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tenista brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Ronald Winston Barnes (Rio de Janeiro, 1 de janeiro de 1941 — Nova York, 13 de dezembro de 2002) foi um tenista profissional brasileiro.
Nome completo | Ronald Winston Barnes | |||||||||||||||||
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País | Brasil | |||||||||||||||||
Data de nascimento | 1 de janeiro de 1941 | |||||||||||||||||
Local de nasc. | Rio de Janeiro, RJ, Brasil | |||||||||||||||||
Data de morte | 13 de dezembro de 2002 (61 anos) | |||||||||||||||||
Local da morte | Nova Iorque, Nova York, Estados Unidos | |||||||||||||||||
Simples | ||||||||||||||||||
Roland Garros | Quartas-Final (1964) | |||||||||||||||||
Wimbledon | 3a rodada (1964) | |||||||||||||||||
US Open | SF (1963) | |||||||||||||||||
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Considerado uma lenda do tênis brasileiro, era filho de ingleses. Ronald Barnes foi o único no tênis masculino a chegar em uma semifinal de Grand Slam até Gustavo Kuerten,[1] e o único a ter duas medalhas de ouro no tênis em Jogos Pan-Americanos, além de Joana Cortez.
A partir dos cinco anos interessou-se pelo tênis, além de gostar de natação e de futebol.[1] Morador de Ipanema, seu pai não queria que fosse jogador de futebol, daí foi para as quadras.[1] Seu modo de aprender foi sempre pela observação enquanto treinava, além do desejo de aprimorar cada jogada.[1] Tinha um potente golpe de esquerda.
Recebeu o apelido de "Vovô" por causa de um grave acidente que sofreu, e no qual perdeu seus dentes frontais.[1] Ganhou o brasileiro infanto-juvenil por cinco vezes e, aos 17 anos, já era campeão de adultos.[1] Em 1959, foi vice juvenil de Wimbledon e conquistou o Orange Bowl[2]e a Sunshine Cup, tradicionais torneios até 18 anos; daí para a frente passou a frequentar o circuito principal.[1]
A fase profissional não durou muito tempo, mas participou de todos os torneios grandes da época e ajudou o Brasil na Copa Davis.; venceu Rod Laver, Fred Stolle,Dennis Ralston e Roy Emerson.[1]
Em 1963 viveu a sua melhor temporada, chegando às semi-finais do nacional dos Estados Unidos, o atual Aberto dos Estados Unidos. No mesmo ano conquistou duas medalhas de ouro nos Pan-Americanos de São Paulo, que lhe valeram o título de "melhor atleta" da competição.[1]
Contudo, fora das quadras não era tão exemplar, pois não gostava de treinos e de ginástica, pouco se esforçava, e ainda como um típico boêmio carioca, gostava muito de cartas, boates e de dormir tarde, o que lhe causou diversas crises de insônia em boa parte da vida.[1][2]
Em 1966 teve muitas desavenças com a Confederação Brasileira de Tênis (CBT), e não participou da Copa Davis, mesmo antes de ter ganhado de Manuel Santana.[1] De abril a junho daquele ano, sem poder jogar torneios, Barnes foi obrigado a dar exibições e treinar jogadores de outros times da Davis para sobreviver, como Espanha, Tchecoslováquia e Iugoslávia.[1]
Em 1967, desiludido com o tênis, Barnes se casou com uma venezuelana[2] e, em seguida, pediu isenção para a CBT, e nunca mais jogou brasileiros ou a Davis.[1] Deixou as quadras e passou a trabalhar numa agência de publicidade, depois, vendeu seguros no Rio, até que recebeu uma oferta de emprego nos Estados Unidos e se mudou para lá em 1969.[2][1] Voltou poucas vezes ao Brasil. Deu aula na Filadélfia por 10 anos, de tênis e squash, e abriu uma loja de artigos esportivos; ensinou também badminton, mas não aguentava o frio e mudou-se para a Flórida em 1977, onde continuou a dar aulas, divididas entre a pescaria e a televisão; por fim, mudou-se para Nova York, onde faleceu aos 61 anos, quase anônimo, vítima de câncer.[1]
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