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Stepan Maximovich Petrichenko (russo: Степан Максимович Петриченко; 1892 - 02 junho de 1947) foi um revolucionário libertário e anarcossindicalista ucraniano. Após a Revolução de Fevereiro e a Revolução de Outubro na Rússia em 1917, ele tornou-se um dos principais líderes da Terceira Revolução Russa,[1] sendo eleito presidente do Comitê Revolucionário Provisório da República Soviética de Nargen, líder da Comuna Kronstadt, e principal organizador do comitê revolucionário que liderou a Revolta de Kronstadt contra os bolcheviques.
Petrichenko nasceu na aldeia de Nikitenka no Governatorato de Kaluga em uma família de camponeses ukranianos.[2] Dois anos depois de seu nascimento sua família mudou-se para Alexandrovsk, onde ele começou sua vida profissional como metalúrgico. Em 1913 ou 1914 [3] ele prestou o serviço militar na Marinha Imperial Russa no couraçado Petropavlovsk que fazia parte da frota do Báltico.
Em 1919, ingressou no Partido Comunista da Rússia (bolchevique), mas logo renunciou[4] devido as divergencias entre o novo governo bolchevique e as correntes anti-autoritárias socialistas que queriam uma nova revolução democrática para remove-los do poder.
Em abril de 1920, ele voltou para a Ucrânia,[5] onde conheceu Nestor Makhno.[6]
Uma das principais razões da revolta era a política ditatorial dos bolchevique.[7][8]
Essa situação insustentável levou a insurreições no interior, como a Revolta de Tambov,[8] e a greves e distúrbios nas fábricas.[9] Em diversas áreas urbanas, ocorreu uma onda de greves espontâneas.[10] Petrogrado estava paralisada por uma greve geral e diversos comitês de fabricas estavam expulsando os membros comunistas.[9] Em 26 de fevereiro, a tripulação dos encouraçados Petropavlovsk e Sevastopol após uma assembleia decidem enviar uma delegação para Petrogrado localizada apenas 55 km.
Ao retorno da delegação inicia-se uma reunião presidida por Petrichenko, designado provavelmente desde o dia anterior pelos seus camaradas do Petropavhsk. Esta inicia ouvindo os marinheiros que foram enviados para Petrogrado.[11]
No dia 1o março é convocada uma assembleia geral que envia uma lista de 15 resoluções ao governo bolchevique: "Depois de ouvir os representantes das tripulações a Assembléia Geral dos marinheiros decide [...] Liberdade de expressão e de imprensa para trabalhadores e camponeses, para os anarquistas, e para partidos socialistas de esquerda [...] Direito à reunião, e liberdade para sindicatos e organizações camponesas [...] Libertar todos os presos políticos dos partidos socialistas, e todos os trabalhadores, camponeses, soldados e marinheiros presos [...] nomear uma comissão para rever os casos de detidos em prisões e campos de concentração [...] Equalize rações de comida para todos os trabalhadores, exceto aqueles em posições insalubres ou perigosas. [...] A concessão aos camponeses de liberdade de ação sobre seu próprio solo.[1] – A resolução foi aprovada por unanimidade pela Assembleia, com duas abstenções, sendo assinada pelo presidente da assembleia Petrichenko." [8][12]
Como intendente no couraçado Petropavlovsk,[13] Petrichenko toma parte ativa na insurreição.[14] Um Comitê Revolucionário Provisório foi formado sob a liderança dele, que assumiu o comando da cidade e do porto.[15] De acordo com o historiador Jean-Jacques Marie, o objetivo central do Petrichenko era: "Todo o poder aos sovietes livremente eleitos".[16] Paul Avrich cita ele como sendo o "principal líder" da revolta dos marinheiros e da população da cidade.[17]
No Izvestias Kronstadt, de 3 de março de 1921, o nome de Petrichenko aparece como presidente do Comitê Revolucionário Provisório.[18] Segundo a revista L'Histoire, o presidente do Comitê Revolucionário de Kronstadt, Petrichenko, comentou alguns meses mais tarde: Sem um tiro, sem uma gota de sangue, nós, soldados, marinheiros e trabalhadores de Kronstadt tinhamos derrubado a dominação comunista.[19]
Kronstadt caiu nas primeiras horas da manhã de 18 de março de 1921.[1] Mais tarde naquela noite, cerca de 500 rebeldes foram fuzilados sem julgamento por ordem de Zinoviev.[1] Durante os meses seguintes mais de 2.000 rebeldes foram executados, quase todos eles sem julgamento,[10] enquanto centenas de outros foram enviados a mando de Lenin para o campo de prisioneiros de Solovki, o primeiro grande campo de concentração soviético em uma ilha no Mar Branco, onde muitos tiveram uma morte lenta ... Cerca de 8.000 rebeldes escaparam através do gelo para a Finlândia, entre eles Petrichenko.[1] Lá trabalhou como carpinteiro e continuou a sua luta contra os bolcheviques.
Em 1945, ele foi preso e entregues para a União Soviética, onde ele ficou detido na prisão de Vladimir, perto de Moscou, falecendo lá em 1947.[20]
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