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Santana de Parnaíba

município brasileiro do estado de São Paulo Da Wikipédia, a enciclopédia livre

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 Nota: Não confundir com Parnaíba.

Santana de Parnaíba é um município brasileiro do estado de São Paulo, localizado na Zona Oeste da Região Metropolitana de São Paulo.[6] Fundada por Susana Dias em 1580, nas adjacências do Rio Tietê, é uma das cidades mais antigas do estado e do Brasil, sendo berço das expedições e do Bandeirante Domingos Jorge Velho e o cientista Warwick Estevam Kerr, e considerada um patrimônio histórico do Brasil devido à sua rica história, arquitetura colonial, cultura e conjunto arquitetônico preservado.[7]

Factos rápidos Município do Brasil, Localização ...
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Santana de Parnaíba e seu Centro Histórico são conhecidos pela sua arquitetura colonial portuguesa, com casas, sobrados, casarões, igrejas e monumentos históricos (muitos dos quais erguidos a taipa de pilão e pau a pique)[8] que datam do século XVII até o século XIX, e a cidade possui o único conjunto arquitetônico de origem colonial preservado da região metropolitana e um dos maiores do estado.[7][9] Sua riqueza e diversidade de construções coloniais garantiram-lhe reconhecimento por parte do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que tombaram o Centro Histórico, com suas mais de 209 dificações.[8][10]

Santana de Parnaíba é um importante polo turístico, atraindo turismo em diferentes áreas, principalmente o turismo histórico e religioso, e devido às suas festas tradicionais, tais quais o Carnaval, Drama da Paixão, o segundo maior do país, o Encontro de Antigomobilismo, a Festa do Cururuquara e o Natal de Luz, que recebe 100 mil visitantes.[8]

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História

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Morro do Voturuna

Em 1580, Susana Dias, neta do cacique Tibiriçá, juntamente com seu filho, Capitão André Fernandes, fundou uma fazenda à beira do Rio Anhembi (atual Rio Tietê), a oeste de São Paulo, próximo à cachoeira denominada pelos indígenas como "Parnaíba" (lugar de muitas ilhas).

Em 1610, o Capitão-Mor da Capitania de São Vicente Gaspar Conqueiro concedeu uma Sesmaria a Belchior da Costa, em terras vizinhas às de Susana Dias [11]. Devido a sua posição estratégica no vale do Rio Tietê, tornou-se ponto de partida das bandeiras que seguiam rumo ao Oeste Paulista e ao Mato Grosso. Em 1625, o povoado foi elevado à condição de vila.

No século XVIII, a vila entrou em decadência devido ao fim das bandeiras. O isolamento geográfico da vila, provocado pelas quedas de água do Rio Tietê e pelo relevo acidentado de seu território, fizeram com que a vila não figurasse nas rotas de comércio e colonização que ligavam São Paulo às nascentes cidades de Jundiaí, Sorocaba e Itu.

Em 1901, a Usina Hidrelétrica Edgard de Sousa foi inaugurada no Rio Tietê, mas não foi suficiente para revitalizar a cidade, que perdeu grande parte dos seus territórios para seus antigos distritos de Cajamar, Pirapora do Bom Jesus e Barueri ao longo do século XX.

A partir da década de 1980, o município voltou a ganhar dinamismo econômico, com a melhoria das ligações rodoviárias com o restante da Grande São Paulo e com o impulso provocado pela implantação de diversos condomínios residenciais, notadamente Alphaville.

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Demografia

População

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Dados demográficos

Segundo o Censo de 2022 do IBGE, a população de Santana de Parnaíba era de 154 105 habitantes, com densidade demográfica de 856,4 habitantes/km²[3]. No censo de 2010, a população era de 108 813 habitantes, com densidade demográfica de 604,74 habitantes/km².[2]

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Geografia

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Clima

O clima da cidade, como em toda a Região Metropolitana de São Paulo, é o subtropical. Verão quente e chuvoso. Inverno relativamente frio e subseco. A média de temperatura anual gira em torno dos 20Cº, sendo o mês mais frio julho (média de 12°C) e o mais quente fevereiro (média de 23°C). O índice pluviométrico anual fica em torno de 1382 mm.

