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Segunda Guerra Curdo-Iraquiana foi uma ofensiva liderada por forças iraquianas contra as tropas rebeldes do Partido Democrático do Curdistão de Mustafa Barzani durante os anos de 1974-1975. A guerra veio na sequência da Primeira Guerra Curdo-Iraquiana (1961-1970), já que o acordo de paz de 1970 para a autonomia curda tinha falhado.
Segunda Guerra Curdo-Iraquiana | |||
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Conflito curdo-iraquiano | |||
Data | Abril de 1974-meados de 1975 | ||
Local | Curdistão iraquiano | ||
Desfecho | Vitória do governo iraquiano
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Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Forças | |||
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Baixas | |||
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600 000 deslocados[2][4] |
Os curdos liderados por Mustafa Barzani estavam envolvidos em combates pesados contra os sucessivos regimes iraquianos de 1960 a 1975. A Primeira Guerra Curdo-Iraquiana (1961-1970) conduziu a um impasse e em março de 1970 o Iraque anunciou um plano de paz que previa a autonomia curda. O plano deveria ser implementado em quatro anos.[5] No entanto, ao mesmo tempo, o regime iraquiano iniciou um programa de arabização nas regiões ricas em petróleo de Kirkuk e Khanaqin.[6]
O acordo de paz de 1970 não durou muito, e em 1974, o governo iraquiano iniciou uma nova ofensiva contra os rebeldes curdos, empurrando-os perto da fronteira com o Irã. O Iraque informa a Teerã que estava disposto a satisfazer outras exigências iranianas em troca de um fim a seu auxílio para os curdos. Além disso, em março de 1975, com a mediação do presidente argelino Houari Boumedienne, Iraque e Irã assinaram o Acordo de Argel. Segundo o Irã, o acordo cortava suprimentos para os curdos iraquianos. Seguindo esta evolução, Barzani fugiu para o Irã com muitos dos seus apoiantes. Outros renderam-se em massa e a rebelião terminou dentro de um curto período de tempo. As vítimas da guerra são estimadas em cerca de 5.000 soldados e civis.[4]
Como consequência o governo iraquiano estendeu seu controle sobre a região norte, após 15 anos e, a fim de garantir a sua influência, iniciou um programa de arabização transferindo árabes para as imediações de campos de petróleo no Curdistão, em particular aquelas em torno de Kirkuk.[7] As medidas repressivas realizadas pelo governo contra os curdos após o acordo de Argel levaram a confrontos renovados entre o exército iraquiano e os guerrilheiros curdos em 1977. Entre 1978 e 1979, 600 aldeias curdas foram queimadas e cerca de 200.000 curdos foram deportados para as outras partes do país.[8]
No início de 1980, com a erupção da Guerra Irã-Iraque, outra rebelião curda no norte do Iraque entrou em erupção, iniciada em grande parte com apoio iraniano. A revolta terminou eventualmente com uma campanha de extermínio em massa por Saddam Hussein em 1986-1989. Durante a campanha Al-Anfal, um número estimado de 182.000 curdos perderam a vida no norte do Iraque e centenas de milhares tormaram-se refugiados, fugindo principalmente para o vizinho Irã.
A área entrou em turbulência mais uma vez em 1991, após a Guerra do Golfo. Incentivados pela derrota de Saddam no Kuwait, os xiitas e os curdos revoltaram-se abertamente contra o regime do Partido Baath. Ao contrário da fracassada rebelião xiita no sul, a revolta curda, eventualmente, levou ao estabelecimento da região autônoma curda.
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