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O Rio Branco Atlético Clube, ou simplesmente Rio Branco, é um clube de futebol profissional brasileiro da cidade de Vitória, no Espírito Santo. Fundado em 21 de junho de 1913, foi o terceiro time de futebol profissional fundado no estado. É o clube recordista de títulos do Campeonato Capixaba, tendo já conquistado 38 vezes. Apesar de sua sede ser na capital do estado, costuma mandar seus jogos no Estádio Kleber Andrade, localizado em Cariacica.
Nome | Rio Branco Atlético Clube | ||
Alcunhas | Capa-Preta[1] Brancão[2] O Mais Querido[3] | ||
Torcedor(a)/Adepto(a) | Capa-Preta | ||
Mascote | Cavaleiro Capa-Preta | ||
Principal rival | Desportiva Ferroviária[4] Vitória[5] | ||
Fundação | 12 de junho de 1913[6] | ||
Localização | Vitória, Espírito Santo, Brasil | ||
Mando de jogo em | Kleber Andrade | ||
Capacidade (mando) | 21.000 | ||
Presidente | Paulo César Pacheco[7] | ||
Treinador(a) | Ricardo Colbachini[8] | ||
Patrocinador(a) | Banestes Unimed | ||
Material (d)esportivo | Kappa | ||
Competição | Campeonato Capixaba Copa Espírito Santo | ||
Ranking nacional | 230º, 25 pontos[9] | ||
Website | |||
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Segundo pesquisas, tem a maior torcida do Espírito Santo com aproximadamente 30% dos torcedores do estado.[carece de fontes] Seu hino, letra e melodia, é de autoria do capixaba Kleber Corradi. Faz com o Vitória o maior clássico da cidade, o Vi-Rio, e com a Desportiva Ferroviária realiza o Clássico dos Gigantes,também conhecido como Clássico Capixaba ou DeRb, o maior clássico do estado.
A 21 de junho de 1913 nascia o clube "Mais Querido", criado por Antonio Miguez, José Batista Pavão, Edmundo Martins, Nestor Ferreira Lima, Gervásio Pimentel, Cleto Santos, entre outros, pois não podiam jogar nos clubes de futebol da época. Portanto, resolveram fundar o Rio Branco Atlético Clube. Nasceu com o nome de Juventude e Vigor, mas em 10 de fevereiro de 1914 resolveram homenagear o então Chanceler José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão de Rio Branco.[10]
Até o ano de 1934, o Rio Branco já havia conquistado dois bicampeonatos (1918–1919 e 1929–1930) e outros dois estaduais (1921 e 1924), mas foi no período entre 1934 e 1951 que o Capa-Preta ganhou sua maior sequência de títulos: Um hexacampeonato (1934–1939), um bi (1941–1942), um tri (1945–1947) e os campeonatos de 1949 e 1951.[10]
Jogando no Estádio Governador Bley quando mandante, o capa-preta fez uma boa campanha na Copa dos Campeões de 1937, a primeira edição do Brasileirão, em que ficou em terceiro lugar no quadrangular decisivo, na frente da Portuguesa, tendo antes eliminado a Liga da Marinha pela fase preliminar. Como destaque, uma vitória sobre o Fluminense por 4 x 3. Chegou ao seu último jogo com chances de título, precisando vencer o Atlético-MG (ambos possuíam 5 pontos; o Fluminense liderava com 6 pontos, mas não jogaria mais), para então torcer para que este não vencesse a Portuguesa. Porém, perdeu para o Galo por 5 x 1, que foi declarado campeão, antecipadamente, neste jogo.[11] Antes, em casa, empatou com o time mineiro em 1 a 1, o primeiro empate da história do Campeonato Brasileiro.
Em 25 de agosto de 2023, a CBF homologou a Copa dos Campeões da FBF como primeira edição do Brasileirão. O Capa-Preta foi o terceiro colocado (tinha como melhor campanha, até então, a de 1963, quando ficou em 7° lugar), possuindo a melhor posição de um clube capixaba no Campeonato Brasileiro.[11]
Depois de ganhar dois estaduais seguidos (1982 e 1983) e ser terceiro lugar em 1984, o Rio Branco conquistou o título de 1985 diante de 27 mil torcedores e garantiu vaga no Campeonato Brasileiro da Série A de 1986. Também disputou o Brasileiro da Série A de 1987.[12]
O Capa-Preta conseguiu boas vitórias naquele campeonato: Duas vitórias sobre o Vasco da Gama-RJ (2 a 1 em São Januário (RJ) e 1 a 0 no Kleber Andrade), 2 x 0 sobre o Ceará-CE, 2 a 1 em cima do Internacional-RS, 4 a 0 no Piauí, 2 a 1 no Atlético-GO e 1 a 0 no Náutico-PE em Pernambuco, além de vitórias sobre times como Operário-MT e Nacional-AM. Era a época em que os clubes de fora temiam jogar no Espírito Santo, pois a pressão da torcida era imensa. Em seus 12 jogos como mandante, o "Capa-preta" levou mais de 157 mil pessoas ao Kleber Andrade e ao Engenheiro Araripe. No jogo contra o Vasco da Gama-RJ, o público presente foi de 50 mil espectadores como demonstra a Revista Placar daquela época.
