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Rubens Rodrigues Torres Filho (Botucatu, 6 de maio de 1942 - São Paulo, 12 de dezembro de 2023 [1]) foi um poeta, tradutor, ensaísta, professor e filósofo brasileiro.[2][3]
Rubens Rodrigues Torres Filho | |
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Nome completo | Rubens Rodrigues Torres Filho |
Nascimento | 6 de maio de 1942 Botucatu, São Paulo |
Morte | 12 de dezembro de 2023 (81 anos) |
Nacionalidade | Brasileiro |
Prêmios | Prêmio Jabuti (1981), Prêmio Governo do Estado de São Paulo (1965) |
Gênero literário | poesia |
Magnum opus | O vôo circunflexo |
Nascido em Botucatu, no estado de São Paulo, graduou-se em filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, em 1962, e obteve seu doutorado em 1967, na mesma Faculdade,[1][4] onde também se tornou professor de filosofia clássica alemã e filosofia moderna, entre 1965 e 1994.[5]
Participou da revista Almanaque: Cadernos de Literatura e Ensaio (1975-1982), em São Paulo.[6][7]
Entre 1967 e 1971 Rubens residiu na França, a fim de desenvolver seus projetos de pesquisa para doutorado sobre Fichte e as origens do idealismo alemão.[7]
Com profundo conhecimento filológico do português mas também do alemão e do francês, traduziu textos clássicos de filosofia para a coleção Os Pensadores (Abril Cultural), editada de 1968 a 1982. Entre 1987 e 1988, traduziu textos de Walter Benjamin (Rua de mão única) e Novalis (Pólen: Fragmentos, monólogo, diálogos). Entre 1971 e 1994, foi responsável pela tradução de obras de Fichte, Kant, Schelling, Nietzsche e Adorno para a coleção Os Pensadores. Também traduziu textos teóricos de Hölderlin.[7] "A ponte com a filosofia alemã constitui um dos principais legados intelectuais de Torres Filho", segundo o professor Pedro Paulo Pimenta, também da FFLCH-USP.[8]
Por seu livro Marcas de Água, recebeu o Prêmio Governo do Estado de São Paulo, em 1965. Em 1981, obteve o Prêmio Jabuti, por seu livro O vôo circunflexo.[4][9][7]
Aposentado em 1994 aos 52 anos, ele também escreveu livros de poesia, expressão artística que considerava tão importante quanto a filosofia. Seu livro de estreia foi Investigação do olhar, publicado em 1963 pela Massao Ohno. Sua obra poética também inclui A letra descalça, Figura e Retrovar. Toda a sua produção poética está reunida na compilação Novolume.
No final dos anos 1990, interrompeu suas atividades de tradutor, poeta e ensaísta, depois de sofrer um acidente vascular cerebral. Segundo o professor de estética Marcio Sattin, da Escola da Cidade, é preciso recuperar a produção filosófica de Rubens Torres Filho que se encontra dispersa. "Um desses trabalhos é o ensaio 'A terceira margem da filosofia de Kant', nunca recolhido em livro do próprio Rubens, que foi publicado no jornal Folha de S.Paulo em 1993[10] e trata do papel crucial que o próprio ato de julgar tem no interior do edifício da crítica kantiana".[8]
Tradução é uma atividade que exige exatidão, pois caso contrário o pensamento se perde.— Rubens Rodrigues Torres Filho em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, 12 de novembro de 1994 [7]
Rubens Rodrigues Torres Filho morreu em 12 de dezembro de 2023, aos 81 anos, em decorrência de complicações de um aneurisma cerebral. Deixou a mulher, Celia, e três filhos: Joca, Carol e Marcela.[1]
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