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Forte Velho é um distrito do município de Santa Rita, no estado brasileiro da Paraíba, composto das comunidades de Forte Velho (sede), Ribeira, Capimaçu e Tambauzinho. Em 2006, sua população total era de 1 005 pessoas.[1] Originalmente coberta de florestas de Mata Atlântica, a região sofreu com a derrubada de sua cobertura vegetal em virtude dor séculos de povoamento e uso da terra para a agricultura, principalmente plantações de cana-de-açúcar, frutas e mandioca.
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Distrito do Brasil | ||
Localização | ||
Coordenadas | ||
Estado | Paraíba | |
Município | Santa Rita (Microrregião de João Pessoa) | |
Características geográficas | ||
População total | 1 005 (exluindo-se Capimaçu e Tambauzinho)[1] hab. | |
Outras informações | ||
Limites | Norte: Rio Tapira Sul: Distrito de Livramento Leste: Canal do Forte Velho (rio Paraíba) Oeste: Estiva (Mata da Aldeia) |
A região é acessível por ônibus — que sai da cidade de Santa Rita, passando por Livramento —, por barco, a partir da Praia do Jacaré, Cabedelo (contornando a Ilha da Restinga e Stuart),[1] ou ainda por veículo. As comunidades distam 40 minutos de Santa Rita, sede do município, e nesse percusso passa-se pelo distrito de Livramento e pelos povoados de Utinga, Aterro e Bebelândia, Ribeira pela PB-011. Recém inaugurada.
Antes da conquista da Paraíba, toda a região estuarina do rio Paraíba e a costa centro–norte paraibana faziam parte do território de caça e coleta dos índios potiguaras.[2] Nessa época a costa paraibana era muito visitada por corsários franceses, que, ao se tornarem aliados dos potiguaras, extraiam o valioso pau-brasil das florestas da região.[2]
A vila do Forte Velho foi fundada pelo general espanhol Diego Flórez de Valdés, em 1584, que ali ergueu o primeiro forte destinado a ajudar na conquista da Paraíba (Forte de São Filipe), a qual só ocorreu um ano depois, em 1585. Valdés detinha poderes autorizados pela Coroa Espanhola, que na época estendeu seus domínios sobre Portugal e suas colônias em virtude da União Ibérica, e em virtude disso ele dotou Forte Velho de uma alcaidaria (prefeitura) e confiou a feitoria — antes de se retirar para a Europa — aos cuidados do capitão de infantaria Francisco de Castrejón, seu patrício.[3]
Há também indícios, como registra o cronista Elias Herckmans, que indicam que a região do forte fora parte de uma feitoria francesa, servindo de entreposto comercial com nos indígenas potiguaras.[4] Na época, os franceses eram presença constante no litoral do Nordeste Oriental.
No Dicionário Corográfico do Estado da Paraíba Coriolano de Medeiros narra:
(...) Disse Elias Herckmans que antes de os portugueses se interessarem pela conquista da Paraíba, ali tiveram os franceses fortificações e feitorias. O certo é que o almirante Valdés construiu no local um forte denominando-o São Filipe e São Tiago. Mais tarde abandonaram o local, levantando-se a Fortaleza de Cabedelo.[4]
Segundo Herckmans, o forte só foi conquistado aos franceses um ano após a fundação da cidade de Filipeia.[4][5] Continuando a sua descrição textual, Herckmans prossegue afirmando que os franceses tinham muitos aliados nativos, mas mesmo assim acabaram derrotados por uma força combinada hispano–portuguesa.[5] Todos os inimigos foram massacrados durante a conquista do forte, ainda segundo o relato.[5]
Forte Velho está situada na desembocadura do rio Paraíba, às margens do canal que separa a Ilha da Restinga do município de Santa Rita, é uma das mais antigas povoações do estado da Paraíba e sua história se confunde com a própria história do estado. Sua população é de 533 pessoas.[1] A economia forte-velhense gira em torno da pesca, da agricultura e do turismo ocasional feito por embarcações que ligam diariamente o trapiche da cidade de Cabedelo a esse distrito santa-ritense.
Ribeira localiza-se às margens do rio da Ribeira, um dos canais da foz do rio Paraíba, a localidade divide-se em Ribeira de Baixo, do Meio e de Cima, todas habitadas sobretudo por pescadores e agricultores, com uma população total de 472 habitantes.[1] Em Ribeira do Meio há uma escola pública e outras facilidades, como mercearias e telefonia pública.[6]
Capimaçu e Tambauzinho são povoações que têm características e precaridades semelhantes às outras. A população em 2006 era de 34 famílias.[1]
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