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sagui encontrado no Brasil Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O sagui-de-tufo-branco, sagui-do-nordeste, mico-estrela ou sagui-comum (nome científico: Callithrix jacchus),[4] também genericamente designado massau, mico, saguim, sauí, sauim, soim, sonhim, tamari e xauim,[5][6] é uma espécie de macaco de pequeno porte do Novo Mundo. Originário do Nordeste do Brasil, atualmente é encontrado também em partes das regiões Sudeste e Norte, além de criado em cativeiro em diversos países.
[1][2] Sagui-de-tufo-branco | |||||||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||||||
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [3] | |||||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||||
Callithrix (Callithrix) jacchus (Lineu, 1758) | |||||||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||||||
Área da distribuição original no nordeste do Brasil |
Sagui, sauí, sauim (a partir de sauhim, de 1817), xauim, soim e sonhim derivam do tupi sa'gwi ou sa'gwĩ.[7] Saguim, por sua vez, originou-se no aportuguesamento histórico do mesmo termo tupi, ou seja, çagoym (de 1511), que depois evoluiu para a forma atual em 1587.[8] Tamari tem provável origem tupi,[9] enquanto massau tem origem obscura.[10] Por fim, mico originou-se, possivelmente através do espanhol, na extinta língua cumanagota do Caribe e significa "mico de cauda longa".[11]
Os saguis que ocorrem na mata atlântica já foram considerados todos como subespécies de sagui-de-tufo-branco.[12] Contudo, atualmente, todos os taxónimos derivados são considerados como espécies separadas, e o sagui-de-tufo-branco refere-se apenas às populações que ocorrem no Nordeste brasileiro e na caatinga.[12][13][14]
Estudos realizados com morfometria de crânios colocaram o sagui-de-tufo-branco como membro do grupo-irmão de uma classificação monofilética formada pelas espécies sagui-de-wied (Callithrix kuhlii), sagui-de-tufos-pretos (Callithrix penicillata) e sagui-de-cara-branca (Callithrix geoffroyi).[13][12] Entretanto, dados moleculares sugerem outro clado, em que o sagui-de-cara-branca faria parte do grupo-irmão de um clado com uma politomia não definida entre as espécies sagui-de-wied, sagui-de-tufos-pretos e sagui-de-tufo-branco.[15]
Os machos de sagui-de-tufo-branco são ligeiramente mais leves que as fêmeas, com os primeiros pesando cerca de 318 gramas, e as segundas entre 322 (natureza) e 360 gramas (cativeiro).[4] Sua pelagem é estriada na orelhas e manchada de branca na testa. A coloração geral do corpo é acinzentada-clara com reflexos castanhos e pretos. A cauda é maior do que o corpo e tem a função de garantir o equilíbrio do animal.[16]
Habita florestas arbustivas da caatinga e a mata atlântica do Nordeste brasileiro, ocorrendo de forma nativa nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins até o sul da desembocadura do rio São Francisco.[14] Foi uma espécie introduzida em várias localidades do Brasil, sendo muito comum em remanescentes de floresta degradada da mata atlântica e existem populações estabelecidas na Ilha de Santa Catarina e até em Buenos Aires, na Argentina, e são avistados em alguns locais do Rio de Janeiro, onde originalmente não ocorriam.[14]
No Recôncavo Baiano, parece haver uma zona de hibridação do sagui-de-tufos-pretos, fato que parece ter ocorrido devido ao desmatamento, já que provavelmente essa área era habitada por sagui-de-wied.[14] Entretanto, alguns estudos mostram que muitas dessas populações não estão consolidadas, mas se mantêm graças a novas introduções realizadas pelo homem, como observado na bacia do rio São João, no Rio de Janeiro.[17]
A espécie vive em grupos de três a quinze animais, formados por indivíduos reprodutores e não reprodutores, adaptando-se a uma área de coleta pequena, como foi comprovado em populações desses símios estudadas no Rio Grande do Norte: de 0,5 ha. a 35,5 ha.[18] Isso se deve provavelmente ao fato de possuírem uma dieta rica em goma, que permite que os animais explorem outros tipos de alimento, além de frutos, em meses de escassez.[18]
Os saguis-de-tufo-branco são onívoros e alimentam-se de sementes, flores, frutos, néctar, artrópodes, moluscos, filhotes de aves e mamíferos, anfíbios e pequenos lagartos. São também especialistas em goivagem, ou seja, escavam buracos nas árvores que produzem goma, que é sua base alimentar.[16]
Os saguis-de-tufo-branco atingem sua maturidade sexual entre os treze e quatorze meses. O período de gestação varia entre 140 e 160 dias. Nascem dois filhotes a cada gestação, os quais já são relativamente grandes. Os filhotes são aleitados por 70 dias, embora alguns mamem até os 100 dias. Aos 30 dias após o nascimento, os filhotes já são capazes de segurar alimentos com as mãos ou os comem diretamente na boca.[16]
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