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Serviço secreto da Alemanha Oriental, 1950-1990 Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A Stasi (forma curta de Ministerium für Staatssicherheit, "Ministério para a Segurança do Estado") era a principal organização de polícia secreta e inteligência da República Democrática Alemã (RDA).
Ministério para a Segurança do Estado | |
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Ministerium für Staatssicherheit | |
Selo da Stasi | |
Bandeira da Stasi | |
Organização | |
Natureza jurídica | Ministério |
Atribuições | Polícia secreta e serviço de inteligência |
Dependência | Governo da República Democrática Alemã |
Número de funcionários | 91 015 funcionários fixos, 174 000 empregados informais (1989)[1][2] |
Localização | |
Jurisdição territorial | República Democrática Alemã |
Sede | Berlim Oriental |
Histórico | |
Criação | 08 de fevereiro de 1950 |
Extinção | 16 de maio de 1990[3] |
Criada em 8 de fevereiro de 1950,[4] centrava suas operações na capital, Berlim Oriental, onde mantinha um extenso complexo em Lichtenberg e outros menores dispersos pela cidade. A Stasi é reconhecida como um dos serviços de inteligência mais efetivos do mundo.[5][6][7][8][9][10] Seu principal objetivo era espionar a população da Alemanha Oriental, majoritariamente via uma enorme rede de espionagem de civis-informantes. A repressão política era uma das prioridades, combatendo a oposição através de tortura psicológica de dissidentes (num método chamado Zersetzung, que é traduzido como "decomposição"). No total, mais de 250 000 alemães foram presos por razões políticas pela Stasi durante os quarenta anos de sua existência.[11]
A antiga sede da Stasi em Berlim é hoje o Stasimuseum, um museu onde os visitantes podem inteirar-se das atividades. A partir de 1990, vários funcionários da Stasi foram levados a julgamento por crimes cometidos contra a população. Após a reunificação da Alemanha, qualquer cidadão pode acessar seus dados coletados pela agência durante sua existência.
Fundada em 8 de fevereiro de 1950, seguiu o modelo organizativo do departamento de segurança do Estado da União Soviética. O primeiro responsável pela Stasi foi Wilhelm Zaisser,[12] assistido por Erich Mielke. Foi substituído em 1953 por Ernst Wollweber, que renunciou em 1957 após diversos desencontros com Walter Ulbricht e Erich Honecker, dirigentes da RDA. Foi substituído pelo seu segundo, Mielke.
Nesse mesmo ano, Markus Wolf foi nomeado diretor da Hauptverwaltung Aufklärung (HVA, Administração Central de Reconhecimento, a sua seção de inteligência exterior), atingindo um importante sucesso na infiltração de espiões em círculos políticos, governamentais e de empresários da República Federal da Alemanha (RFA), chegando a provocar a queda de Willy Brandt, o chanceler da RFA. Em 1986, Wolf retirou-se e foi substituído por Werner Grossmann.
Naquele tempo, a colaboração entre a Stasi e a KGB foi muito estreita, com funcionários de enlace soviéticos em território alemão e à inversa. A Stasi chegou a ter bases de operações em Moscovo e Leningrado.
Em 1989, pouco tempo antes da dissolução da RDA, foi mudado o nome da Stasi pelo de Oficina para a Segurança Nacional, com Rudi Mittig à cabeça.
Foi dissolvida em 1989 após a queda do Muro de Berlim.
Até meados da década de 1980, uma rede de informadores civis (inoffizielle Mitarbeiter) cresceu nas duas margens da fronteira interior alemã. Estima-se que, no momento da extinção da RDA em 1989, a Stasi contava com cerca de 90 mil funcionários a tempo completo e por volta de 175 mil informadores.[13]
O Ministério para a Segurança do Estado incluiu os seguintes departamentos:
Ademais, a Stasi contava com um serviço penitenciário próprio para os seus presos, e com uma pequena força armada denominada Regimento de Guardas Feliks Dzerjinski, tropas de elite que davam proteção aos membros do Ministério.
Em 1995, o governo alemão contratou uma equipa para reconstruir os documentos destruídos durante o processo de Reunificação da Alemanha. O resultado foi a recuperação de aproximadamente 33 milhões de páginas. Em 1992, o governo alemão tinha dado ordem de publicação dos arquivos secretos da Stasi, incluindo ficheiros com dados pessoais.
O antigo cárcere da Stasi em Berlim foi transformada num museu das práticas daquela polícia secreta. Porém, existe uma Sociedade de apoio aos direitos civis e a dignidade do homem que exerce ativismo em favor dos ex-empregados da Stasi (Insiderkomitee) e exige o encerramento desse museu.[14]
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