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artista brasileira Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Rivane Neuenschwander (Belo Horizonte - 1967) é uma artista visual brasileira com reconhecimento internacional. Sua prática artística compreende pintura, fotografia, instalação, objeto, cinema e ações participatórias.
Rivane Neuenschwander | |
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Nascimento | 1967 (57 anos) Belo Horizonte |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | artista de instalações, desenhista, artista visual, escultora, conceptual artist, produtor |
Distinções |
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Graduou-se em Desenho, em 1994, na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais.[1]
Foi artista residente no Royal College of Art, em Londres, de 1996 a 1998, onde obteve o título de mestre,[2] e no Centro Iaspis, em Estocolmo, Suécia, em 1999.[1]
Desde 1990, mantém regularidade em eventos de grande repercussão,[3][4] o que lhe garante consolidado reconhecimento internacional.[5]
Participou de várias exposições, como na Bienal de São Paulo, e realizou exposições como a que ocupou três andares no New Museum, dedicado à arte contemporânea, em Nova York, a mais importante casa dedicada ao gênero na cidade norte-americana; e em vários outros importantes museus e galerias nacionais e internacionais.[2][6]
Em 21 de junho de 2010, o jornal The New York Times associou os trabalhos de Rivane Neuenschwander, uma das mais celebradas artistas plásticas brasileiras,[7] aos de Lygia Clark e Hélio Oiticica, além de ter mencionado que a artista veio para ficar.[8]
Em 21 de junho de 2010, o jornalista Larry Rohter do jornal The New York Times, em ocasião da exposição da artista no New Museum em Nova York, mencionou as influências folclóricas na produção da artista, como as fitas devocionais da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, da Bahia, utilizadas em Eu desejo o seu desejo (2003), um de seus trabalhos, que também traz textos com as aspirações das pessoas.[7][8]
O curador Sergio Bessa de Museu de Artes do Bronx mencionou ao jornal que a artista veio para ficar pelas ideias interessantes, concepções e a forma como usa materiais.[8]
Objetos corriqueiros ocuparam uma ala do quarto andar e foram formados por canudos, rótulos de produtos, tampinhas de garrafa e baldes de metal.[14]
Na exposição, outra esquete foi a presença de profissionais ligados à polícia e especializados em produzir retratos falados. O primeiro amor dos visitantes foram desenhados a partir de cada relato.[7]
O curador do New Museum, Richard Flood, avalia que a brasileira levou à Nova York um conjunto de obras que "significa extravagante desrespeito às regras artísticas – por isso mesmo, perfeitamente temperado por nosso tempo". Ainda segundo Flood, o sucesso da exposição não foi circunstancial, pois ele acompanha o trabalho dela há anos e esperava uma oportunidade adequada para a promoção de uma individual da artista.[7][14] e morreu em 15 de dezenbro de 2012
As obras criadas por Rivane Neuenschwander utilizam materiais efêmeros[15] e reaproveitáveis como flores secas, papel arroz, insetos, poeira, sujeira, baba de lesma, sal, pimenta, legumes e objetos industriais transformados. A intenção da artista é criar experiências sensoriais e uma espécie de memória da vida cotidiana bem como sua relação com o corriqueiro.[3][2][12][16][17]
Suas obras também abrem possibilidades para a interatividade.[3]
Ainda há espaço para a comicidade e as intersecções de diferentes culturas.[18]
Em 2000, em exposição na Galeria Camargo Vilaça, em São Paulo, estabeleceu uma parceria com Cao Guimarães para realizar o filme exibido no mezanino da galeria.[17]
Em 2005, na Bienal de Veneza, a artista apresentou um trabalho composto por máquinas de escrever substituídas por teclas de pontos finais. Foram mantidos os números, outros sinais gráficos como os pontos de exclamação e interrogação, cujos recursos lenaçaram um convite para o público registrar cartas com elas e afixá-las na parede do espaço expositivo.[2]
Esta proposição mostrou a dificuldade na comunicação que esse trabalho coloca acerca da própria natureza da arte, "a princípio inexprimível por palavras, ao mesmo tempo em que enfatiza essa possibilidade".[2]
O Centro de Arte Contemporânea Inhotim analisa a produção da artista como formada por "uma linguagem formal a regimes ligados à organicidade, à entropia e à participação do público". O resultado é estabelecimento de um diálogo com a tradição brasileira que estabelece o encontro entre geometria e corpo desde o neoconcretismo.[4]
O curador e editor Ricardo Sardenberg, autor de um livro sobre o trabalho da mineira e lançado no New Museum, avalia que a produção artística de Rivane envolve a discussão de temas universais por meio de coisas simples da vida.[7]
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