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O rio Guaporé, conhecido na Bolívia como rio Iténez,[1]é um curso de água da bacia do rio Amazonas, no Brasil e na Bolívia. Banha os estados de Mato Grosso e de Rondônia e os departamentos bolivianos de Santa Cruz e Beni, servindo de divisa entre os dois países.
Guaporé | |
---|---|
Iténez | |
Rio Guaporé em Pontes e Lacerda, no Mato Grosso | |
Comprimento | 1749 km Posição: 74 |
Nascente | Serra dos Parecis |
Altitude da nascente | 650 m |
Foz | Rio Mamoré |
Área da bacia | 266460 km² |
Região hidrográfica | Região hidrográfica Amazônica |
Afluentes esquerda |
Rio Alegre Rio Paucerna Rio Paraguá Rio Blanco Rio Itonama |
Afluentes direita |
Rio Escondido (Brasil) • Rio Cautário Rio Margarida • Rio Cabixi Rio São Miguel (RO) • Rio São Domingos (RO) Rio Mequéns • Rio Colorado(RO) Rio Corumbiara • Rio Galera |
País(es) | Bolívia Brasil |
País da bacia hidrográfica |
Bolívia Brasil Peru |
O rio Guaporé nasce do encontro do rio Moleque, rio Sepultura e do rio Lagoazinha na chapada dos Parecis – MT, a 630 metros de altitude. Tem a sua foz no rio Mamoré, quando esse ingressa em território brasileiro. Sua extensão é de 1716 km, sendo que 1150 km são navegáveis a partir de Vila Bela da Santíssima Trindade (em todo seu percurso no estado de Rondônia, e uma pequena parte de Mato Grosso, onde corre no sentido leste-oeste), nesse trecho navegável faz fronteira entre o Brasil (margem norte) e a Bolívia (margem sul).
Seus principais afluentes são:
Devido à sua riquíssima biodiversidade, é muito procurado por pescadores de todo o país para a prática da pesca esportiva (pesque e solte) principalmente nas regiões da cidade de Cabixi (Vila Neide) e em Pimenteiras do Oeste (Rondônia), onde existem várias pousadas e hotéis-fazenda.[carece de fontes]
Os municípios brasileiros que situados às margens - ou próximos - do rio Guaporé pelo lado brasileiro são:
E pelo lado boliviano:
Lado brasileiro:
A região do rio Guaporé podia ser dividida em duas áreas culturais:
Os chapacurans se subdividem nas seguintes tribos: chapacurans, "quitemocas", "rocorona", "morés" (também conhecidos como "itenes"), "huanyams", "matamas" (também conhecidos como "matauas"), "cujunas", "urunamacans", "cumanas", "urupás", "jarús" e "toras".
Sobre os nativos que habitavam segunda áreas, relata-se que:
De um modo geral, entre as tribos que habitavam na bacia do rio Guaporé, a agricultura era a atividade econômica mais importante, tendo a caça uma importância menor. Eles cultivavam principalmente milho e amendoim, enquanto que a mandioca era de importância secundária para os nativos situados entre o rio Guaporé e rio Machado. Também havia a colheita de castanhas em certos períodos do ano.
Pescavam com flechas e venenos.
Suas aldeias eram construídas ao redor de alto poste central, e suas casas divididas por esteiras, nas quais habitavam diversas famílias.
Homens e mulheres cortavam seus cabelos na altura da testa, depilavam a têmpora e as sobrancelhas. Usavam tembetá (labret) de madeira ou resina na parte inferior dos lábios e vários tipos de pin (alfinete) no septum nasal.
As mulheres andavam nuas e ornavam-se com contas de concha, colares, cintas e braceletes de algodão. Já os homens vestiam uma espécie de saiote (short skirt).
Pintavam seus corpos com o suco do jenipapo.
Todas as etnias, com exceção dos huaris, usavam canoas e transportavam rede de fibras de tucum em vez de cestas. A cerâmica era geralmente grossa e a argila usada não era temperada. Suas armas eram machados e flechas (ornadas com penas)[2].
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