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Ricardo I da Normandia (Fécamp, 28 de agosto de 933 - Fécamp, 20 de novembro de 996), conhecido como Ricardo, o Destemido (em francês: Richard Sans-Peur), foi Duque da Normandia[1] entre 942 e 996. É considerado o primeiro verdadeiro detentor desse título.
Ricardo I da Normandia | |
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Duque da Normandia | |
Estátua de Ricardo sem medo, em Falaise | |
Reinado | Duque da Normandia |
Consorte | Ema de Paris Gunora de Crépon |
Nascimento | 28 de agosto de 933 |
Fécamp, Normandia | |
Morte | 20 de novembro de 996 (63 anos) |
Fécamp, Normandia | |
Dinastia | Dinastia Normanda |
Pai | Guilherme I da Normandia |
Mãe | Esprota |
Nasceu filho de Guilherme I da Normandia[2] (900 - 942), e de sua esposa, Esprota, possivelmente entre 932 e 935. Era ainda criança quando seu pai morreu em 942. Sua mãe era uma concubina bretã, capturada durante a guerra por Guilherme e casada com este segundo o rito dinamarquês. Após a morte de Guilherme, esta tornou-se esposa de Esperlengo, um moleiro abastado.
Ricardo era ainda uma criança quando seu pai faleceu e, como tal, não tinha poder suficiente para deter Luís IV de França, quando este tomou a Normandia. Luís IV manteve-o aprisionado durante a sua juventude em Laon, sob o pretexto de zelar pela sua educação, mas Ricardo conseguiu escapar com a ajuda de Osmundo de Centeville, Bernardo de Senlis (que fora um companheiro de Rollo da Normandia), Ivo de Bellèsme e Bernardo, o Dinamarquês (antepassado das famílias Harcourt e Beaumont). Em 968, Ricardo concordou submeter-se a Hugo, conde de Paris. Nessa altura, aliou-se a líderes normanos e viquingues, afastou Luís IV de Ruão e recuperou a Normandia em 947. Mais tarde, entrou em quezílias com Etelredo II de Inglaterra, em virtude da Normandia ter comprado uma parte considerável dos saques das invasões viquingues da Inglaterra. Foi necessária a intervenção de um enviado do papa para evitar a guerra. Em 991, Ricardo e Etelredo assinaram um tratado no qual se comprometiam a não ajudar os seus respectivos inimigos. Esta paz contribuiu para o desenvolvimento das relações comerciais entre a Normandia e a Inglaterra.
Ricardo era bilingue, tendo sido bem instruído em Bayeux. Era mais sensível aos seus súbditos dinamarqueses do que aos seus súbditos franceses. Porém, durante os seu reinado a Normandia foi completamente galicizada e cristianizada. Introduziu o sistema feudal, tendo a Normandia se tornado um dos estados mais feudalizados da Europa. Levou a cabo uma grande reorganização do sistema militar normando, baseado em cavalaria pesada. Também se tornou o guardião do jovem Hugo, conde de Paris, após o falecimento do pai deste, em 956.
Foi filho de Guilherme I da Normandia[2] (900 - 17 de dezembro de 942), e de Esprota (c. 900 -?).
A sua primeira esposa foi Ema de Paris, que desposou em 960, filha de Hugo, o Grande, conde de Paris. Uniram-se ainda muito jovens. Ela faleceu em 966, sem descendência.
De acordo com Roberto de Torigni, pouco tempo depois da morte de Ema, Ricardo saiu para caçar e parou junto à casa de um silvicultor. Apaixonou-se pela esposa deste, Seinfreda, mas como esta era uma mulher virtuosa, sugeriu que ele namorasse a sua irmã solteira, Gunora de Crépon, em vez dela. Gunora tornou-se sua amante e a família dela ascendeu socialmente. O seu irmão, Herefasto de Crépon, esteve possivelmente envolvido num julgamento controverso relacionado com heresia. Gunora, tal como Ricardo, tinha ascendência nórdica, sendo dinamarquesa de sangue. Ricardo viria a casar-se com ela, para legitimar os seus filhos:
Sabe-se que Ricardo teve diversas amantes, tendo tido filhos de muitas delas. Alguns desses filhos são:
Faleceu em Fécamp, na Normandia em 20 de novembro de 996 de causas naturais. Foi sucedido por seu filho, Ricardo II da Normandia.
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