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O TUE Série 2500 (CPTM) é um Trem unidade elétrico, fabricado pela empresa chinesa CRRC Qingdao Sifang, que pertence a frota do Trem Metropolitano de São Paulo.[5]
TUE Série 2500 (CPTM) | |
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TUE Série 2500, com pintura em homenagem ao piloto Ayrton Senna. ---- Interior de uma das composições ---- | |
Fabricante | CRRC Qingdao Sifang |
Fábrica | Qingdao, Shandong, China |
Período de construção | 2017–2019 |
Entrada em serviço | 2020 |
Total construídos | 8[1][2][3][4] |
Total em serviço | 8 |
Formação | 8 carros (operando com GANGWAY acoplados cada) |
Capacidade | 2.600 passageiros por TUE |
Operador | CPTM |
Linhas | Jade |
Especificações | |
Portas | 8 por carro (4 de cada lado) |
Velocidade máxima | 90 km/h |
Motor | CRRC Zhuzhou YQ-280 |
Tipo de transmissão | elétrica |
Tipo de climatização | HVAC (Ar condicionado) |
Alimentação | 3000 Vcc |
Captação de energia | Catenária |
Acoplamento | Scharfenberg |
Bitola | 1.600 mm |
O TUE CRRC - Série 2500, foi construído pelo consórcio formado pela empresa chinesa CRRC Qingdao Sifang e pela filial brasileira da empresa espanhola Temoinsa[6]. O consórcio venceu a concorrência pública para a produção de oito trens para a série que irá prestar serviços na Linha 13, que liga o Aeroporto de Guarulhos ao restante da malha metropolitana.
A licitação foi realizada pela CPTM em março de 2016, porém o vencedor só foi anunciado nos últimos dias de 2016, após longa análise pelo Banco Europeu de Investimento, que disponibilizou 85 milhões de euros (R$ 317 milhões) para o projeto. A espanhola CAF e a coreana Rotem, entraram com recursos contra o resultado dias depois do anúncio, que só foi negado em agosto de 2017, permitindo que o contrato pudesse ser assinado.
As propostas apresentadas para esse contrato foram [7]:
A proposta vencedora foi a do Consórcio Temoinsa-CRRC Qingdao Sifang, sendo o contrato assinado no dia 1 de setembro de 2017, com o valor de R$ 316.720.807,00 para o fornecimento dos 8 novos trens, que deverão ser entregues em até 23 meses, ou seja, agosto de 2019. Esta é a primeira série de origem chinesa da companhia[8].
As composições foram entregues a partir de 2019 e tem como características passagem livre entre os vagões, ar-condicionado e câmeras de monitoramento. O principal diferencial do restante da frota é que as composições são equipadas com bagageiros para acomodar as malas dos passageiros usuários do terminal aéreo, além da presença de botões para a abertura individual das portas, que, a princípio, não devem ser usados pela Companhia.[9]
De acordo com o contrato, as entregas deveriam ser concluídas em agosto de 2019.[10] Porém por conta de atrasos, apenas o primeiro trem foi entregue em setembro[11], com mais dois chegando no início de novembro[12]:
Fabricante/série | Quantidade (TUE) | Valor do contrato | Prazo original (cada unidade) |
Entrega/ Atraso |
---|---|---|---|---|
CRRC Qingdao Sifang/ Série 2500 |
8 | R$ 316.720.807,00 | Abril de 2019 (1ª Unidade) |
Setembro de 2019 4 meses |
Maio de 2019 (2ª Unidade) |
Novembro de 2019 [12] 5 meses | |||
Junho de 2019 (3ª Unidade) |
Novembro de 2019 [12] 4 meses | |||
Junho de 2019 (4ª Unidade) |
Dezembro de 2019 (5 meses)[2] | |||
Julho de 2019 (5ª e 6ª Unidades) |
Dezembro de 2019 (4 meses)[3] | |||
Agosto de 2019 (7ª e 8ª Unidades) |
Janeiro de 2020 (4 meses)[4] | |||
A grande diferença entre as propostas apresentadas na licitação se deve ao fato de Rotem e CAF proporem a fabricação dos trens no Brasil (conforme exigência de nacionalização feita pelo estado de São Paulo, atendendo ao lobby da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária-Abifer), enquanto que a Sifang propõe a fabricação na China e a nacionalização por meio de montagem CKD pela filial brasileira da Temoinsa. Por conta dessa proposta, o resultado da licitação foi questionado pela CAF e Rotem, que abriram fábricas no país para atender a essa exigência de nacionalização de parte da produção (apesar de seus preços ficaram muito acima dos oferecidos pela empresa chinesa Sifang). Os questionamentos não obtiveram sucesso, apesar de atrasarem o resultado da licitação.[13]
A Temoinsa (ao lado da CAF) é uma das empresas envolvidas no Escândalo das licitações no transporte público em São Paulo, tendo o Ministério Público pedido a sua dissolução, sem sucesso, em 2015.[14]. Em 2017, o Ministério Público pediu a prisão de seus representantes (os da CAF e de mais outras empresas além dos da CPTM) por envolvimento no caso.[15] Ela representa a parcela nacional exigida no contrato de licitação, porém nunca fabricou um único trem, sendo apenas uma fabricante de componentes ferroviários. [16]
O primeiro trem tinha previsão de ser entregue para a operação em dezembro de 2019, porém em dezembro a CPTM declarou não ter prazo para concluir os testes.[11][17] Em 21 de janeiro de 2020, o secretário dos transportes metropolitanos do estado de São Paulo afirmou que, devido a uma solicitação da empresa construtora (CRRC-Sifang) e como medida de segurança aos passageiros, a inauguração da série na Linha 13-Jade seria postergada. Ele então estimou o início da operação em 30 dias a partir da data do pronunciamento.[18] Os demais deveriam passar a operar na Linha 13 até abril de 2020, segundo intenções da Companhia,[19] mas, em outubro de 2020, o Governo do Estado de São Paulo declarou a pretensão de entregar as composições até dezembro do mesmo ano.[20] Em novembro, foram entregues mais duas composições[21][22] e em dezembro, mais três.[23][24] Por fim, o último trem foi entregue em março de 2021.[25]
Numeração | Linha de Operação | Data de Operação |
---|---|---|
2501-2504 | Jade |
03 de fevereiro de 2020 |
2505-2508 | 22 de outubro de 2020 | |
2509-2512 | 17 de novembro de 2020 | |
2513-2516 | 19 de novembro de 2020 | |
2517-2520 | 15 de dezembro de 2020 | |
2521-2524 | 1o de dezembro de 2020 | |
2525-2528 | 15 de dezembro de 2020 | |
2529-2532 | 03 de março de 2021 | |
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