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Meio ambiente

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Vista aérea da cidade, com a Usina Hidrelétrica Edgard de Sousa à direita

O município conta com uma política de preservação ambiental, conforme legislação em vigor, que tem proporcionado a criação e a manutenção de áreas de valor ecológico e ambiental, assim como a defesa e a preservação da fauna e da flora.[17][18]

O sistema de esgoto serve a 71,8% das residências, e a arborização em vias públicas alcança 58,4% dos domicílios.[19]

Estrutura urbana

Comunicações

O sistema de telefones automáticos foi inaugurado na cidade em 1974 pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que também implantou o sistema de discagem direta à distância (DDD) em 1981 com o código de área (011).[20][21] Anteriormente a cidade era atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB).[22]

O data center da Telefônica/Vivo foi inaugurado em 2012 no bairro de Tamboré, em um prédio de 33,6 mil metros quadrados, e abriga as operações de telefonia fixa e móvel da empresa no Brasil.[23][24]

Rodovias

Faz parte do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de São Paulo (PDUI)[25] e é uma das 39 cidades que integram a Região Imediata de São Paulo que, por sua vez, é uma das duas regiões imediatas que formam a Região Intermediária de São Paulo.

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Política e administração

A administração municipal se dá pelo poder executivo e pelo poder legislativo.[26] O primeiro a governar o município foi José Pedroso de Oliveira Pinto, que ficou no cargo de intendente em 1897.[27]

Economia

A economia de Santana de Parnaíba é ligada ao setor de serviços e comércio, notadamente na região de Alphaville.

A atividade industrial está localizada nos bairros da Fazendinha e Tamboré.

O turismo vem se desenvolvendo na cidade, auxiliado pelo conjunto colonial do centro histórico.

Cultura

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Turismo

O conjunto arquitetônico colonial do Centro Histórico possui mais de duzentas casas e construções datadas dos séculos XVII e XVIII, destacando-se a Igreja Matriz de Sant'Ana. Trata-se do maior conjunto colonial existente no estado de São Paulo.

No Circuito dos Alambiques é possível conhecer o processo de fabricação da cachaça artesanal.

A cidade promove festas populares que atraem um grande número de turistas, como o carnaval da cidade, que é muito conhecido e atrai pessoas de várias regiões, e a Festa do Cururuquara.

Anualmente, é promovido pela Secretaria de Cultura e Turismo do município o espetáculo teatral do Drama da Paixão de Cristo reconhecido nacionalmente. A peça é encenada às margens do Rio Tietê, nas proximidades da Barragem Edgard de Sousa por atores da própria cidade.

Além disso, a cidade recebe uma das maiores manifestações religiosas do Estado de São Paulo, a festa de Corpus Christi. Podendo ser considerada um dos principais atrativos turísticos e mais tradicionais eventos culturais do município, a festa, realizada desde os anos 1960, é caracterizada pela confecção de tapetes de pó de serra colorido, pó de café, casca de ovos, etc.

Samba Bumbo

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Samba de Bumbo

O samba de bumbo é um samba típico do estado de São Paulo, sendo de grande relevância na cidade. Devido à sua importância histórica, social e cultural, é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do estado de São Paulo e Patrimônio Cultural do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).[28]

Bens tombados

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Sede da prefeitura do município.

Feriados

O calendário do município prevê os seguinte feriados:[30][31]

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A Páscoa é uma festa religiosa móvel que costuma acontecer entre 22 de março e 25 de abril.

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Religião

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Igreja Matriz.

O Cristianismo se faz presente na cidade da seguinte forma:[35]

