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Suburbia é uma série de televisão brasileira produzida pela TV Globo e exibida de 1º de novembro até 20 de dezembro de 2012, em 8 episódios. O texto original é de autoria de Luiz Fernando Carvalho e Paulo Lins, com direção-geral de Luiz Fernando Carvalho.[3][4][5] Para o antropólogo Luiz Eduardo Soares, o trabalho foi um "leitura reconstrutiva da sociedade carioca, promovendo um resultado soberbo".[6]
Suburbia | |||||||
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Suburbia (EN)[1] Suburbia (ES)[2] | |||||||
Informação geral | |||||||
Formato | série | ||||||
Gênero | Drama | ||||||
Duração | 40 min. (aproximadamente) | ||||||
Criador(es) | Luiz Fernando Carvalho Paulo Lins | ||||||
Elenco | Érika Januza Fabrício Boliveira Pablo Moraes Cridemar Aquino Ana Karina Gurgel Rosa Maria Colyn Haroldo Costa Dani Ornellas Dadá Coelho Ana Peróla Alice Coelho Alice Morena Alex Cezario | ||||||
País de origem | Brasil | ||||||
Idioma original | português | ||||||
Temporadas | 1 | ||||||
Episódios | 8 | ||||||
Produção | |||||||
Diretor(es) | Luiz Fernando Carvalho | ||||||
Tema de encerramento | "Pra Swingar" - Som Nosso de Cada Dia | ||||||
Exibição | |||||||
Emissora original | TV Globo | ||||||
Formato de exibição | 1080i (HDTV) | ||||||
Transmissão original | 1º de novembro de 2012 — 20 de dezembro de 2012 | ||||||
Cronologia | |||||||
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A estética realista influenciou a linguagem da minissérie como um todo. Para mantê-la mais próxima da realidade, o diretor Luiz Fernando Carvalho buscou a escalação de não atores para os papéis principais. Entre os quase 40 atores lançados em Suburbia, estão artistas dos grupos Nós do Morro e Afroreggae.[7][8]
Érika Januza, até então secretária de uma escola no interior de Minas Gerais, foi a escolhida para viver a protagonista da história. Entre as participações especiais, Fabrício Boliveira, Rosa Marya Colin, Haroldo Costa, Maria Salvadora, Paulo Tiefenthaler e Dani Ornellas.[9][10]
Em dezembro de 2012, a TV Globo renovou a série para uma segunda temporada para 2013, devido aos satisfatórios índices de audiência. A nova temporada teria 8 ou 10 capítulos. Porém mais tarde, o criador da série, Luiz Fernando Carvalho, anunciou o cancelamento da mesma.[11]
A série também foi reexibida em 2 capítulos, na segunda temporada do festival Luz, Câmera, 50 Anos da TV Globo, em 19 de maio a 21 de maio de 2015, substituindo Dona Flor e seus Dois Maridos, e sendo substituída por A Mulher Invisivel.
Conceição (Débora Fidelix Nascimento /Érica Januza), menina pobre que deixa o interior de Minas Gerais em busca de uma vida nova, longe dos fornos de carvão. Ela foge num trem de carga para o Rio de Janeiro, onde, tempos depois, é acolhida por uma amorosa família do subúrbio carioca. Ali ela se apaixona por Cleiton (Fabrício Boliveira), o jovem trabalhador e revoltado que cresceu sem pai e vive na fronteira entre o bem e o mal. Ceição vira estrela dos bailes funk, mas não perde a pureza, reafirmando sua integridade diante dos obstáculos que a vida lhe apresenta. No cruzamento de histórias de vida presente na trama, os personagens se veem às voltas com uma questão preciosa a todos nós: como manter a noção de justiça e os princípios éticos e morais em uma era marcada por violência, desigualdades e decadência de valores?
A série teve uma trilha sonora composta de samba, jongo, funk, funk carioca e música romântica, representada em canções de Clementina de Jesus ("O Canto dos Escravos"), Lazir Sinval ("Vida ao Jongo"), Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho ("Bagaço da Laranja"), MC Marcinho (“Garota Nota 100”), Roberto Carlos e Erasmo Carlos (“As Canções que Você Fez Para Mim”) e Cartola ("As Rosas Não Falam"). Como tema de abertura foi escolhida a canção "Pra Swingar" do extinto grupo Som Nosso de Cada Dia, lançada em 1976, o produtor André Mehmari criou uma trilha incidental, o cantor e compositor Ed Motta, também colaborou com a trilha, compondo um tema inspirado nos filmes blaxploitation, compostas por artistas da música negra americana, apesar da série possuir uma trilha, a emissora não cogitou lança-la em CD[13].
A série foi adaptada para o formato de história em quadrinhos, pelo quadrinista Pedro Franz, publicada no formato 25,5 x 35 cm e com 64 páginas[14], a revista foi publicada pela LFC Produções, Globo Marcas e pelo estúdio Retina 78.[15]
Para o crítico Rodrigo Fonseca. do jornal O Globo, "Luiz Fernando Carvalho desbrava a periferia no seriado ‘Subúrbia’ (...) De flerte com o realismo num registro quase documental, incomum à sua estética de tintas barrocas e verve operística, o diretor de “Hoje é dia de Maria” (2005) e “Afinal, o que querem as mulheres?” (2010) busca uma visão menos folclorizada de Madureira, Quintino e outros pontos do subúrbio".[16]
Na avaliação de Joyce Pascowitch, da revista Glamurama, "a minissérie Suburbia é uma das melhores atrações da TV no ano".[17]
Sobre a obra, Fernanda Furquim, da Revista Veja, opina que é "mais uma bela produção do diretor, que se destaca na Globo como um dos poucos a conseguir fazer um trabalho mais autoral."[18]
O diretor (...) apresenta agora uma "desconstrução" da sua linha de trabalho, com o seriado Subúrbia. Diferentemente das dramaturgias tradicionais da emissora, o seriado, que estreia em 1º de novembro, traz um elenco formado por atores não-profissionais e até por não-atores, em sua maioria
O diretor considera que a série busca, através do real, uma reflexão social: 'É um realismo a ser superado, no sentido de que o real é o que todas as pessoas devem enfrentar como um obstáculo moral. O real é opressor para muitos. O peso do real deve ser sentido a fim de que a luta contra ele também seja possível'
São cerca de 40 atores que a TV nunca viu. Além disso, a condução certeira de Luiz Fernando Carvalho serviu para que a inexperiência se transformasse num valor. (...) Este frescor contagia tudo. Não se veem situações repetidas, tipos estereotipados, aquilo que se pode chamar de decalques de algo que um dia teve cor forte e foi original. Suburbia não é só um bom programa. Provoca também uma discussão muito oportuna sobre a própria televisão.
Este elenco vai ter uma grande importância e se destacará justamente pelos nomes desconhecidos. Além disso, os atores são, em sua maioria, negros. Acho que nunca se viu isso na Globo
Entre as características que estabeleceram Luiz Fernando Carvalho no panteão dos melhores diretores de TV do Brasil está sua habilidade para revelar atrizes. Tem sido assim desde seus primeiros trabalhos solos como diretor na Globo (...) A eleita de “Subúrbia” é Erika Januza, mineira de Contagem, nascida há 27 anos, cujo ganha-pão, até abril, quando foi selecionada para a série, era um cargo administrativo numa escola em Belo Horizonte
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