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vila e antiga freguesia do município de Seia, Portugal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
São Romão é uma vila que foi sede da extinta freguesia de São Romão do Município de Seia, englobada na sub-região da Serra da Estrela da região do Centro (e pertencente à antiga província da Beira Alta), freguesia que tinha 17,92 km² de área e 2743 habitantes e, por isso, uma densidade populacional de 153,1 habitantes/km².
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Freguesia portuguesa extinta | ||||
Localização | ||||
Localização de São Romão em Portugal Continental | ||||
Mapa de São Romão | ||||
Coordenadas | 40° 24′ 07″ N, 7° 43′ 01″ O | |||
Município primitivo | Seia | |||
História | ||||
Extinção | 28 de janeiro de 2013 | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 17,92 km² | |||
Outras informações | ||||
Orago | Nossa Senhora do Socorro |
Pela reorganização administrativa de 2013, a Freguesia de São Romão foi agregada a duas outras para formar a União das Freguesias de Seia, São Romão e Lapa dos Dinheiros.
A povoação de São Romão foi elevada à categoria de vila em 1987.[1]
Recostada nas abas da Serra da Estrela, avistando-se o Caramulo a oeste, a seus pés estende-se a várzea da Assamassa, irrigada pelas águas vindas do Rio Alva que, desde 1674, deram força aos "engenhos" moageiros e de manufactura das lãs. Isso mesmo abonam os seguintes números: as "Memórias Paroquiais de 1758" do padre Luís Cardoso referem 28 moinhos e 11 pisões; em 1789, o "Livro de Varejo (inspecção) dos Panos da Villa de Sam Romam" registava 85 fabricantes. Seis (6) enormes rodas hidráulicas, activas até há quarenta anos, proporcionavam energia a outras tantas fábricas. Uma delas, fundada em 1858, tem-se mantido ininterruptamente na mesma família.
Trata-se da vila mais rica do concelho, não só em recursos naturais mas também em património arqueológico e arquitectónico.[carece de fontes]
A cultura do milho era a maior riqueza agrícola desta terra. Mas, nos últimos vinte anos, as pastagens tomaram o lugar dos milharais, e os rebanhos vão pontuando a paisagem que, socioeconomicamente, é agora completamente diversa.
Há indícios arqueológicos que provam a existência de povoamento, mais de 3000 anos antes de Cristo. Tudo indica que o S. Romão actual teve origem num castro existente no "Cabeço do Crasto". Este monte, devido à sua situação privilegiada, foi conquistado e ocupado pelos Romanos, cujos vestígios ainda são bem visíveis. Os habitantes do "Crasto" desceram à planície e, dedicando-se à pastorícia e à agricultura, foram povoando as imediações dos terrenos agrícolas, estabelecendo-se preferencialmente na zona de transição entre a montanha e as terras de cultivo.
Tudo isto aconteceu à vista do "monte romano"– o "Crasto". E, como Romão, o santo soldado, também era romano, não é de estranhar que, ao pé do "cabeço romano", surgisse uma povoação com o nome de São Romão.
Há notícia de, em 1057, ter sido reconquistada aos mouros por D. Fernando, o Magno. Em 1106, os pais de D. Afonso Henriques concederam carta de povoamento de S. Romão a dois presbíteros, João e Fafila. Estes, por sua vez, doaram todas as terras que aqui possuíam, e eram muitas, ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. Em 1138, D. Afonso Henriques confirma a doação e dá carta de couto da «ermida de S. Romão» ao predito mosteiro. Tendo fundado aqui um convento, os frades de Santa Cruz ocuparam-no em junho de 1142.
Senhor de algumas povoações e vastas terras nesta região, o Mosteiro de Santa Cruz concedeu carta de foro aos habitantes de S. Romão em 1144. Com este primeiro foral, estavam lançados os fundamentos da Vila de São Romão.
Foi sede de concelho entre o século XIII e 1836, ano em que foi extinto pelo decreto de 6 de novembro, que operou uma das maiores reformas administrativas. Era constituído por uma freguesia e tinha, em 1801, 1426 habitantes.
Em 1864 contavam-se duas unidades fabris de lanifícios em São Romão[2]: uma de Monteiro & C.ª, fundada em 1852, outra de Brito Freire e Vasconcellos & C.ª[3].
A lei 11-A/2013, extingue a Freguesia de S. Romão e a agrega numa nova freguesia, chamada "união das freguesias de Seia, S. Romão e Lapa dos Dinheiros", com sede na vila de S. Romão.[4]
O Castro, local onde foram encontrados objectos de olaria, mós manuais, pesos de tear, moldes de fundição e utensílios de bronze e de pedra, a Igreja Matriz, a capela do Santo Cristo e o Buraco da Moira, sítio arqueológico cuja ocupação remonta ao Calcolítico (1200 a.c.), são pontos de paragem obrigatórios.
Na Senhora do Desterro, aldeia pertencente a esta freguesia, é possível visualizar uma rocha com o formato de uma Cabeça de Velha.
O Santuário de Nossa Senhora do Desterro é consituído por 10 capelas (uma principal e 9 menores), uma das quais é a capela dos Doutores, única em Portugal. O lugar segredo inspirou o compositor Fernando Lopes Graça que criou o tema A Senhora do Desterro.[5]
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