A década de 1990 até o início dos anos 2000 foi um período complicado para o Rio Branco. Nessa época, o clube se endividou e viveu um jejum de 24 anos sem títulos.
Em outubro de 2003, apaixonados capa-pretas começaram a fazer um movimento na esperança de ajudar o Rio Branco, que estava em dificuldades.[carece de fontes]
Em 2005, o Rio Branco foi rebaixado no Campeonato Capixaba pela primeira vez, mas o descenso aconteceu sem o alvinegro entrar em campo. Com crise financeira, a diretoria desistiu da disputa. Ainda em 2005 o Brancão jogou a Série B com jogadores emprestados pelo Vilavelhense e conseguiu retornar à Série A.[10][13]
Ao passar por uma reestruturação administrativa em 2006, o Rio Branco voltou a ter credibilidade. A venda do seu estádio ao governo, em 2008, levantou verba para pagar suas dívidas e para a construção de um centro de treinamento. Dentro das quatro linhas, essa reestruturação rendeu frutos. O time chegou a quatro finais em três anos: Copa Espírito Santo em 2008 e 2009 e Capixabão em 2009 e 2010. Na última, o gigante capixaba conseguiu sua redenção conquistando o título depois de 24 anos.[10]
O clube foi rebaixado com uma rodada de adiantamento no ano do centenário, após empreender uma campanha pífia no Campeonato Capixaba de 2013. Durante o primeiro semestre, o clube demitiu três técnicos, não definiu um elenco fixo e sofreu vários empates e derrotas inesperadas.[10]
Em 2015, o Rio Branco conquista o 37º título capixaba depois de herdar a vaga na Série A desse ano devido desistência do Colatina.[14] No primeiro jogo derrota a Desportiva Ferroviária por 1 a 0 e com um empate de 1 a 1 no segundo jogo, garante o título.[15]
Na Copa Espírito Santo de 2016, o Rio Branco chega a sua quinta final na história dessa competição. No jogo de ida da final, contra o até então atual campeão da competição, houve empate em 1 a 1 no Estádio Engenheiro Araripe. Já no jogo da volta o Brancão derrota o Espírito Santo por 2 a 0 no Estádio Kleber Andrade e conquista o título pela primeira vez em sua história e vaga inédita na Copa Verde, depois de empreender uma boa campanha na competição, com 24 gols marcados, 6 gols sofridos, 7 vitórias, 4 empates e apenas uma derrota.[16]
Rio Branco estreia na Copa Verde de 2017 com vitória de 2 a 0 no jogo de ida contra o Tocantins de Miracema no Estádio Castanheirão em Miracema do Tocantins.[17] No jogo de volta o Rio Branco goleia por 5 a 2 no Estádio Kleber Andrade e classifica-se às quartas de final.[18] Com empate em 2 a 2 em casa contra o Luverdense, o Rio Branco é eliminado da competição por ter perdido a partida de ida em Mato Grosso.[19]
No Campeonato Capixaba de 2017, o Brancão sofre seu segundo rebaixamento na década.[20]
No ano seguinte, conseguiu o retorno à Série A ao conquistar o título da Série B em cima do Estrela do Norte.[21]
Na Copa do Brasil de 2021, o Rio Branco vence pela primeira vez em sua sexta participação nesta competição e classifica-se à segunda fase. O Capa Preta derrotou de virada por 2 a 1 o Sampaio Corrêa no Estádio Kleber de Andrade.[22] Na segunda fase perde para o Vitória da Bahia por 2 a 0 no Estádio Barradão em Salvador sendo eliminado da competição.[23]
Na Copa Espírito Santo de 2023, o Rio Branco chega a sua sexta final na história dessa competição. Em final única contra o Serra, o clube acabou sucumbindo à força serrana.[24][25][26]
