Santa Maria de Oliveira
freguesia do município de Vila Nova de Famalicão, Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
freguesia do município de Vila Nova de Famalicão, Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A Freguesia de Santa Maria de Oliveira, oficialmente Oliveira (Santa Maria), é uma freguesia portuguesa do município de Vila Nova de Famalicão, com 4,64 km² de área[1] e 3279 habitantes (censo de 2021)[2], tendo, por isso, uma densidade populacional de 706,7 hab./km².
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Freguesia | ||||
Símbolos | ||||
Lema | Não somos apenas 3279 habitantes, somos um dos braços culturais mais fortes de Portugal. (Oliveira Santa Maria)
Sempre a trabalhar para si! (Junta de Freguesia) | |||
Gentílico | Oliveirense de Santa Maria | |||
Localização | ||||
Localização de Santa Maria de Oliveira em Portugal | ||||
Coordenadas | 41° 24′ 09″ N, 8° 24′ 36″ O | |||
Região | Norte | |||
Sub-região | Ave | |||
Distrito | Braga | |||
Município | Vila Nova de Famalicão | |||
Código | 031239 | |||
História | ||||
Fundação | <1033 | |||
Elevação a paróquia | 1033 | |||
Administração | ||||
Tipo | Junta de freguesia | |||
Presidente | António Pereira | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 4,64 km² | |||
População total (2021) | 3 279 hab. | |||
Densidade | 706,7 hab./km² | |||
Altitude máxima | 334 m | |||
Altitude mínima | 81 m | |||
Código postal | 4765-000 Santa Maria de Oliveira | |||
Outras informações | ||||
Orago | Santa Maria | |||
Orago menor | Santa Tecla, São Sebastião, Senhor dos Passos | |||
Sítio | https://www.jf-oliveirasantamaria.pt/ |
- Simbologia do Brasão: A flor-de-lis - Representa Santa Maria, padroeira principal da freguesia; A torre - Simboliza o Mosteiro de que Oliveira Santa Maria tanto se orgulha; As oliveiras - Aludem claramente ao próprio nome da freguesia; A campanha ondada - Representa o Rio Ave.
A população registada nos censos foi:[2]
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Ano | Nº de Famílias | ±% |
---|---|---|
2021 | 1191 | +0.4% |
2011 | 1186 | +21.4% |
2001 | 932 | +14,1% |
1991 | 801 | +7% |
1981 | 745 | +23.9% |
1970 | 567 | +7.1% |
1960 | 527 | +16.5% |
1950 | 440 | +19.1% |
1940 | 356 | +25.6% |
1930 | 265 | +28.7% |
1920 | 189 | +4.8% |
1911 | 180 | N/D |
(N/D - Sem dados)
Distribuição da População por Grupos Etários[5] | ||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos |
2001 | 577 | 510 | 1679 | 325 |
2011 | 501 | 408 | 2030 | 481 |
2021 | 399 | 317 | 1871 | 692 |
Ano | 2021 | 2011 | 2011 | 1991 | 1981 | 1970 | 1960 | 1950 | 1940 | 1930 | 1920 | 1911 |
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Alojamentos | 1440 | 1422 | 1008 | 898 | 825 | 694 | 533 | 431 | 376 | 286 | 227 | 221 |
Edifícios | 1103 | 1084 | 792 | 796 | N/D | N/D | N/D | N/D | N/D | N/D | N/D | N/D |
(N/D - Sem dados)
Os vestígios mais antigos remontam ao período da Proto-História, durante o qual terá sido erigido o povoado fortificado do Monte Crasto (Monte de Santa Tecla). Este povoado está localizado no relevo mais importante da freguesia, dominando uma parte do vale do rio Ave e do seu afluente, rio Pele. Esse povado provavelmente utilizou o terreno local a seu favor para se defender de ameaças externas, usando o relevo acidentado na região do Monte de Santa Tecla e o Rio Ave para propósitos de defesa e fortificação.
Após procura arqueológica encontraram-se estruturas defensivas em Santa Tecla que remontam a tempos anteriores aos romanos. Descobriram-se ruínas de uma muralha exterior, sem fosso, em cujo interior se notam duas plataformas largas e bem aplanadas com contornos pouco definidos. Em toda a área do castro se encontram monólitos de granito, que circundam o mesmo. À superfície observam-se muitos vestígios de fragmentos cerâmicos e vestigios de telha. A Este do penedo das Pucarinhas, também parece existir vestígios de construção, e há a referência a uma inscrição (perto da atual capela de Santa Tecla).
Durante a Idade Média foi fundado o Mosteiro de Santa Maria de Oliveira, no ano de 1033, por Marcos Arias e sua mulher Aldosinda Juliano, localizado junto das terras mais férteis da freguesia. Esse facto pode indicar que a fundação de Oliveira Santa Maria remonte a alguns anos antes da edificação do mosteiro, apesar de não haver registros.
Este mosteiro detinha um património constituído por propriedades espalhadas por diversas freguesias, em locais distantes pelo Entre-Douro-e-Minho. Manteve a sua enorme importância durante o período medieval como o mosteiro "pai" da Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho.
No dia 29 de Agosto de 1308, o Arcebispo de Braga Dom Martinho de Oliveira, faz nova doação da “Ecclesia Sancti Jacobi de Castelãos”.
Em 1599, o Mosteiro de Santa Maria de Oliveira é integrado no Real Mosteiro de São Vicente de Fora, da cidade de Lisboa.
Por volta do ano 1740 o Mosteiro de Santa Maria de Oliveira encontrava-se em ruínas, então o Capitão-Mor Custódio Francisco Braga, Senhor da Casa de Santiago, pagou do seu bolso o restauro da frontaria e da capela-mor. Ao Capitão-Mor Custódio Francisco Braga, que em virtude de ter pago as obras de restauro da Igreja e de renovação da fachada da mesma, como consta da inscrição da porta principal do mosteiro, foi-lhe concedido, como forma de agradecimento, duas sepulturas na capela-mor da Igreja, junto às paredes laterais.
Do lado do Evangelho, sepultavam-se os Senhores da Casa de Santiago, do lado da Epístola eram as Senhoras da Casa, e no meio eram sepultados os reverendos párocos, isto por despacho de 24 de Novembro de 1741 de Dom Pedro da Conceição, Dom-Prior do Real Mosteiro de São Vicente de Fora, e por outro despacho de 7 de Novembro de 1741, este assinado por Sua Alteza Real o Senhor Dom José de Bragança, Infante de Portugal e Arcebispo Primaz de Braga (irmão do Rei Dom João V).
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