Richard Carrier
Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Richard Cevantis Carrier é um historiador, ativista do ateísmo, autor e blogger americano. Tem doutorado em História Antiga pela Universidade de Colúmbia, com tese sobre história da ciência e antiguidade arcaica. Ele é um dos principais proponentes da teoria do Mito de Jesus Cristo, sendo também conhecido por escrever no site ateísta Internet Infidels, igualmente conhecido como Secular Web, onde ele foi editor-chefe por vários anos.[1][2]
Richard Cevantis Carrier | |
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Richard Carrier (2006) | |
Nascimento | 1 de dezembro de 1969 (54 anos) Orange County, Califórnia |
Nacionalidade | norte-americano |
Ocupação | Filósofo e historiador |
Site oficial: www.richardcarrier.info |
Ele é defensor do ateísmo e do naturalismo metafísico, tendo publicado vários artigos, livros, jornais e revistas, além de produzir um documentário intitulado " O Deus que não está aqui", e levantou dúvidas sobre a existência do Jesus histórico.[3] Ele frequentemente contribui no " The God Contention" , um web site que compara as inúmeras crenças de todo o mundo.
Carrier recebeu um doutorado em História da Antiguidade, pela Universidade de Columbia em 2008. Sua tese foi intitulada: 'Atitudes em relação a filosofia naturalista no Início do império romano '.[4] Ele escreveu vários artigos e livros sobre história e filosofia. É um contribuinte do site Secular Web (um dos principais sites que defendem o ceticismo em relação a religião na internet), escrevendo sobre uma ampla gama de assuntos, como as origens do cristianismo e defesas do naturalismo e da filosofia ateísta. Debateu diversas vezes na internet ou em público, apoiando a visão naturalista do universo, explicações racionais sobre a ressurreição de cristo e a legalização do aborto.[5]
Depois de ver a crítica de Carrier sobre o artigo de Mark Steneir: "Aplicações da matemática e os problemas do naturalismo metafísico", o professor de matemática e cristão acadêmico do Westmont Collage, Russel Howe, argumentou que o Richard falhou em mostrar o porquê de Steneir estar errado,[6] apesar de Carrier negar essa conclusão. Por outro lado, o professor de neurologia do Colégio de Medicina Albert Einstein, Yonatan Fishman, em um jornal de ciência e educação, defendeu os arguementos de Carrier, pois seria um proeminente contra-argumento do naturalismo metafisico diante da apologética sobrenatural. Também elogiou as teses do filosofo-historiador que demonstravam que o naturalismo poderia ser investigado cientificamente.[7]
Ele é um defensor do mito de Jesus. Em relação aos argumentos de alguns apologéticos, como do filósofo cristão William Lane Craig, que a tumba vazia onde se encontrava Jesus é uma prova para o cristianismo, Carrier argumenta, caso Jesus tenha de fato existido, que os primeiros cristãos realmente acharam que Cristo havia recebido um novo corpo na ressurreição, mas as histórias de que seus restos mortais desapareceram da tumba apenas se formariam anos mais tarde. Ele também argumenta, com menor grau de probabilidade, que o corpo de jesus poderia ter sido roubado ou extraviado. Seu trabalho nesse campo foi criticado pelo filosofo Stephen T. Davis e o apologista cristão Norman Geisler.[8] O estudioso da religião Bart Ehrman criticou Carrier por sua argumentação que durante os anos primordiais do cristianismo, uma figura messiânica como a de Jesus era esperada; Ehrman confirma que isso não passaria de informações precipitadas das leituras de Isaías 53 e Daniel 9.[9] Em 2012 Carrier publicou um livro analisando criticamente o Teorema de Bayes como ferramenta para a investigação histórica (em especial, sobre a historicidade de Jesus).[10]
Inicialmente cético sobre essa posição, em 2005 finalmente afirmou que "muito provavelmente Jesus nunca existiu como uma pessoa histórica", ele também disse " que prevê um aumento de especialistas do cristianismo primitivo que ficariam mais céticos em relação a existência de Jesus nos próximos anos".[11]
Quando Antony Flew, descrente por décadas, rejeitou o ateísmo em 2004, Carrier trocou várias correspondências com Flew para saber o porquê da decisão, e finalmente chegou a conclusão que ele apenas havia começado a acreditar em uma entidade deísta, ao contrário do que alegavam alguns cristãos. Carrier também suspeitou que a opinião de Flew havia sido manipulada por alguns teístas no livro em que ele mostrou sua mudança de ponto de vista, " Há um Deus ".[12] Contudo, o próprio Antony recusou essa afirmação de manipulação devido a sua idade mental avançada, alegando que " Esse livro realmente representa o meu pensamento".[13]
Carrier apareceu na rede nacional de televisão americana, em 2004, debatendo com o apologético cristão William Lane Craig sobre as provas da ressurreição de Jesus. Em 2006, o jornal "The Columbus" noticiou que Richar Carrier havia sido selecionado como porta-voz no encontro anual de humanistas em Ohio, durante um banquete na universidade de Columbia, onde teria defendido o naturalismo metafísico. Carrier também está listado no livro " Quem é Quem no inferno ".[14]
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