Em 2024, o Rio Branco Atlético Clube torna-se o campeão do Campeonato Capixaba de Futebol de 2024 ao vencer o xára Rio Branco Futebol Clube de Venda Nova do Imigrante, após acirrada disputa de penalidades e levanta a sua 38ª conquista estadual.[27]
Depois de uma disputa de influências políticas entre o Rio Branco e seu histórico rival, Vitória, o Capa Preta construiu o Estádio Governador Bley, no bairro de Jucutuquara em Vitória, em 1934. O Estádio Governador Bley foi palco de muitas conquistas da história do Rio Branco, como o hexacampeonato capixaba - 1934–1939. Hoje o Bley é pertencente ao Instituto Federal do Espírito Santo (IFES).[10]
Anos depois o clube buscou um novo terreno, no bairro de Campo Grande (Cariacica), na Região Metropolitana de Vitória, onde sonhou construir o mais moderno estádio do estado, o Estádio Kleber Andrade (Em homenagem a um antigo presidente do clube). O projeto inicialmente previa capacidade para 80.000 pessoas sendo o maior do Espírito Santo e um dos maiores do Brasil. A inauguração foi em 1983 em um amistoso entre Rio Branco e Guarapari, vencido pelo time da casa por 3 a 2. Apesar das grandes pretensões em construir o maior estádio do estado, o Estádio Kleber Andrade nunca teve suas obras finalizadas, mas foi a casa do time por muitos anos e o principal estádio do Espírito Santo. O Rio Branco criou raízes em Campo Grande que hoje abriga grande parte da torcida Capa-Preta.
Em 2008, o estádio foi vendido ao governo do estado do Espírito Santo, possibilitando ao clube quitar seus débitos e também poder planejar o início da construção do Centro de Treinamento. Ainda neste ano, o Rio Branco Atlético Clube voltou a ter sede administrativa na cidade de Vitória, mas precisamente na Avenida Nossa Senhora da Penha no bairro de Santa Lúcia.
Depois uma série de administrações que não conseguiram resolver completamente os problemas do clube, restou ao Rio Branco, como patrimônio físico, uma área de aproximadamente 60.000 m² localizada em Portal de Jacaraípe, onde será erguido o CT Capa-Preta.
1º - 1913/15 - Nestor Ferreira Lima
2º - 1915/16 - Oscar Alves de Araújo
3º - 1916/17 - José Maria Valente
4º - 1917/18 - Luiz Alves Pires
5º - 1918/19 - Artur Lopes
6º -
1919/20 - Otávio Alves de Araújo
1920/21 - Otávio Alves de Araújo
7º - 1921 - Alcino Amorim
8º - 1921/22 - Cipriano Cabral
9º -
1922/23 - Artur Lopes da Silva
1923/24 - Artur Lopes da Silva
10º - 1924/25 - Carlos Ribeiro
11º - 1925/26 - Angenor Santos
12º - 1926/27 - Guilherme Abaurre
13º - 1927/28 - Eduardo Andrade e Silva
14º -
1928/29 - Luiz Derenzi
1929/30 - Luiz Derenzi
15º - 1930/31 - Luiz Gabeira
16º -
1931/32 - Carlos Marciano Medeiros
1932/34 - Carlos Marciano Medeiros
17º - 1934/36 - Carlos Marciano Medeiros
18º - 1936/38 - Gilberto Paixão
19º - 1938/39 - João Freitas
20º - 1939/41 - Elísio Vieira Modenesi
21º -
1941/43 - Luiz Gabeira
1943/45 - Luiz Gabeira
22º - 1945/47 - Alberto Ferreira da Silva
23º -
1947/49 - Rui Martins
1949/50 - Rui Martins
24º - 1950/52 - Luiz de Lima Freitas
25º - 1952/54 - Alaor Queiroz de Araújo
26º - 1954/56 - César Nonato
27º - 1956/58 - Alaor Queiróz de Araújo
28º - 1958/60 - Rui Martins
29º - 1960/62 - Namyr Carlos de Sousa
