Remove ads
futebolista brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Ricardo Gomes Raymundo (Rio de Janeiro, 13 de dezembro de 1964) é um treinador e ex-futebolista brasileiro que atuava como zagueiro. Atualmente é coordenador técnico interino da Seleção Brasileira.[1]
Ricardo Gomes no São Paulo em 2010 | |||||||||||||||||
Informações pessoais | |||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Nome completo | Ricardo Gomes Raymundo | ||||||||||||||||
Data de nasc. | 13 de dezembro de 1964 (60 anos) | ||||||||||||||||
Local de nasc. | Rio de Janeiro, Guanabara, Brasil | ||||||||||||||||
Nacionalidade | brasileiro | ||||||||||||||||
Altura | 1,88 m | ||||||||||||||||
Pé | ambidestro | ||||||||||||||||
Informações profissionais | |||||||||||||||||
Clube atual | Brasil (coordenador técnico interino) | ||||||||||||||||
Posição | ex-zagueiro | ||||||||||||||||
Função | treinador | ||||||||||||||||
Clubes profissionais | |||||||||||||||||
Anos | Clubes | Jogos (golos) | |||||||||||||||
1982–1988 1988–1991 1991–1995 1995–1996 |
Fluminense Benfica Paris Saint-Germain Benfica |
103 (22) 155 (17) 37 (4) | 201 (14)|||||||||||||||
Seleção nacional | |||||||||||||||||
1984–1994 | Brasil | 52 (4) | |||||||||||||||
Times/clubes que treinou | |||||||||||||||||
1996–1998 1999 1999 2000 2000 2001 2002 2002–2004 2004 2004 2005–2007 2007–2009 2009–2010 2011 2015–2016 2016 2017 |
Paris Saint-Germain Vitória Sport Vitória Guarani Coritiba Juventude Brasil Sub-23 Fluminense Flamengo Bordeaux Monaco São Paulo Vasco da Gama Botafogo São Paulo Al-Nassr |
34 15 73 44 67 18 7 | |||||||||||||||
| |||||||||||||||||
Última atualização: 5 de março de 2023 |
Ricardo Gomes iniciou sua carreira como zagueiro do Fluminense no início dos anos 80. Pelo Tricolor das Laranjeiras, conquistou um tricampeonato carioca (1983, 1984 e 1985) e formou a dupla de zaga campeã brasileira de 1984,[2] considerando os principais títulos oficiais. Em 201 partidas pelo Fluminense, Ricardo obteve 102 vitórias, 65 empates e 34 derrotas, marcando 14 gols.[3]
Em meados de 1988, assinou com o Benfica, de Portugal, ao lado do compatriota Valdo.
Junto com Mozer, formou a dupla de zagueiros do Benfica campeão do Campeonato Português na temporada 1988–89. Os brasileiros entraram para a história do clube e do próprio futebol português como uma das duplas de zaga mais bem-sucedidas da história, que chegou ao fim do campeonato com 15 gols sofridos em 38 partidas. Ricardo Gomes fez 31 jogos e marcou oito gols, quase todos decisivos.[4]
Desfeita a melhor dupla de sempre, Ricardo formou outra ótima dupla, agora com Aldair. O Campeonato Português escapou, mas a presença na final da Copa dos Clubes Campeões Europeus — atual Liga dos Campeões da UEFA — era sinal indicativo da vitalidade competitiva do clube. Na ocasião, os benfiquistas perderam por 1 a 0 para o grande esquadrão do Milan comandado por Arrigo Sacchi.[5]
Na temporada 1990–91, novo titulo nacional para o Benfica, com nove gols de Ricardo Gomes na prova.[6]
Ricardo Gomes alinhou pelo Benfica 140 vezes, marcou 27 gols e ganhou dois títulos nacionais, uma Taça de Portugal e uma Supertaça. Entrou no Benfica em 1988–89 e foi o primeiro jogador que, não tendo nascido em Portugal ou nas colônias, envergou a braçadeira de capitão.[7]
Em 1991, o Canal+ comprou o Paris Saint-Germain. Com vontade de montar um time capaz de competir com o Olympique de Marseille, do magnata Bernard Tapie, o diretor de futebol Michel Denisot apostou em três brasileiros: Valdo, Geraldão, zagueiro Porto, e Ricardo.[8]
No ano de 1994, contra o Toulouse, Ricardo marcou o gol que deu ao PSG o título do Campeonato Francês.[9]
No Paris Saint-Germain, o brasileiro virou ídolo e teve ótimos momentos. Com Valdo e Raí, conquistou duas Copas da França (1993 e 1995) e um Campeonato Francês, em 1993–94.[10]
Na segunda passagem pelo Benfica, não atuou em grande parte da temporada, mas ainda assim conseguiu marcar quatro gols no Campeonato Português, e ajudou o time a conquistar a Taça de Portugal. O zagueiro encerrou a carreira em 1996, com apenas 31 anos.[2]
Ricardo defendeu a Seleção Brasileira em 52 partidas, segundo o livro Seleção Brasileira - 90 Anos, de Roberto Assaf e Antônio Carlos Napoleão. O defensor participou de 31 vitórias, 13 empates e oito derrotas, com quatro gols marcados.[11]
A boa campanha no Campeonato Brasileiro de 1984 lhe renderia uma chance na Seleção Brasileira. Três anos depois, uma contusão atrapalhou os planos de Ricardo Gomes na Seleção.[2]
Entretanto, em 1989, Gomes se consolidou na seleção e foi titular na conquista da Copa América e nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 1990. Já atuando pelo Benfica, foi capitão da Seleção do Brasil na Copa do Mundo de 1990, realizada na Itália. A classificação para o Mundial veio, mas o tetracampeonato não seria daquela vez.