Igreja Católica

Igrejas Evangélicas

Ver também

Referências

  1. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2021). «Santana de Parnaíba». Consultado em 19 de abril de 2022
  2. «População de Santana de Parnaíba (SP) é de 154.105 pessoas, aponta o Censo do IBGE». G1. 28 de junho de 2023. Consultado em 13 de janeiro de 2025
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 31 de julho de 2013 Parâmetro desconhecido |idh_pos= ignorado (ajuda)
  4. «Produto Interno Bruto dos Municípios 2016». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 16 de julho de 2024
  5. «Lei Complementar nº 1.139, de 16 de junho de 2015/ 2011». Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Consultado em 1 de fevereiro de 2017
  6. «Centro histórico de Santana de Parnaíba preserva casas coloniais tombadas». Folha de S.Paulo. 18 de agosto de 2019. Consultado em 17 de julho de 2024
  7. «Turismo: Santana de Parnaíba concorre ao principal prêmio da área». Vero. 25 de abril de 2023. Consultado em 17 de julho de 2024
  8. «Centro Histórico de Santana de Parnaíba». Condephaat. Consultado em 17 de julho de 2024
  9. Documentos do Archivo de Estado de São Paulo (1921). Sesmarias 1602-1642. São Paulo: Typographia Piratininga. p. 86
  10. «Política de Meio Ambiente» (PDF). Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba. Consultado em 12 de agosto de 2019
  11. «Lei Nº 2823, DE 18 de setembro de 2007, institui o Código Ambiental de Santana de Parnaíba». Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba. Consultado em 12 de agosto de 2019
  12. «Território e Ambiente - Santana de Parnaíba». IBGE. Consultado em 12 de agosto de 2019
  13. «Área de operação da Telesp em São Paulo». www.telesp.com.br. Página oficial da Telecomunicações de São Paulo (arquivada). 14 de janeiro de 1998. Consultado em 26 de fevereiro de 2025
  14. «O Estado de S. Paulo - 07/01/1973». Acervo. Consultado em 26 de fevereiro de 2025
  15. «Tamboré». Telefonica Business Solutions. Consultado em 22 de outubro de 2018
  16. Rafael Silva. «Por dentro do novo datacenter da Telefônica-Vivo em SP». Tecnoblog. Consultado em 22 de outubro de 2018
  17. «Região Metropolitana de São Paulo». Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de São Paulo. Consultado em 1 de fevereiro de 2017. Cópia arquivada em 27 de janeiro de 2017
  18. «Prefeitura de Santana de Parnaíba». Consultado em 11 de agosto de 2019
  19. Ricardo Viveiros (2014). «A vila que descobriu o Brasil: A história de Santana de Parnaíba». Geração editorial. Consultado em 19 de dezembro de 2018
  20. «Samba de Bumbo Paulista é reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil». Gov.br. 9 de maio de 2024. Consultado em 16 de julho de 2024
  21. ASSAOC – Associação Amigos das Oficinas Culturais do Estado de São Paulo. «Rede de Informações Culturais do Estado de São Paulo». Consultado em 16 de agosto de 2010
  22. «Feriados Municipais Santana de Parnaiba». Feriados municipais. Consultado em 16 de agosto de 2019
  23. «Feriados Municipais Santana de Parnaiba». br.calendario.online. Consultado em 16 de agosto de 2019
  24. «Sexta-feira Santa». Calendarr.com. Consultado em 16 de agosto de 2019
  25. «Corpus Christi». Calendarr.com. Consultado em 16 de agosto de 2019
  26. «Dia de Santa Ana». Calendarr.com. Consultado em 16 de agosto de 2019
  27. O termo "cristão" (em grego Χριστιανός, transl Christianós) foi usado pela primeira vez para se referir aos discípulos de Jesus Cristo na cidade de Antioquia (Atos cap. 11, vers. 26), por volta de 44 d.C., significando "seguidores de Cristo". O primeiro registro do uso do termo "cristianismo" (em grego Χριστιανισμός, Christianismós) foi feito por Inácio de Antioquia, por volta do ano 100. Tyndale Bible Dictionary, pp. 266, 828
  28. «Sul 1 Region of Brazil [Catholic-Hierarchy]». www.catholic-hierarchy.org. Consultado em 27 de fevereiro de 2025
  29. «Campos Eclesiásticos». CONFRADESP. 10 de dezembro de 2018. Consultado em 27 de fevereiro de 2025
  30. «Arquivos: Locais». Assembleia de Deus Belém – Sede. Consultado em 27 de fevereiro de 2025
  31. «Localidade - Congregação Cristã no Brasil». congregacaocristanobrasil.org.br. Consultado em 27 de fevereiro de 2025

Bibliografia

  • Camargo, Paulo Florêncio da Silveira (1971). História de Santana de Parnaíba. São Paulo: Conselho Estadual de Cultura. 372 páginas.
  • Nascimento, Haydée (1977). Aspectos Folclóricos do Carnaval de Santana de Parnaíba.São Paulo: Secretaria de Cultura. 158 páginas.

Trabalhos acadêmicos

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Ligações externas

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