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Rio Zêzere

rio de Portugal, afluente do Tejo Da Wikipédia, a enciclopédia livre

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 Nota: Se procura outros significados da palavra, veja Zêzere.

O rio Zêzere é um curso de água da região do Centro, Portugal. Nasce na serra da Estrela, a cerca de 1900 m de altitude, junto ao Cântaro Magro[1]. Ainda na zona da serra da Estrela, passa por Manteigas e próximo da cidade da Covilhã, seguindo depois para sudoeste, confluindo com o rio Tejo a oeste de Constância, após um curso de cerca de 200 km.

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Curso do rio Zêzere

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O Zêzere é o segundo maior rio exclusivamente português, após o rio Mondego[2]. A sua bacia hidrográfica tem 5043 km² (dos quais 1056 km² pertencem ao rio Nabão). Os grandes desníveis, aliados ao caudal de água (por vezes superior a 10 000 m³/s.), representam uma notável riqueza hidroelétrica, aproveitada em três barragens (Bouçã, Cabril e Castelo de Bode), que produzem anualmente 700 GWh.

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Origem do nome

Não existe consenso relativamente à etimologia de Zêzere. É referido como Ozécaro [Ozecarus][3][4] e Zacor[5] em obras de André de Resende e de Miguel Leitão de Andrada. Num foral de 1169, D. Afonso Henriques faz a doação do Castelo de Ozêzar[6], nas imediações da foz do rio, indiciando que Ozecarum já derivara então em Ozêzar.

Uma das possíveis origens para o nome do rio poderá encontrar-se na árvore zenzereiro, actualmente mais conhecida por azereiro, que cresce e floresce nas suas margens[7][8], muito embora M. L. de Andrada indique o contrário, que teria sido o rio a dar o nome à planta: "o notável zenzereiro, árvore a quem o rio deu o nome".

Alternativamente, coloca-se a hipótese de origem a partir do árabe, de od (rio) e zez, que significa cigarra[9][10], resultando em ozezar (Castelo de Ozezar), ou seja, rio das cigarras.

Outras alternativas incluem origens a partir de antropónimo, seja de Ozecaris — à semelhança da origem do topónimo em Santa Marinha do Zêzere — ou mesmo de César[8].

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Alto Zêzere

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Troço superior do rio Zêzere, ocupando vale de origem glaciária na serra da Estrela
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Vale glaciar

O alto Zêzere, ou Zêzere superior, ocupa um antigo vale glaciar instalado ao longo de uma falha de orientação sudoeste-nordeste[11][12], sendo parte integrante do Parque Natural da Serra da Estrela e da Rede Natura 2000[13].

A nascente situa-se no circo glaciário, que define uma sucessão de três covões (ombilics), depressões mal drenadas: Covão Cimeiro, Covão d'Ametade e o pequeno Covão da Albergaria. Percorre depois o vale glaciar em forma de U, ao longo de 13 km, um dos maiores da Europa[12], ladeando a vila de Manteigas e começando a inversão do seu curso, que depois de Belmonte segue uma orientação de noroeste a sudeste.

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Foz

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Foz do Zêzere (à esquerda), com a vila de Constância ao fundo.

Desagua no rio Tejo, junto à vila de Constância. Após a Barragem de Castelo de Bode, percorre um último trecho não represado de 12 km, antes de desembocar no Tejo.

Afluentes

Os seus principais afluentes na margem direita são: o ribeira de Alge, o rio Cabril, o rio Unhais, o rio Nabão, a ribeira de Paul e a ribeira de Pêra. Na margem esquerda encontramos a ribeira de Bogas, a ribeira de Rio Caria, a ribeira da Malhadancha, a ribeira da Isna, a ribeira de Meimoa, a ribeira da Sertã e a ribeira de Teixeira.

Referências

  1. «Cântaros». Município de Manteigas. Consultado em 14 de Março de 2022
  2. «Rio Zêzere». Rede das Aldeias do Xisto. Consultado em 14 de Março de 2022
  3. Nunez do Leão, Duarte (1610). Descriçao do reino de Portugal. Lisboa: [s.n.] p. 36
  4. Resende, André de (1593). Libri quatuor De antiquitatibus Lusitaniae (PDF). [S.l.: s.n.] p. 79
  5. Conde, Manuel Sílvio Alves (1997). [Ocupação humana e polarização de um espaço rural do Garb-al-Andalus : o Médio Tejo à luz da toponímia arábica «Ocupação humana e polarização de um espaço rural do Garb-al-Andalus : o Médio Tejo à luz da toponímia arábica»] Verifique valor |url= (ajuda). Universidade dos Açores. Arquipélago / História: revista da Universidade dos Açores: 356
  6. Resende, André de. As Antiguidades da Lusitânia (PDF). [S.l.]: Imprensa da Universidade de Coimbra. p. 429. ISBN 978-989-8074-80-5
  7. A Moreira, G Vieira. «Modelação do glaciar do Zêzere durante a última deglaciação (Serra da Estrela, Portugal)» (PDF). ASAMBLEA HISPANO-PORTUGUESA DE GEODESIA Y GEOFÍSICA. Consultado em 12 de Março de 2022
  8. «Vale Glaciar do Zêzere». Município de Manteigas. Consultado em 18 de Março de 2002
  9. «Estrela Mountain upper Plateau and upper Zêzere River». Ramsar Sites Information Service. Consultado em 18 de Março de 2022
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Ligações externas

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