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Richard Evelyn Byrd, Jr. (Winchester, 25 de outubro de 1888 – Boston, 11 de março de 1957) foi um almirante da Marinha dos Estados Unidos, como oficial naval foi um especialista em explorações. Recebeu a Medalha de Honra, a condecoração mais elevada dada pelos Estados Unidos da América, e foi um pioneiro da aviação, exploração polar e organização logística de expedições polares. Voos em que serviu como navegador e líder de expedição cruzaram o Oceano Atlântico, um segmento do Oceano Ártico e um segmento da Antártida. Byrd alegou que suas expedições foram as primeiras a alcançar tanto o Polo Sul quanto o Polo Norte pelo ar. No entanto, a afirmação de ter chegado ao Polo Norte é contestada.[1]
Richard Evelyn Byrd Jr | |
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Richard Byrd em 1928 | |
Conhecido(a) por | Richard Byrd |
Nascimento | 25 de outubro de 1888 Winchester, Virgínia |
Morte | 11 de março de 1957 (68 anos) Boston |
Causa da morte | Ataque cardíaco |
Nacionalidade | Estados Unidos |
Cônjuge | Marie Donaldson Ames |
Prêmios | Medalha Vega (1948) |
Byrd nasceu em Winchester, Virginia, filho de Esther Bolling e Richard Evelyn Byrd, Sr.. Ele foi descendente de uma das primeiras famílias da Virgínia. Entre seus ancestrais estão John Rolfe e sua esposa Pocahontas, William Byrd II, que fundou Richmond, e Robert "King" Carter, um governador colonial. Foi irmão do governador da Virgínia e senador Harry F. Byrd, figura importante do Partido Democrático da Virgínia entre os anos 1920 e 1960.
Em 20 de Janeiro de 1915, Byrd casou-se com Marie Donaldson Ames. Anos depois ele nomearia uma região da Antártida descoberta por ele como Marie Byrd Land em sua homenagem. Eles tiveram quatro filhos – Richard Evelyn Byrd III, Evelyn Bolling Byrd Clarke, Katharine Agnes Byrd Breyer e Helen Byrd Stabler. Por volta de 1924 sua família mudou-se para Boston, onde residiu pelo resto de sua vida.[2]
Cursou a Academia Naval dos Estados Unidos em Annapolis, obtendo o seu brevê em 1916. Frequentou a escola de voo da Marinha e ao final da Primeira Grande Guerra comandou uma unidade aérea na Nova Escócia. Iniciou as atividades que o tornariam famoso na expedição de D. B. MacMillan à Groenlândia em 1924 e sobrevoou o Polo Norte com o piloto Floyd Bennett em 1926.
Em 8 de junho de 1912, Byrd graduou-se na Academia Naval e foi comissionado como porta-bandeira na Marinha americana. Em 14 de Julho de 1912, ele foi atribuído ao navio de batalha USS Wyoming e posteriormente ao USS Dolphin, estando em serviço na intervenção americana em Veracruz, Mexico no ano de 1914.[3]
Em 15 de março de 1916, Byrd foi aposentado por razões médicas após uma lesão que sofreu a bordo do Dolphin. Ele foi imediatamente promovido a tenente e designado como inspetor e instrutor da Milícia Naval de Rhode Island em Providence, Rhode Island.[4] Em 14 de Dezembro de 1916 ele foi comissionado como comandante na Milícia Naval de Rhode Island.[5] Em 25 de Abril de 1928 ele foi promovido a capitão em reconhecimento de seu voo ao Polo Norte em 1926.[6]
Seu maior prestígio veio quando o mesmo organizou uma expedição científica de exploração da Antártica, nas proximidades do Polo Sul. Passou o inverno voando a identificar vários pontos do território e em 1928, fundou a base Little America, na Baía das Baleias. Em voo pilotado por Bernt Balchen voou ao Polo Sul em 1929 e as experiências e conhecimentos adquiridos lhe permitiram as demais viagens ao continente Antártico.
Em 1930, já almirante, retornou à Antártica no comando de uma expedição de 50 homens e entre 1933 e 1934 fez vários sobrevoos no continente, fez diversos experimentos meteorológicos e geológicos e descobriu as montanhas Edsel Ford e a Terra de Marie Byrd. Na sequência, visando estudos meteorológicos, permaneceu cinco meses sozinho em uma tenda, a 198 km a sul da base Little America. Passou ali a longa noite polar e sua experiência foi descrita em seu livro "Sozinho" (Alone). Em 1946 comandou mais uma grande expedição, com quatro mil homens e muitos recursos materiais. Mapeou o continente gelado e buscou minerais, dentre eles o Urânio.
Foram cinco suas expedições ao continente austral, entre a primeira de 1929 e a última em 1956. Entre 1946 e 1947, levou adiante a grande operação chamada High Jump (Pulo Alto), durante a qual descobriu e cartografou 1 390 000 km² de território antártico. Em 1955 realizou a expedição Deep Freeze também na Antártica, tendo voado pela última vez sobre o polo austral em 1956.
Byrd chegou a competir com Charles Lindbergh pela primeira travessia do Atlântico norte, mas um acidente que feriu seu piloto Floyd Bennett o impediu de sobrepujar Lindbergh em 1927. Porém, ainda no mesmo ano, com Balchen como piloto, completou a travessia Nova Iorque - Normandia.
Recebeu diversas medalhas por heroísmo em combate, por suas expedições e descobertas. Participou como piloto de guerra na Segunda Guerra Mundial na Europa e no Pacífico
Foi Rotariano associado ao Rotary Club de Winchester, Virginia, USA.[7]
Byrd morreu durante seu sono em 11 de março de 1957, em decorrência de um problema cardíaco, em sua casa em Boston.[8] Ele foi enterrado no Cemitério Nacional de Arlington.[9]
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