apenas um ano em que o trono foi ocupado por um eslavo. Este período começou em 1026 quando o califa Iáia I (r. 1026–1035), após ser expulso do trono cordovês, uniu sob o seu mandato as coras de Málaga e de Algeciras. Desde o primeiro momento Iáia I contou com o apoio dos Zíridas da Taifa de Granada e foi adjudicado o título de califa, que a partir de então usaram os reis taifas de Málaga exclusivamente.

O seu reinado caracterizou-se pelo confronto com os reis Abádidas da Taifa de Sevilha, que resultou na conquista da Taifa de Carmona, a qual, devido à sua posição estratégica, era uma ameaça direta sobre a taifa sevilhana, que logo a reconquistaria. Em 1035, a morte de Iáia I implicou a divisão do território em duas entidades independentes: a própria Taifa de Málaga, que passou a ser governada pelo seu irmão, Idris I (r. 1035–1039), e a Taifa de Algeciras, que ficou nas mãos do seu sobrinho Maomé ibne Alcacim. Durante este reinado seguiram as lutas contra os Abádidas sevilhanos, conseguindo derrotá-los em Écija em 1039 com o apoio das taifas de Almeria, Granada e Carmona.

A Idris I sucedeu-o no trono Iáia II (r. 1039–1040), ainda que apenas um ano depois, em 1040, foi destronado pelo seu tio Haçane al-Mustansir (r. 1040–1042), que pela sua vez perderia o trono em 1042 às mãos do eslavo Naia, o Usurpador (r. 1042), com o que a dinastia hamúdida se viu interrompida durante um breve período. O assassinato de Naia esse mesmo ano e a entronização de Idris II (r. 1042–1047), irmão de Haçane, implicou a volta da dinastia hamúdida.

Idris II reinou até 1047, quando foi deposto, encarcerado e substituído no trono pelo seu primo Maomé I (r. 1047–1052/53), que se manteve no trono até ser envenenado, sendo coroado o seu sobrinho Idris III, em 1052 ou 1053, segundo as versões, o qual se manteve no trono somente durante um ano, pois também foi assassinado e substituído por Idris II (r. 1053–1054/5), que ocupou novamente o trono, numa segunda etapa que se prolongou até a sua morte em 1054 ou 1055. O trono passou então para o seu filho Maomé II (r. 1054/1055) e depois para o irmão deste, Iáia III (r. 1054/5–1057), que sofreu a conquista da taifa em 1057 por Badis ibne Habus (r. 1038–1073), rei zírida de Granada.

Período zírida (1073–1090)

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Taifas muçulmanas ca. 1080
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Reino de Granada

Desde a conquista de Málaga em 1057 por Badis ibne Habus, a taifa foi governada durante dezessete anos por um único rei dependente da taifa zírida de Granada. À morte de Badis em 1073 esta situação mudou, quando os seus netos repartiram o reino, correspondendo Málaga a Tamime ibne Bologuine e Granada ao seu irmão Abedalá ibne Bologuine. Imediatamente ocorreu um confronto entre os irmãos, e uma primeira petição de ajuda ao Império Almorávida por parte do malacitano Tamime, que não deu resultado.

Anos mais tarde, em 1085, após a conquista de Toledo por Afonso VI (r. 1065–1109), vários reis taifas recorreram também aos Almorávidas para fazer face ao avanço cristão. Contudo, embora os Almorávidas derrotassem o rei castelhano na Batalha de Zalaca, após a mesma, vendo a debilidade que tinham os reinos taifas pelas suas contínuas disputas internas, enfrentaram a eles, conquistando a Taifa de Málaga em 1090.

Período hassunida (1145–1153)

Durante os segundo período das taifas, ocorreu a terceira etapa da taifa de Málaga, que abrange um período de somente oito anos, com um rei pertencente à dinastia hassunida, Abul Aláqueme Huceine (r. 1145–1153) que, após um período de dominação almorávida de quase cinquenta anos, aproveitou uma revolta popular para os expulsar e ficar com o trono. A sua impopular política tributária e as alianças com reinos cristãos contra os Almorávidas, tornaram muito impopular o seu reinado, provocando a chegada dos almóadas e o seu suicídio em 1153.

Período zanunida (1229–1238)

A última etapa da Taifa de Málaga, durante os terceiro período das taifas, abrange um período de nove anos, em que o trono foi ocupado por ibne Zanune (r. 1229–1238), membro da dinastia zanunida, cujo falecimento em 1238 implicou o definitivo desaparecimento da Taifa de Málaga, que ficou incorporada ao Reino de Granada.

Referências

  1. Ramón Menéndez Pidal. História da Espanha. 1999. Tomo VIII-I: Los Reinos de Taifas.
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em castelhano cujo título é «Taifa de Málaga».

Ligações externas

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