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Senhor foi uma revista brasileira publicada em três períodos: entre 1959 a 1964, entre 1971 e 1972 e entre 1978 a 1988 (com o título de Senhor Vogue entre 1978 e 1979).[1][2]
Editor | Nahum Sirotsky |
Equipe editorial | Carlos Scliar, Newton de Almeida Rodrigues (política), Luiz Lobo (humor e serviços), Paulo Francis (ficção e ensaios); arte: Glauco Rodrigues, Jaguar, Caio Mourão, Bea Feitler |
Categoria | Política, negócios, artes, moda, comportamento e serviço |
Circulação | Nacional |
Editora | Delta Larousse; Inter Editores; Carta Editorial; Editora Três |
Primeira edição | 1959 |
Última edição | 1988 fusão com a revista ISTOÉ entre 1988 e 1992 |
País | Brasil |
Idioma | português |
O projeto da revista surgiu em 1958, quando o jornalista Nahum Sirotsky, então diretor da revista Manchete, foi convidado pelos donos da editora de livros Delta Larousse para criá-la.
Em declaração ao repórter André Luiz Barros, em um perfil que ele fez de Nahum Sirotsky para a revista República em 1999, o criador de Senhor descreveu como se sentiu diante do nascimento da revista: "O primeiro número me fez chorar. Tinha demais de tudo. Ficara pesado. Mas foi um sucesso".[3]
Senhor teve vida curta. Durou apenas cinco anos, entre 1959 e 1964. Sirotsky esteve à frente da publicação apenas durante os três primeiros anos (1959 a 1961). Para montar a revista, o jornalista atraiu nomes de porte, como Clarice Lispector e João Guimarães Rosa, e lançou talentos como Paulo Francis e Sérgio Magalhães Gomes Jaguaribe, o Jaguar, Glauco Rodrigues e Carlos Scliar. A equipe de arte da revista ainda cresceu com a chegada de Caio Mourão e Bea Feitler.
De acordo com Marília Scalzo, autora de "Jornalismo de revista", Senhor foi "uma das mais bem sucedidas experiências em revista no Brasil".[4]
Ainda em entrevista à revista República em 1999, Sirotsky revela como surgiu a ideia de Senhor: "A revista nasceu por acaso. Eu tinha o plano de criar no país, com o (Alberto) Dines, uma revista do tipo U.S News and World Report, um semanário".
A esposa de Sirotsky, a atriz Beyla Genauer, conhecia Abraão Koogan, um dos quatro donos da editora Delta Larousse. Em uma festa, Beyla sugeriu a Koogan que ele convidasse Sirotsky para fazer uma revista. A ideia já estava na cabeça do jornalista.[5]
O dinheiro veio de Simon Waissman, que seria o dono da revista em seus trinta primeiros números.[6] Waissman, sobrinho de Koogan, queria fazer revistas da mais alta qualidade para complementar as atividades da Delta Larousse. "Ele me ouviu, gostou das minhas ideias, imaginadas na hora, e pediu que eu voltasse com uma boneca (pré-projeto) da revista, conta Sirotsky.[5] Para montar o projeto, Sirotsky convocou Carlos Scliar e Glauco Rodrigues.
Entre 1971 e 1972 (com um número zero especial de setembro de 1970), um grupo de São Paulo (Inter Editores) editou uma outra publicação com o título Senhor, naquele período correspondendo a uma uma revista de variedades sem grandes pretensões intelectuais, ainda voltada para um público-alvo sofisticado.[1][2]
Lançada em abril de 1978 pela Carta Editorial. Até dezembro de 1979, foi publicada com o nome de Senhor Vogue, para substituir a revista Homem Vogue, ambas direcionadas ao público masculino de alta renda e cobrindo política, economia, artes, ciência e comportamento. Em fevereiro de 1981, passou para o controle da Editora Três.[1][2]
Em junho de 1988 a revista ISTOÉ é rebatizada de ISTOÉ Senhor, sendo uma fusão da ISTOÉ com a terceira versão da Senhor. Em abril de 1992 o título Senhor é abandonado e a revista volta a se chamar apenas ISTOÉ.[7]
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