Em 1991, o zagueiro foi contratado pelo Paris Saint-Germain, onde tornou-se ídolo, jogando por quatro temporadas.[2] Em meio à boa fase no clube francês, foi convocado por Carlos Alberto Parreira para a Seleção Brasileira que disputaria a Copa do Mundo de 1994. O zagueiro era titular em um amistoso contra El Salvador, o último antes da estreia na Copa. Porém, aos 21 minutos, Ricardo sofreu uma lesão muscular que o cortaria do mundial.[2]
Ricardo era o zagueiro preferido de Parreira. Nas Eliminatórias para a Copa de 1994, ele atuou apenas nas quatro últimas partidas, por conta de uma contusão abdominal, mas ainda assim marcou três gols.
Como treinador, destacou-se no Paris Saint-Germain, sendo campeão da Copa da França e da Copa da Liga Francesa. Já pelo Vitória, conquistou o Campeonato Baiano e a Copa do Nordeste em 1999. Em seu retorno à França, comandou o Bordeaux ao vice-campeonato francês na temporada 2005–06.[12] Já na temporada seguinte, Ricardo Gomes surpreendeu e levou o time ao título da Copa da Liga Francesa, superando o favorito Lyon na final.[13]
Depois de duas passagens vitoriosas na França, assumiu o comando de seu terceiro clube europeu, o também francês Monaco, em junho de 2007, assinando contrato por duas temporadas.[14]
Teve passagens também por outros clubes, como Guarani, Flamengo, Fluminense, Juventude, Coritiba e ainda pela Seleção Brasileira Olímpica.[15]
Em 20 de junho de 2009, foi anunciado como novo técnico do São Paulo. O time paulista estava sem treinador depois da saída de Muricy Ramalho, no dia anterior. A negociação foi anunciada pelo então presidente do clube, Juvenal Juvêncio. Isso significou a volta de Gomes a um time do Brasil, já que seu último trabalho no país havia sido em 2004, no Flamengo.[16] No Campeonato Brasileiro, disputou o título até a última rodada, levou o time ao terceiro lugar e conseguiu a classificação para a Copa Libertadores da América.
Em 6 de agosto de 2010, com o término de seu contrato, os dirigentes do tricolor paulista decidiram não renovar o seu vínculo. No total, o técnico comandou a equipe em 73 partidas, com 38 vitórias, 15 empates e 20 derrotas — um aproveitamento de 58,9%.[17]
Foi anunciado como novo treinador do Vasco da Gama no dia 2 de fevereiro de 2011. Pelo Cruzmaltino, o treinador realizou uma grande temporada e conquistou a Copa do Brasil em junho.[18]
Durante uma partida entre Vasco da Gama e Flamengo no Engenhão, no dia 28 de agosto, Ricardo sofreu um AVC hemorrágico, que o afastaria do esporte por quase quatro anos.[19]
No dia 22 de julho de 2015, Ricardo Gomes assumiu o desafio de voltar ao trabalho quase quatro anos após o AVC e aceitou o convite para treinar o Botafogo.[20] Com o clube carioca, foi campeão da Série B, retornando para a elite do futebol.
Em dia 13 de agosto de 2016, o Botafogo anunciou por meio de nota oficial a saída de Ricardo Gomes para comandar o São Paulo. Também foi anunciada a efetivação de Jair Ventura como novo técnico do clube carioca.[21]
Após maus resultados pelo tricolor paulista, Ricardo foi demitido do comando do São Paulo no dia 23 de novembro.[22]
Teve a sua contratação anunciada pelo Al-Nassr, da Arábia Saudita, no dia 13 de junho de 2017.[23]
Em 20 de junho de 2018, foi anunciado como executivo de futebol do Santos.[24] Permaneceu no cargo até setembro de 2018, indo para o Bordeaux, da França.
Em 5 de setembro de 2018, foi oficializado como gerente geral do Bordeaux.[25]
Após resultados ruins da equipe francesa na temporada, Ricardo foi demitido do clube no dia 26 de fevereiro de 2019.[26]
Em 4 de janeiro de 2022, Ricardo Gomes foi anunciado como diretor-executivo de futebol do Athletico Paranaense, após ficar dois anos afastado do futebol.[27]
Clube | Jogos | Vitórias | Empates | Derrotas | Aproveitamento (%) |
---|---|---|---|---|---|
Vitória | 60 | 31 | 12 | 17 | 58,4% |
Fluminense | 34 | 12 | 11 | 11 | 46%[28] |
São Paulo | 91 | 44 | 20 | 27 | 59% |
Flamengo | 15 | 4 | 6 | 5 | 40% |
Vasco da Gama | 44 | 24 | 13 | 7 | 64,4% |
Botafogo | 67 | 34 | 17 | 16 | 63% |
Al-Nassr | 7 | 1 | 4 | 2 |
Seamless Wikipedia browsing. On steroids.
Every time you click a link to Wikipedia, Wiktionary or Wikiquote in your browser's search results, it will show the modern Wikiwand interface.
Wikiwand extension is a five stars, simple, with minimum permission required to keep your browsing private, safe and transparent.