30º - 1962/64 - Manoel Ferreira
31º - 1964/66 - Carlos Calmon
32º - 1966/68 - Kleber José de Andrade
33º - 1968/69 - Arabelo do Rosário
34º - 1969/70 - Carlos Feliciano Martins (Carlinhos Gabiru)
35º - 1970/72 - Edson de Oliveira Bourguignon
36º -
1972/74 - Kleber José de Andrade
1974/76 - Kleber José de Andrade
1976/78 - Kleber José de Andrade
1978 - Kleber José Andrade
37º - 1978/80 - Álvaro Abaurre
38º -
1980/82 - Edson de Oliveira Bourguignon
1982/84 - Edson de Oliveira Bourguignon
39º - 1984/86 - Manoel Ferreira
40º - 1985/87 - Estevão Bertúcio Loss
41º - 1987/89 - Djalma de Sá Oliveira Filho
42º - 1989/91 -
43º - 1991/93 -
44º - 1993/95 -
45º - 1995/97 -
46º - 1997/99 -
47º - 1990/2001 -
48º - 2001/03 -
49º - 2003/05 -
50º -
2005/07 - Paulo Sérgio Marangoni
2007/08 - Paulo Sérgio Marangoni
51º -
2008/09 - Maurício Cezar Duque
2009/12 - Maurício Cezar Duque
2012/15 - Maurício Cezar Duque
2015/16 - Maurício Cezar Duque
52º - 2016/18 - Zonaiker Ali Saleh
53º - 2018 - Cesar Franklyn Costa
54º - 2018/21 - Luciano Fernandes Mendonça
55º - 2021 - Marcos Wagner Jesus Servare Junior
56º - 2021/24 - Paulo Cezar da Silva Pacheco
ESTADUAIS | |||
---|---|---|---|
Competição | Títulos | Temporadas | |
Campeonato Capixaba | 38 | 1918, 1919, 1921, 1924, 1929, 1930, 1934, 1935, 1936, 1937, 1938, 1939, 1941, 1942, 1945, 1946, 1947, 1949, 1951, 1957, 1958, 1959, 1962, 1963, 1966, 1968, 1969, 1970, 1971, 1973, 1975, 1978, 1982, 1983, 1985, 2010, 2015 e 2024. | |
Copa Espírito Santo | 1 | 2016. | |
Campeonato Capixaba - Série B | 2 | 2005 e 2018 | |
Torneio Início do Espírito Santo | 24 | 1918, 1920, 1921, 1924, 1925, 1928, 1929, 1930, 1931, 1932, 1934, 1935, 1936, 1940, 1942, 1947, 1956, 1957, 1959, 1962, 1964, 1968, 1969 e 1970. | |
MUNICIPAIS | |||
Competição | Títulos | Temporadas | |
Taça Cidade de Vitória | 27 | 1918, 1919, 1921, 1924, 1929, 1930, 1934, 1935, 1936, 1937, 1938, 1939, 1941, 1942, 1945, 1946, 1947, 1949, 1951, 1957, 1958, 1959, 1964, 1965, 1967, 1969 e 1971. |
Participações em 2024 |
Competição | Temporadas | Melhor campanha | Estreia | Última | P | R | |
Campeonato Capixaba | 104 | Campeão (38 vezes) | 1917 | 2024 | 3 | ||
Série B | 3 | Campeão (2005 e 2018) | 2005 | 2018 | 3 | ||
Copa Espírito Santo | 19 | Campeão (2016) | 2003 | 2024 | |||
Copa Verde | 3 | Quartas de final (2017) | 2017 | 2024 | |||
Campeonato Brasileiro | 13 | 3º colocado (1937) | 1937 | 1987 | 1 | ||
Série B | 4 | 15º colocado (1983) | 1980 | 1989 | – | – | |
Série C | 5 | 8º colocado (1995) | 1995 | 2003 | – | – | |
Série D | 4 | 11º colocado (2015) | 2009 | 2021 | – | ||
Copa do Brasil | 6 | 2ª fase (2021) | 1999 | 2021 |
# | Data | Jogo | Placar |
---|---|---|---|
1 | 5 de Maio de 1945 | Rio Branco x América | 15 – 0 |
2 | 10 de fevereiro de 2010[28] | Rio Branco x Espírito Santo | 14 – 2 |
3 | 27 de agosto de 1944 | Rio Branco x Vasco Coutinho | 12 – 1 |
4 | 30 de junho de 1913 | Rio Branco x Vitória-ES | 10 – 0 |
7 | 20 de junho de 1934 | Rio Branco x Vinte e Nove | 10 – 0 |
8 | 2 de setembro de 1934 | Rio Branco x Santa Isabel | 10 – 0 |
9 | 14 de março de 2020[29] | Rio Branco x Linhares | 10 – 0 |
10 | 3 de dezembro de 1943 | Rio Branco x Portugal | 9 – 0 |
11 | 7 de março de 1963 | Rio Branco x União | 9 – 0 |
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